21 dezembro 2010

Diálogos Capitais: Amazônia do Século XXI

Um novo olhar para a Amazônia brasileira aponta caminhos de desenvolvimento e de inserção definitiva da região aos interesses estratégicos do país

Por Reinaldo Canto

Debatida em verso e prosa ao longo do século passado, e quase sempre negligenciada, hostilizada e até ignorada pela maioria dos brasileiros, a Amazônia, já foi vista muito mais como um problema do que como um inestimável patrimônio. Ironia das ironias, a maior floresta tropical do mundo responsável por 50% da biodiversidade e da biomassa florestal do planeta; pela maior diversidade cultural e étnica do mundo; por suas extraordinárias reservas de água doce, além de incontáveis depósitos de minérios ainda inexplorados em seu solo, sobreviveu às duras penas debaixo de uma espada pronta para subjugá-la, vencê-la, enfim destruí-la!

Felizmente, os últimos anos trouxeram novidades alvissareiras e agora é possível vislumbrar um futuro, talvez um outro destino, quem sabe menos trágico para esse imenso território que ocupa mais da metade do nosso país.

As boas notícias acompanhadas de muita cautela foram discutidas durante a realização do seminário Diálogos Capitais: A Amazônia do Século XXI, realizado na última sexta-feira, 10/12, no Reserva Cultural, em São Paulo. O evento organizado pela Carta Capital e pela Envolverde, responsável pela publicação da edição especial Carta Verde, contou com a participação de representantes de empresas e organizações com forte presença e atuação na Amazônia brasileira.

No mesmo dia, em que foi realizado o evento, o Imazon – Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia – divulgou os números do desmatamento da Amazônia em outubro: 153 quilômetros quadrados (km²), registrados pelo Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD).

O ritmo de derrubada foi 21% menor em comparação ao registrado em outubro do ano passado mantendo-se a tendência de queda dos últimos meses.

Mesmo ainda sem conhecer os novos números do desmatamento, o conferencista do seminário Beto Veríssimo, pesquisador sênior do Imazon – classificou o atual estágio de ocupação da Amazônia de positiva e complexa. Para Veríssimo, se antes ela se baseava no desmatamento e na ocupação via pecuária e agricultura com grande investimento público a favor da derrubada da floresta, hoje uma confluência de fatores como o aumento considerável das informações disponíveis sobre a região; a ação fiscalizadora do estado; o ainda incipiente ordenamento territorial e as medidas de restrição as atividades econômicas responsáveis pela destruição da floresta, entre outros, resultaram numa redução drástica do desmatamento nos últimos dois anos (2008/2010). “Hoje, com as tecnologias disponíveis, é possível monitorar 5 milhões de km² com um efetivo de apenas 4 pessoas”, destacou Veríssimo.

Segundo o pesquisador do Imazon, a sociedade brasileira hoje está melhor informada sobre a realidade amazônica e também sobre os efeitos das mudanças climáticas. “Floresta em pé é a melhor maneira de não aumentar as emissões dos gases de efeito estufa”, e completou, “todo o setor de transporte não emite tanto quanto as queimadas no país”.

O amadurecimento das organizações representativas da sociedade civil que atuam na Amazônia foi outro ponto destacado por Veríssimo. Ele citou o enorme impacto que teve o acordo do Greenpeace com as grandes cadeias varejistas de supermercados para rastrear a origem da carne consumida em suas lojas. Essa é uma ação que vem obtendo bons resultados e deve servir de exemplo, pois une as organizações da sociedade civil, o setor privado e o público na defesa do bioma amazônico.

A atuação do setor privado foi também mencionado pelo palestrante do Imazon. Para ele, felizmente, a realidade de exploração da floresta pelas empresas é muito diferente da que se via nos anos 70 quando se dava de maneira totalmente predatória. Hoje uma parte significativa do empresariado possui uma preocupação com os impactos sociais, ambientais e culturais causados por suas atividades.

As empresas que atuam diretamente na Amazônia, portanto, tem um papel fundamental na construção dessa nova maneira de viver e conviver com a floresta. Um dos debatedores do Diálogos Capitais, o diretor de assuntos institucionais da Alcoa Alumínio, Nemércio Nogueira, foi enfático ao relatar a ausência do poder público em muitas localidades amazônicas. Segundo ele, o município de Juruti fundado há 128 anos, no estado do Pará, apenas em 2006 recebeu, pela primeira vez, a visita de um governador, aliás, governadora, Ana Julia Carepa. “E isso só ocorreu, pois ela foi especialmente para a inauguração da mina de bauxita da Alcoa”, lembrou Nemércio. Nas palavras do diretor da Alcoa, a busca pelo apoio da comunidade mesmo sem o apoio do estado e, “também sem um manual de medidas sustentáveis, inexistente em 2005 quando ali chegamos”, tem sido um trabalho constante da empresa. “Já fizemos audiências públicas com a presença de 8 mil pessoas”, diz Nemércio, numa demonstração da nova mentalidade que setores da iniciativa privada tentam implementar em comunidades carentes, e que atuem como, “uma alavanca ao desenvolvimento e não servindo como muleta”, por meio de ações sociais e ambientais com a maciça participação da população local.

A ausência dos serviços básicos é um dos muitos exemplos das carências de proporções amazônicas, com o perdão do trocadilho, que boa parte dos 24 milhões de moradores da região enfrenta em seu cotidiano e um dos principais desafios para os próximos anos: o de oferecer condições dignas de vida para todos os seus habitantes. Para os participantes do encontro, o morador da Amazônia precisa enxergar a floresta como algo de valor e não como inimiga. E essa não é uma tarefa fácil. O legado de violência, de concentração e pouca distribuição da riqueza são entraves para que uma nova visão de Amazônia se instale definitivamente no seio da população local.

Nas palavras de Mirela Sandrini, gerente de gestão do Fundo Vale, é preciso conciliar crescimento econômico, qualidade de vida e conservação dos recursos naturais. O Fundo trabalha com projetos estruturantes de maneira a replicar modelos bem sucedidos que busquem, por exemplo, as boas práticas agropecuárias e o manejo florestal ao mesmo tempo que contribuam para o fortalecimento social das comunidades. “É preciso desenvolver cadeias produtivas fazendo com que os produtos da floresta possuam valor agregado e as suas rendas revertidas em benefício das comunidades”.

Adriana Ramos, coordenadora para a Amazônia do ISA – Instituto Socioambiental – ONG com atuação destacada na região, acredita que a vocação natural seja mesmo o manejo florestal e não a agropecuária. “Não queremos que a Amazônia seja intocada, mas de uso diferenciado”. Ela acredita que o olhar do país está voltado para a agricultura, quando deveria mirar o regime de chuvas da Amazônia que abastece o Sudeste. Esse, entre vários benefícios de regulação do clima proporcionados pela floresta para o resto do país. Adriana também vê como muito positivo o aumento substancial das áreas protegidas nos últimos 20 anos (de 8% em 1990 para 44% em 2010). “O caminho é a sustentabilidade dos territórios indígenas e das Unidades de Conservação”.

As áreas demarcadas e protegidas por lei devem contribuir para que seja alcançada a meta estabelecida no governo Lula de redução do desmatamento em 80% até 2.020, tendo em vista que já houve uma drástica queda no desmatamento no período que compreende os anos de 2008 a 2010, mas Veríssimo do Imazon fez questão de lembrar que isso representa ainda mais de 3 mil km² .

“Para reduzir o desmatamento é preciso transforma-lo em uma atividade cara, ao mesmo tempo, fazer a economia de baixo carbono ser competitiva, o que não acontece hoje”. Segundo dados do Imazon, as atividades ligadas ao desmatamento rendem o dobro daquelas consideradas sustentáveis.

As boas notícias estão surgindo, mas possuem ainda um alcance limitado diante dos grandes desafios para que a floresta não sucumba a exploração predatória. Para isso é preciso que todos se unam, governos, empresas, terceiro setor e comunidades locais em torno de um planejamento estratégico com a definição de políticas de grande alcance que busquem um marco regulatório, o ordenamento territorial, a melhoria da qualidade de vida da população e a reformulação de leis que atendam as necessidades e complexidades da região.

O moderador do debate e diretor da Envolverde, Dal Marcondes mencionou a lei de patentes brasileira que precisa sofrer urgentes mudanças , “como está ela facilita a saída da biodiversidade do país”. Marcondes ressaltou que as empresas enfrentam uma “maratona cartorial” para obter as licenças legais para uso dos insumos.

Ao final do Diálogos Capitais ficou uma certeza: a Amazônia é muito mais que uma solução, ela representa parte vital do futuro do país. Se caiu em desuso a expressão “pulmão verde” para definir a floresta, talvez melhor seria chama-la de “coração do Brasil”. O diretor da Envolverde foi enfático ao afirmar que sem a Amazônia o Brasil seria um país comum como tantos outros e sem importância e relevância no cenário internacional. Ele conclamou as pessoas, mas especialmente os jornalistas a falar mais e divulgar o tema Amazônia. “A informação é um dos melhores caminhos para que a sociedade brasileira conheça, entenda e preocupe-se com esse território tão importante e mesmo assim ainda tão desconhecido”. E é esse desconhecimento que preocupa. Deixar nossa Amazônia à mercê de ganâncias e ignorâncias alheias pode resultar no enfarte desse coração verde cujas consequências para todos nós é melhor nem imaginar.

02 dezembro 2010

EQUIPE ENVOLVERDE COM MARINA SILVA



Registro de um momento especial na festa de entrega do Prêmio Jornalistas&Cia/HSBC de Imprensa e Sustentabilidade (terça-feira, 30/11).

A Envolverde recebeu uma homenagem especial por sua contribuição para as discussões sobre sustentabilidade, educação e cidadania.

29 novembro 2010

NOVAS REPERCUSSÕES ARTIGO E PESSOAS IRADAS

Reproduzo abaixo alguns novos emails enviados para a Carta Capital e para a Envolverde. Muita gente se incomodou com o artigo, creio que mais pelo título do que pelo teor do mesmo. De qualquer forma postei também algumas respostas:

CARTA CAPITAL

• Antonio Ferdinando Zanardi disse:
23 de novembro de 2010 às 10:25
Canto , concordo com quase tudo o que você diz e propaga , só tem um tema em que ninguem me convenceu de maneira alguma: O aquecimento global , para mim está claro , não tem nada a ver com a ação humana ; é decorrência de um concerto universal onde o homem e a terra são ridiculamente infimos e impotentes para detê-lo ou influí-lo.Sou geólogo , trabalho com captação de agua e o maior exemplo de que as reviravoltas climaticas são comandadas pela natureza é o Aquifero Guarani , que tem sua origem associada à um aquecimento global e consequente degelo ocorrido à milhares de anos.Sem a presença do homem , sem queimadas e com muuuuito verde.Claro está que precisamos mudar os nossos hábitos e conceitos de consumo, mas , por favor , tire esta culpa da gente.Como diria aquele craque de bola:Comigo ou sem migo , haverá aquecimento ou resfriamento global
Abraços
• Priscila Labanca Cardoso de Castro disse:
21 de novembro de 2010 às 9:59
As vezes sou tentada a achar que os ecologistas são os eco chatos, mesmo. Gostaria de saber se todas as pessoas que se julgam ecologistas respeitam as leis de trânsito em 100% das situações. Se não icomodom os seus vizinhos em 100% do convívio; se uma vez por dia, dão bom dia, boa tarde ou boa noite a alguem que cruze pelas ruas, elevadores etc; se dão um sorriso a um desconhecido sem considerá-lo um inimigo etc etc etc. Cuidar do meio ambiente não se resume apenas a economia de água, eletricidade, insumos. Ecologia é primeiramente cuidar de si e dos outros. Ver as outras pessoas como um companheiro de jornada. Esse discurso dos ecologistas que pensam somente em bens tangíveis já cansou e pelo que parece não surtiu o efeito desejado. Talvez estejam atacando a causa errada. Eanquanto não houver um mínimo de respeito(respeito e não super proteção) a nós mesmos por nós mesmos e depois aos outros viveremos nos enganando que estamos fazendo a nossa parte, e o que é pior, achar que está bem feita. Acho vocês uns chatos, mesmo. Talvez uma tartaruga tenha mais importância do que uma dona de casa. É o que tenho visto.

RESPOSTA ENVIADA PARA O EMAIL LEITORA:

Prezada Priscila,

Agradeço por seus comentários! Uma das principais razões para ter colocado um título provocativo como esse no artigo, foi exatamente o de suscitar reações e emails como o seu.

Respondendo aos seus questionamentos, não creio que todo ecologista respeite em 100% todos os itens que vc aponta no email. Eu mesmo tenho as minhas falhas e não vejo meu trabalho com sustentabilidade como fanatismo que deva ser seguido cegamente sem reflexões ou bom senso.

Por outro lado, não acredito que pessoas que não respeitem as outras formas de vida sejam cidadãs tão corretas assim. Quem maltrata animais, não cuida das árvores e parques do seu bairro e joga lixo na rua, dificilmente será alguém que respeita os seus semelhantes.

Algumas das colocações que vc faz em relação ao caso de não sorrir para um "desconhecido sem considerá-lo um inimigo" só se aplica aos doentes. Não vejo como ambientalismo pode caber nessa colocação, já que atua pela vida e não contra ela.

Agora sustentabilidade e cidadania tem que caminhar juntas por isso que o meu blog tem o título de canto da sustentabilidade e da cidadania. Fazer a nossa parte é sim importante, bem como comprar produtos de empresas comprometidas com o futuro e também votar e cobrar que autoridades façam o mesmo.

Não sei onde vc reside, mas eu sou de São Paulo e os problemas ambientais aqui são gigantescos: os aterros sanitários estão esgotados, pois muito lixo que poderia ter sido reciclado está lá apodrecendo; a água que bebemos cada vez tem de vir de mais longe, pois estamos destruindo e poluindo as nossas fontes; quanto a situação dos carros é preciso comentar algo?

Tudo isso e muito mais representam enormes barbaridades/insanidades/loucuras que, mesmo afetando a todos, principalmente os mais pobres, ainda tem gente que acha que é um tema sem importância.

Pra finalizar, na minha opinião, a dona de casa e a tartaruga não deveriam ser comparadas e hierarquizadas sobre quem é mais importante ou menos importante. Ambas devem ser respeitadas em suas singularidades.

Considero que "companheiros de jornada" somos todos nós que habitamos o planeta, incluindo a dona de casa, a tartaruga, o meu vizinho, minha filha, você e todos deveríamos viver em harmonia.

Eu acho que faço a minha parte sim! Escrevo, dou palestras, reclamo quando vejo coisas erradas e sou muito feliz com essa opção de vida. Agora não vou resolver tudo sozinho e nem quero essa responsabilidade.

Mas quero que minha filha (3,5 anos) quando crescer possa no mínimo dizer pra qualquer um: "meu pai era um batalhador, um lutador das boas causas"!

O resto é história que não sei como vai terminar. E volto a reafirmar: CHATOS SÃO OS OUTROS!!!!

ENVOLVERDE:

Isabel Gnaccarini (bellita@terra.com.br)
Sr Roberto Luz,
Nao vi noticia sobre Genipabu, mas sei bem que o Ibama é, ao contrario do que reclama, cobrado a cumprir LEIS. Alias, o que falta em nosso país é o cumprimento de leis, desde aquelas que protegem a natureza, como o bem-estar das pessoas e dos trabalhadores. Portanto, nao vejo como incompativel o fato de proteger dunas para que sejam exploradas de maneira correta pelos trabalhadores locais. O que é chato é ver o uso destrutivo de recursos que nao sao de poucos, mas da humanidade.

Helton de Oliveira (heltoncomh2@ig.com.br)
Prezado Senhor Reinaldo,
Sou do interior de Minas Gerais, tenho 56 anos e não sou um "ecochato", mas sou tido como uma pessoa radical quanto à falta de civilidade do povo brasileiro. Desde pequeno aprendemos a usar e reaproveitar os bens de consumo, desde o alimento, passando pelo vestuário, material escolar, brinquedos etc.
Quando se pensa de forma "macro" dos aspectos ambientais, todos aplaudem e concordam, inclusive este que vos escreve.
A questão a muito mais grave e difícil, o Senhor Richard, que lhe faz duras críticas, tem razão no aspecto do controle da natalidade mundial. Hoje, já não há condições para sustentar social e economicamente o planeta e o grande número de seus habitantes. A China é a maior potência mundial, sob todos os aspetos, mesmo que não queiram reconhecer os famigerados países que implementam o Capitalismo Selvagem. E ainda vemos, em rede nacional, a TV Bandeirantes apresentar um documentário sectário e suspeito sobre o controle de natalidade chinês.
Tem haver um rígido controle de natalidade mundial, e uma educação - de berço - de todos os povos, quanto à preservação dos bens de consumo, dos resíduos e dos excessos de desperdício incentivado pelo consumismo capitalista.
Não adianta alguns de nós fazer a nossa parte enquanto muitos e, principalmente, os detentores do poder fingir que não vêem o desperdício generalizado.
Muito Obrigado, um abraço.
Helton de Oliveira

Roberto Luz (pgiordanluz@gmail.como)
foi noticiado que o IBAMA fechou o portão que dá acesso as dunas de Genipabu/RN aos bugueiros que transportam os turistas para conhecer o litoral de Natal, sob a alegação que afeta as dunas sem considerar os prejuízos diretos ao turismo e ao emprego de centenas de trabalhafores.
Sustentabilidade das pessoas em 1º lugar. Isso é ser ecochato, chatíssimo, optando pela duna em detrimento das pessoas.

Va de retro, satanás!!!

Richard Jakubaszko (richardassociados@yahoo.com.br)
Caro Reinaldo Canto, não só ecochato como biodesagradável. Você que militou aí pelos Greenpeace da vida (uma empresa de ganhar dinheiro, com registro na Junta Comercial de Amsterdã, e não uma ONG...), já deveria ter adotado a única postura possível, diante da questão da "sustentabilidade". Sustentável tem de ser a humanidade, pois o meio ambiente a humanidade irá destruir tal e qual um formigueiro, diante da proliferação humana, diante do crescimento demográfico que o planeta tem, hoje com 6,8 bilhões de bocas para aliementar, e daqui a pouquinho com 9 bilhões, não apenas para comer, mas para vestir, além do uso dos recursos minerais cada vez mais finitos, como o fósforo e o potássio como fertilizantes. Não vejo nenhuma ONG vociferar contra o crescimento demográfico. Por quê isso? Medo das Igrejas? Porque é politicamente incorreto? Não adianta querer frear a ganância humana por lucros na produção do que quer que seja, caia na real, deixe de ser ecochato e biodesadagrável, só isso. Ataque o problema pela raiz, faça como os chineses, os únicos a terem controle do crescimento demográfico, lamentavelmente precisamos disso para mitigar o problema da fome e das necessidades que nossos filhos e netos terão de enfrentar no máximo a partir de 25 anos à frente, mesmo tendo dinheiro no bolso.
Não reconhecer isso é burrice. No mais, o que se precisa é diálogo com a sociedade, conscientizar a sociedade de três coisas: consumir menos, reciclar mais e ter menos filhos. Me espanta que, mesmo tendo deixado o Greenpeace, ainda use o mesmo discurso terrorista, ainda continue usando os mesmos e ultrapassados argumentos de proibir, de estudos de impacto ambiental, achando com isso que vai encaminhar sua alma para os céus ou o paraíso.
Lamento, é echochato, mesmo! Não tem nenhuma proposta aceitável no seu discurso. É conversa fiada e vazia, pois o problema é muito mais grave.

RESPOSTA AOS EMAILS ACIMA CITADOS E JÁ PUBLICADO NA ENVOLVERDE:

Reinaldo Canto (reicanto@uol.com.br)
Quando coloquei o título nesse artigo imaginei respostas iradas, mas a do Richard me surpreendeu pela agressividade. Mas vamos a algumas considerações: Você tocou num ponto interessante quando fala de controle da natalidade. Essa é uma questão que, realmente, deveria ser tratada com maior seriedade. A explosão demográfica é uma realidade e impacta fortemente na sustentabilidade do planeta. Por outro lado, é bom não esquecer, a desigualdade e a ausência de planejamento são ainda mais graves. Exemplos não faltam: a ocupação das áreas de mananciais; distribuição de alimentos onde temos fome de um lado e obesidade mórbida de outro, só para ficar nesses dois casos. Agora quando você fala: “faça como os chineses”, só posso dizer que sou jornalista e não ditador com poderes sobre a vida e a morte. Quanto a ser preciso dialogar com a sociedade, você é de uma obviedade ímpar. Esse é o caminho que já vem sendo trilhado pelas organizações da sociedade civil organizada há muitos anos. É interessante quando você diz que: “não tem nenhuma proposta aceitável no seu discurso”, quando ao mesmo tempo fala em consumir menos e reciclar, aliás, propostas que faço constantemente em textos e palestras. Ao fazer tal afirmação sem desconstruir meu raciocínio, você agride, radicaliza e age como terrorista, mais que qualquer ecochato e biodesagradável que tanto condena. Em relação ao Greenpeace, a credibilidade da organização fala por si e não precisa de defesa.
Quanto ao exemplo do IBAMA citado pelo Roberto é preciso bom senso. De certo, o vale-tudo da exploração também poderá destruir os empregos e a vida de centenas de pessoas.
Helton concordo totalmente com a sua colocação, precisamos “botar a boca no mundo” e fazer com que as autoridades façam a sua parte. Isso só é possível se nós brasileiros utilizarmos de maneira efetiva o nosso poder como cidadãos para influenciar as políticas públicas.

20 novembro 2010

REPERCUSSÃO ARTIGO

Comentários registrados no blog da revista Carta Capital para o artigo ECOCHATO É A MÃE! CHATOS SÃO OS OUTROS!


Roberto Ribeiro disse:
20 de novembro de 2010 às 11:09
Ecochatos acham que em vez de se proporem leis proibindo a fabricação de sacolas de plástico e garrafas PET, devemos “conscientizar” (isso é, encher o saco inidividualmente) das pessoas para que elas, individualmente, levem sacos de pano para o supermercado. Ecochatos são aqueles que pregam que cortar uma árvore numa avenida para que ela não caia nos carros é crime ambiental. Ecochatos são aqueles que acham que se um indivíduo deixar de comer carne, isto influenciará no efeito estufa. Ecochatos não têm nenhuma educação em biologia e não entendem a diferença entre um jardim público cheio de flores e borboletas e uma floresta tropical. Ou seja, nem todo mundo preocupado com ecologia é ecochato. Ecochato é aquele que tem uma visão estreita, quase religiosa, da ecologia.

Ecologia se relaciona com sociologia. São ciências da coletividade. Não importa que um indivíduo deixe de comer carne, de andar de carro, de usar plástico. O que se tem de pensar é em racionalizar a distribuição de alimentos, melhorar o transporte público, fazer leis a respeito da retornabilidade das embalagens. “Pensar globalmente e agir localmente” é uma falácia se interpretada como “se eu for ecochato, estarei salvo”. Não adianta usar carteiras de garrafa PET, é preciso enfrentar a indústria de petróleo. E para isso é preciso organização, não ação individual. A ecochatice é algo que auxilia a indústria, pois pulveriza as ações, faz perder a perspectiva e estreita o horizonte.

O beija-flor tentou apagar o incêndio da floresta “fazendo a sua parte”: resultado, a floresta pegou fogo assim mesmo e torrou o beija-flor.

Mário Ferreira disse:
18 de novembro de 2010 às 18:30
Estou de acordo com o autor, entretanto, considero a questão mais profunda:
não basta que os projetos de desenvolvimento sejam ecologicamente corretos. É necessário mudar
o atual modelo econômico baseado em consumo e produção crescentes para outro que busque a redução
do consumo (consumo consciente), o que implica, necessariamente, no controle social do capital…

Renato Sigiliano disse:
18 de novembro de 2010 às 14:18
A questão é se vamos adotar um modelo de desenvolvimento sustentável, e isto tem a ver exclusivamente com o meio ambiente, ou vamos continuar repetindo os erros de “desenvolvimento e progresso” impostos pelo capitalismo, que dá sinais de enorme cansaço. As iniciativas mais lucrativas financeiramente hoje levam, obrigatoriamente, em consideração as questões ambientais. A recém sanção presidencial da Política Nacional de Resíduos Sólidos, que tramitou 17 anos no Congresso, traz avanços consideráveis para sistemas de gestão ambiental públicos e privados. O binômio poluidor/pagador está em alta no mundo inteiro. O Brasil precisa cessar o avanço sobre a Amazônia, imensa riqueza desconhecida que está sendo destruída para ocupação da pecuária e agricultura. Precisamos ser conscientes no consumo, priorizando produtos ecologicamente corretos. Consumimos 25% de nossa energia elétrica com chuveiros. Ora, a energia elétrica é muito nobre para este fim, esquentar água. Isto não é moda, é questão de sobrevivência da humanidade.

Andre SP disse:
18 de novembro de 2010 às 12:47
Este tema tem sua importância, mas, infelizmente aqui no Brasil soa mais como oportunista, o assunto consumismo é tocado superficialmente, por que não atacar a verdadeira causa, por que não vender outra ideologia que não esteja sustentada no capital. Para mim o problema está na subsistência momentânea, substância esta que impele ao ser humano a obrigação do trabalho remunerado como forma de vida e existência, enquanto a sociedade se basear no trabalho e consumo como modo de vida, só aumentará a demanda por produtos e energia, é fato que os problemas tendem a crescer. Querem mudar o Mundo mudem o conceito, pois o dinheiro é que promove o consumo, retirem o poder do dinheiro, uniformizem o poder, promovam uma sociedade igualitária e estes problemas serão resolvidos. Esta é minha visão, no demais não passa de demagogia, e na maioria das vezes puramente oportunistas, advogando em causas próprias.
Como querer resolver o problema do meio ambiente se os direitos humanos não são respeitados, enquanto existir pobres e ricos, o mundo estará fadado a se autodestruir.

Evandro disse:
18 de novembro de 2010 às 11:54
Concordo com o autor. O governo brasileiro anda reclamando que, agora que estamos a colocar a cabeça para fora do mundo subdesenvolvido, vem a pressão ecológica restringir nossas pretensões desenvolvimentistas. Pelo contrário, acredito num enorme potencial para fazer diferente. Embora demande tempo, todas as iniciativas novas deviam mirar num conceito mais elevado, para não chegarmos ao beco sem saída que muitas grandes economias estão. Há um imenso mercado para a inovação – que mudará drasticamente o consumo – e afetará a indústrica convencional, sem dúvida. Mas não há desculpas para o desperdício absurdo dos produtos e meios de produção atuais, a continuidade da destruição do que ainda resta da natureza e a intoxicação de nossa geração e das próximas. De imediato precisamos de: produtos biodegradáveis de origem vegetal; desenvolver a energia da biomassa, sobretudo de oleginosas nativas; ampliação da agricultura familiar sem agrotóxicos, respeitando o clima local, não desmatando mais nenhuma área; recuperação de áreas degradadas para recompor a biodiversidade e a captação de água para o solo; destinação adequada de todo o lixo que agride o meio ambiente. Viram quantas demandas e produtos, serviços e conhecimento?

18 novembro 2010

SEMINÁRIO

MUDANÇA CLIMÁTICA EM ÁREAS URBANAS: VULNERABILIDADES, IMPACTOS E ADAPTAÇÃO
23 e 24 de Novembro de 2010
Instituto Pólis
Local: Rua Araújo, 124 – República, São Paulo, SP
1º Dia
8:30-9hs
Credenciamento
9-9:30hs
Abertura - Apresentação dos objetivos do seminário.
Elisabeth Gimberg, Instituto Pólis
Monica Oliveira, Oxfam
9:30-13:30hs
Sessão 1 – Convergências entre adaptação e mitigação no contexto do desenvolvimento socioeconômico sustentável
Objetivo: Apresentar as relações entre adaptação e mitigação no contexto do desenvolvimento, discutindo os impactos e oportunidades em setores chave da sócio-economia urbana em relação à mudança do clima.
Mediador: Vicente Manzione Filho, Gestão Origami/ BARCA
9:30-10hs
Adaptação no contexto do desenvolvimento
O desenvolvimento com sustentabilidade e equidade social continua a ser prioridades globais. No entanto, a mudança climática precisa ser urgentemente abordada. Ações de desenvolvimento tais como combate à pobreza e às desigualdades sociais, promoção de políticas públicas para garantir a segurança alimentar, o direito à educação com qualidade, o acesso a serviços adequados de saúde e à habitação de qualidade bem como o acesso a água potável. Todos estes direitos envolvem a radicalização da democracia e estão diretamente relacionados com a questão das vulnerabilidades, dos impactos de das ações de adaptação à mudança climática. Como os centros urbanos estão lidando com essa dinâmica? Como essas relações se mostram na realidade das cidades?
Palestrante: Dr. Giuseppe Cocco, UFRJ
10-10:30hs
Saúde humana e políticas públicas
A avaliação as principais vulnerabilidades brasileiras, representadas por problemas estruturais de ordem scioambiental, institucional e epidemiológica carece de detalhamento conforme atestam diversos estudos. Eles indicam que o Brasil tende a não sofrer com o surgimento de doenças novas relacionadas ao aumento da temperatura do planeta, mas sofrerá com um aumento nas situações e agravos de doenças já conhecidas. As ações adaptativas específicas do setor saúde devem privilegiar a redução da incidência das doenças infecciosas endêmicas (principalmente da malária e da febre da dengue), e a redução da exposição de populações urbanas aos riscos climáticos, decorrentes de tempestades e inundações, pelo desenvolvimento de sistemas de alerta precoce para eventos extremos.
Palestrante: Dr. Paulo Saldiva, USP
10:30-11hs
Café
11-11-30hs
Água e mudança climática nas cidades
Estudos mostram que se por um lado a mitigação da mudança climática tem haver com energia, a adaptação está diretamente relacionada com água: seja pela falta ou pelo excesso. A questão da água é um problema na região metropolitana de São Paulo. Como as cidades devem se preparar no longo prazo para períodos de chuva mais intensos e concentrados alternados por períodos de secas prolongadas?
Palestrante: Dra. Marússia Whately
18/11/2010
11:30-12hs
Gestão de resíduos sólidos como instrumento de minimização de impactos causados por eventos extremos
Sistemas convencionais de gestão e destinação de resíduos por si só já contribuem para aumento das emissões de GEE, assim como para a contaminação do solo e de águas subterrâneas, fluviais e pluviais. A implantação de sistemas de recuperação de resíduos (reciclagem, compostagem e biodigestão) associados à educação da população tende a evitar que os resíduos sejam descartados em locais impróprios o que contribui para diminuir os impactos de enchentes.
Palestrante: Elisabeth Grimberg, Instituto Pólis
12-12:30hs
Debate
12:30-14hs
Intervalo para almoço
14-16hs
Sessão 2 – O tema da adaptação no contexto do marco regulatório
Objetivo: Discutir o contexto das negociações internacionais no âmbito da UNFCC em especial questões ligadas ao Fundo de Adaptação. Analisar o componente “adaptação ” no marco regulatório brasileiro, buscando identificar os caminhos legais para implementação de ações de adaptação. Debater o Plano Nacional de Adaptação e suas relações com a mitigação.
Mediador: Aron Belink, campanha TicTac
14-14:30hs
O Fundo de Adaptação na UNFCCC: pontos de discórdia
O Fundo de Adaptação para os países em desenvolvimento é o principal ponto nas negociações internacionais no âmbito da UNFCCC a respeito de adaptação. No Brasil as regiões Norte e Nordeste serão as mais afetadas pela mudança climática em função de seu baixo IDH. Isso coloca o Brasil como um potencial recebedor de recursos do Fundo. No entanto, regiões Sul e Sudeste têm uma maior resiliência frente aos efeitos da mudança climática em função sua infra-estrutura e renda média maior. Como o Brasil deve se posicionar nas negociações? O Brasil será um doador do fundo ou um recebedor de recursos? O que está por traz nas negociações?
Palestrante: Dr Rubens Born, Vitae Civillis
14:30-15hs
Marco Regulatório Brasileiro: diretrizes para adaptação
Nos últimos anos, o Brasil tem avançado na criação de políticas relacionada à mudança climática. Por exemplo, governo federal assim como os estados de São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso, Pernambuco entre outros e algumas capitais como São Paulo, Porto Alegre, Belo Horizonte já têm suas políticas de mudança climática ou estão em processo de elaboração. O que essas políticas sinalizam quanto à adaptação?
Palestrante: Florence Laloe, ICLEI
15-15:30hs
Diretrizes para Adaptação na Política Estadual de Mudança Climática do Estado de São Paulo
A Política Estadual de Mudança Climática do Estado de São Paulo é tida como referência no Brasil. Como o componente “adaptação” no marco regulatório paulista, sinaliza os caminhos legais para implementação de ações de redução de vulnerabilidades e de impactos e indica oportunidades de adaptação para as cidades brasileiras?
Palestrante: Josilene Ferrer, CETESB
15:30-16hs
Debate
16-16:30hs
Café
16:30-18hs
Sessão 3 – Prevenção e resposta aos impactos de eventos climáticos extremos nas cidades
Objetivo: Discutir os impactos sociais e econômicos mais frequentes de eventos climáticos extremos em áreas urbanas avaliando medidas de prevenção e de resposta em nível local e regional.
18/11/2010
Mediador: Marcelo Cardoso, Vitae Civillis
16:30-17hs
Resposta aos eventos climáticos extremos: o caso da cidade de Blumenau
A cidade de Blumenau sofreu com chuvas intensas no verão de 2008. Atualmente a cidade se reconstrói através de um planejamento preventivo com vistas a evitar os danos de prováveis eventos futuros. O que está sendo feito? Qual o processo de participação da sociedade no planejamento?
Palestrante: Cel. Carlos Menestrina, Comandante do Corpo de Bombeiros SC
17-17:30hs
Programas e projetos em desenvolvimento na cidade de São Paulo
O município de São Paulo possui desde 2009 sua Política de Mudança Climática. Quais os principais desafios para sua implementação? Quais recursos o município tem que lançar mão para o desenvolvimento das ações?
Palestrante: Rosélia Ikeda, Diretora do Departamento de Planejamento, Secretaria do Verde e Meio Ambiente, SP
17:30-18hs
Debates
2º Dia
9-12:30hs
Sessão 4 – Vulnerabilidades, impactos e ações de adaptação em áreas urbanas
Objetivo: Discutir, a partir de estudos nacionais relevantes, o que já existe em termos de Programas e Projetos bem como as analisar as lacunas existentes relativas Ciência, Tecnologia e Inovação em termos de vulnerabilidades, impactos e ações de adaptação.
Mediador: Vicente Manzione Filho, Gestão Origami/ BARCA
9-9:30hs
Mapas de vulnerabilidade como instrumentos de planejamento urbano
As grandes cidades brasileiras já possuem suas áreas de riscos associadas à precipitação intensa mapeadas. Mapas de vulnerabilidades estão disponíveis para utilização no planejamento do uso e ocupação do solo por formuladores de políticas públicas. No entanto verifica-se que as cidades crescem sem controle, invadindo áreas de preservação permanente como várzeas de rios e encostas. Como a informação técnica chega ao formulador de políticas públicas e a sociedade?
Palestrante: Dr. Agostinho Ogura, IPT
9:30-10hs
Políticas de uso e ocupação do solo e o papel do Plano Diretor
Os impactos de eventos climáticos extremos no meio urbano são potencializados em função do descontrole no uso e ocupação do solo. Dois instrumentos de planejamento do uso e ocupação do solo, o Plano Diretor e o Código de Obras, tem papel fundamental na redução das vulnerabilidades e dos impactos na mudança climática nas cidades. Como a formulação de Planos Diretores incorpora a dimensão da mudança climática?
Palestrante: Kazuo Nakano, Instituto Pólis
10-10:30hs
Adaptação aos efeitos da mudança climática nas cidades: lacunas em ciência, tecnologia e inovação
Com base no artigo sobre impactos da mudança climática nas cidades publicado na Revista Parcerias Estratégicas de dezembro de 2008 e no relatório subsídios para uma agenda nacional de ciência tecnologia e inovação relativa à vulnerabilidade, impactos e adaptação à mudança do clima ambos do CGEE, quais as situações de risco e formas de adaptação em cidades brasileiras?
Palestrante: Dra Magda Lombardo, UNESP
10:30-11hs
Café
11-11:30
Mega Cidades e mudança climática
Estudo interinstitucional e interdisciplinar em coordenado pelo INPE tem por objetivo
18/11/2010
identificar os possíveis impactos causados pelas mudanças climáticas na RMSP, agravados pelo atual padrão de uso e ocupação do solo, mapear as principais vulnerabilidades às mudanças climáticas e propor medidas de adaptação, bem como um conjunto de ações em busca de soluções para fazer frente aos potenciais e atuais impactos causados pelas mudanças climáticas
Palestrante: Dra Andrea Young, NEPO/Unicamp
11:30-12:30hs
Debate
12:30-14hs
Intervalo para almoço
14-17hs
14-14:30hs
14:30-15hs
15-15:30hs
15:30-16hs
16-16:30hs
Sessão 5 – Mesa Redonda:
Comunicação: o desafio da disseminação qualificada da informação
Objetivo: Discutir a lacuna na disseminação qualitativa de informação sobre adaptação climática para a sociedade, destacando a necessidade de comunicação do conhecimento em linguagem acessível ao cidadão comum assim como discutindo as razões pelas quais o conhecimento técnico muitas vezes não chega às mãos dos formuladores de políticas públicas. Discutir o direito da sociedade em receber informações qualificadas como subsídio para pressionar o poder público a agir.
Mediador: Silvio Barone, BARCA
Jornalistas debatedores:
Helio Gomes, Editora Três
Marilú Cabanãs, Radio Cultura
Café
REINALDO CANTO, ENVOLVERDE
Veet Vivarta, Andi
16:30-17:00hs
Debate
17:00-17:30hs
Encerramento

ECOCHATO É A MÃE! CHATOS SÃO OS OUTROS!

Por Reinaldo Canto*, especial para a Envolverde

Para aqueles que estão acostumados a defender suas idéias em prol da sustentabilidade é bastante comum sermos chamados de ecochatos e contrários ao desenvolvimento e ao progresso. O até mesmo ofensivo título deste artigo, que de antemão peço desculpas aos mais sensíveis, é um desabafo, mas também deve-se ao fato de estarmos vivendo um momento muito sensível e preocupante da história da humanidade e difícil de ser contestado. É claro que na democracia todos tem o legítimo direito à discordância, e como não existem verdades humanas absolutas, o contraditório é sempre muito bem-vindo. Nem por isso devemos de ter em conta que o descaso com o nosso meio ambiente vem provocando situações absurdas provocadas pela irresponsabilidade de alguns ou melhor de muitos.

Casos emblemáticos como os do vazamento de petróleo no Golfo do México e a lama tóxica que atingiu recentemente a Bulgária, a Croácia e outros países banhados pelo Rio Danúbio e afluentes, além das queimadas no Brasil que atingiram recordes, isso para citar apenas os mais graves, deveriam ser mais que suficientes para resultarem em análises aprofundadas e a mobilização de toda a sociedade mundial para identificar e tomar as providências necessárias que busquem evitar tais barbaridades cometidas contra o nosso planeta.

A adoção de critérios de sustentabilidade em todos os setores da atividade humana é uma questão de sobrevivência e ponto! Assim como não é possível flexibilizar a segurança em obras de engenharia, como na construção de um prédio ou de uma ponte, não deveríamos aceitar que autoridades públicas e privadas cogitassem, sequer por um minuto, afrouxar os cuidados com a preservação ambiental em nome de alguma coisa que leve o nome de desenvolvimento. Aliás, deveríamos eliminar a denominação desenvolvimento para qualquer obra ou ação humana com claros sinais insustentáveis.

Não é mais possível aceitar que sejam questionados por A ou B a realização dos relatórios de impacto ambiental, ainda mais se vierem acompanhados de expressões como: “obstáculos ao progresso” e “prejuízos à economia”. Diante disso pergunto: qual progresso? Que tipo de economia?

O Relatório Planeta Vivo 2010 publicado em outubro deste ano pela organização não governamental WWF constatou que o planeta já perdeu 30% de recursos naturais e só nos países tropicais, num período de cerca de 40 anos, foram extintas 60% da biodiversidade. A própria ONU, durante a realização da Conferência sobre Biodiversidade, a COP-10 no mês passado no Japão alertou governos e empresas que a destruição do meio ambiente precisará ser computada como prejuízo em orçamentos e PIBs, realidade que até agora foi olimpicamente ignorada.

O aquecimento global está aí para não sermos desmentidos. Segundo previsões, 1/3 das áreas cultiváveis do planeta poderão deixar de existir até 2050 em razão das mudanças climáticas. Além é claro de outras conseqüências nefastas como migrações forçadas e mortes de milhões de pessoas por falta de alimentos e água potável.

O consumo desenfreado, a fome insaciável por energia e um desperdício sem precedentes precisam estar com os dias contados, caso contrário nós é que estaremos. Portanto, caso você defenda uma nova visão e uma nova postura diante de tantos fatos óbvios, não aceite naturalmente ser chamado de ecochato. Sem dúvida, chatos são os que acham que bonito é deixar tudo como está.

*Jornalista, consultor e palestrante, foi diretor de comunicação do Greenpeace e coordenador de comunicação do Instituto Akatu pelo Consumo Consciente
Blog: http://cantodasustentabilidade.blogspot.com/
Email: reicanto@uol.com.br

16 novembro 2010

Comissão seleciona 52 trabalhos finalistas

Reunidos no último dia 4/11 na sede do HSBC em São Paulo, os doze integrantes
da Comissão de Seleção do Prêmio Jornalistas&Cia/HSBC de Imprensa e Sustentabilidade indicaram os 52 trabalhos finalistas do concurso, que passarão agora pelo crivo da Comissão de Premiação, encarregada de apontar os vencedores da categoria Mídia Nacional – nos segmentos Jornal, Revista, Televisão, Rádio, Internet e Imagem (Fotografia e Vídeo) – e das cinco regiões da categoria Mídia Regional, bem como o ganhador do Grande Prêmio. Eles serão conhecidos no próximo dia 19 de
novembro, tão logo a Comissão de Premiação libere os resultados, e depois serão homenageados na festa de premiação, marcada para o Tom Jazz, em São Paulo, no próximo dia 30/11, quando também será conhecido o ganhador do Grande Prêmio. No total, os vencedores vão receber R$ 89 mil líquidos. Do total de 548 trabalhos, inscritos por 243 profissionais, foram selecionados dez de jornais, dez de revistas, nove de televisão, nove de rádio, cinco de internet e nove de imagem (sete de fotografia e dois de vídeo).

Os finalistas são os seguintes, por segmento:

Jo r n a l :

Adriana Czelusniak – Gazeta do Povo, com Sustentabilidade no carrinho;
Alexandre Lenzi – Diário Catarinense, Reciclagem de lixo – capital recupera 1 milhão e joga
fora 7 milhões de reais;
André Palhano – Folha de S.Paulo, Produto sustentável ainda gera confusão;
Claudio Motta – O Globo, Caderno Caminhos da América;
Daniela Chiaretti – Valor Econômico, Show de improviso – Triste madrugada foi aquela;
Flávia Junqueira – Extra, A vingança do Sarapuí;
Juliana Bublitz – Zero Hora, O plástico da cana;
Luciana Constantino Luz – O Estado de S.Paulo, No limite – calcule a sua pegada;
Martha San Juan França – Brasil Econômico, Cooperativas de catadores têm crédito especial;
e Pedro Romero – Jornal do Commercio/ PE, Ipojuca pede socorro.

Revista:

Adriana Martins Cruz – Revista da Tribuna (Santos/SP), com Pequenos educadores;
Alexandre Mansur – Época, Quanto vale a natureza?;
Aline Assis Morais Ribeiro – Época, É possível evitar?;
Cláudia Voltolini – Idéia Sustentável, Oito tendências de sustentabilidade;
Cleia Schmitz – Empreendedor/SC, Essência da vida;
Edson Poletto Porto – Época Negócios, Crescimento zero é bom?;
Gustavo Ribeiro de Francisco – Atitude Sustentável, Minha casa sustentável;
Hairton Ponciano Vaz – Autoesporte, Plantação de carro;
Micheline Schenkel – TRIP (revista customizada para a Natura), Dá pra viver
com menos?;
e Ruiblans Outo Matos – RDM Semanal (Cuiabá/MT), É pau, é pedra, é o fim do
caminho.

Televisão:

Eduardo Cesar Silva Gomes – Rede Minas, com duas reportagens, Desperdício e Cuidando
do lixo;
Fernanda Lopes Balsalobre – RedeTV, Vintage – A moda sustentável;
José Reginaldo Aguiar – TV Jangadeiro/CE, Reciclar;
Marina de Castro Ferreira – GloboNews, também com duas reportagens, Recuperação
ambiental de Cubatão e Política Nacional de Resíduos Sólidos;
Maria Zulmira de Souza – TV Brasil (Planetária Produções), Sustentáculos – caminhos da sustentabilidade;
Roberto de Oliveira Silva – Canal Futura, Reciclagem de óleo de cozinha;
e Teresa Cristina Freitas Ribeiro – TV Globo/RJ, Mata Atlântica – turismo ecológico.

Rádio:

Fabiana Novello – CBN/SP, Os efeitos do aquecimento global no Brasil;
Fabíola Sanchez Cidral – CBN/SP, Amazônia, uma realidade diante de nós;
Helen Garcez Brown – Rádio Guaíba/RS, Reciclando a felicidade;
Júlio de Almeida Lubiano – CBN/RJ, Meio ambiente S.A. – Lei dos Resíduos
Sólidos;
Luciana Marinho Carvalho – CBN/SP, Profissões invisíveis;
Marciane Páz – Rádio Super Condá (Chapecó/SC), Áreas
verdes, solução ou problema?;
Rejane Castilho Vocatto da Costa – Rádio Gaúcha/RS, Projetos buscam no Brasil diminuir a emissão
de carbono;
Tacyana Karina Arce – Rádio UFMG-BH, Ciência do lixo;
e Wellington Carvalho dos Santos – Eldorado-SP, Apresentando os negócios sociais.

Internet:

Denis Russo Burgierman – www.istonaoenormal.com.br, com Isto não é normal;
Luis Corvini Filho – Biosferatv.com.br, Ecogames – os games sustentáveis;
Juliana Antunes de Albuquerque Paula – Um olhar sustentável sobre o mundo empresarial
(blog/RJ), Sustentabilidade na construção civil;
Kamila Silva de Almeida – www.zerohora.com.br, Dunas, proteção costeira em xeque; e
Thais Teisen – www.ciclovivo.com.br, Decoradora premiada trabalha exclusivamente
com garrafas PET.

Imagem/Fotografia:

Andressa Anholete – Jornal de Brasília, com dois trabalhos, Voa, carcará e A arte de resistir ao incontrolável;
Bruno Augusto Kelly – A Crítica/AM, Cultivo em família;
Celso Silva Sarmento Junior – O Estado de S.Paulo, Fogo sem controle no cerrado;
Custódio Coimbra – O Globo, Mar em preto e branco;
Diego Baldisssera Rebel – Diário Catarinense, Tratamento de esgoto made in Japan;
e Ubiratan Maciel – Jornal do Commercio/PE, Ipojuca pede socorro.

Imagem/Vídeo:

Alberto Alves dos Santos – TV Globo, com dois trabalhos, Projeto Tamar e Mata Atlântica, cultivo de piaçava.

Integraram a Comissão de Seleção
Cristina Vaz de Carvalho, Claudia Mauschitski, Denise Fon, Elaine Lina, José Paulo Lanyi, Marco Antonio Rossi, Mateus Furlanetto, Nelson Graubart, Paulo Vieira Lima, REINALDO CANTO, Samuel Iavelberg e Wilson Baroncelli.

O Brasil foi o país que mais publicou notícias sobre a Conferência do Clima, em Copenhague

Fico feliz em ter contribuído para esse resultado. Veja abaixo:


Ambiente Brasil

O Brasil foi o país que publicou o maior volume de notícias sobre a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-15), em Copenhague (Dinamarca), no ano passado. O levantamento, feito pela Fundação Reuters de Jornalismo e pela Universidade de Oxford, foi divulgado nesta segunda-feira (15). O relatório confirma ainda que o Brasil levou a maior delegação oficial entre os 119 países que participaram da conferência, com 572 pessoas. A delegação brasileira superou, inclusive, a da anfitriã Dinamarca (527).

As informações são da BBC Brasil. A pesquisa concluiu que, dos 427 artigos publicados nos 12 países estudados, 88 saíram na imprensa brasileira. Em segundo ficou a Índia, com 76 notícias, seguida por Austrália (40), Grã-Bretanha (39) e Itália (37).

O estudo se concentrou na imprensa do Brasil, Egito, México, Reino Unido,Vietnã, da Austrália, China, Índia, Itália, Nigéria, Rússia e dos Estados Unidos. No Brasil, foram examinadas notícias publicadas em páginas da internet e nos jornais Folha de S.Paulo e Super Notícia.

O interesse da imprensa brasileira elevou para 5% a participação da América Latina entre os jornalistas registrados na conferência, segundo o estudo. Em 2007, no encontro de Bali (Indonésia), essa porcentagem foi de 1%, subindo para 3% no ano seguinte, em Poznan, na Polônia.

A conferência foi considerada o evento não esportivo que mais atraiu jornalistas até hoje, cerca de 4 mil profissionais. A grande maioria (85%), de países desenvolvidos. Países em desenvolvimento levaram quase 600 jornalistas à capital da Dinamarca. Por outro lado, os países que menos espaço dedicaram à histórica reunião sobre mudança climática foram Nigéria, Rússia e Egito. (Fonte: Agência Brasil)

08 novembro 2010

I SEMANA MAUÁ DE EDUCAÇÃO PARA A SUSTENTABILIDADE

EVENTO GRATUITO DE 9 A 11 DE NOVEMBRO

Inscrições pelo site: http://www.maua.br/index/semana-da-sustentabilidade

9 de novembro
PAINEL 1
A ATUAÇÃO DAS OPERADORAS DE RODOVIAS
SOBRE SUSTENTABILIDADE
18h30 Credenciamento e Café
19h OHL - Dr. Roberto de Barros Calixto
ABCR - Eng. Eduardo Murgel
ECORODOVIAS: Moisés Basilio - Ecólogo
20h40 Debate

10 de novembro
PAINEL 2
A AGENDA EMPRESARIAL PARA O FUTURO SUSTENTÁVEL
13h30 Credenciamento e Café
14h CPFL - Eng. Rodolfo Nardez Sirol
SERASA EXPERIAN - Sr. Tomas Carmona
LG - Eng. Robson Previatti
15h40 Debate
16h Coffee Break
16h30 Delphi: Eng. Klaus Wagner Acerbi
Banco do Brasil: Dr. Valdir Martins
INSCREVA-SE
PAINEL 3
ESTILOS SUSTENTÁVEIS DE VIDA E
RESPONSABILIDADE PESSOAL
17h30 ECOPRÁTICO E SUSTENTÁCULOS
Planetária Sol - Maria Zulmira - Felipe Aragonez
18h20 Debate

PAINEL 4
CINE REFLEXÃO - EXIBIÇÃO DO DOCUMENTÁRIO:
MATRIZES LIMPAS - “ZUGZWANG”
18h50 Credenciamento e Café
19h20 Exibição e Debate
SR. DUTO SPERRY - Diretor do Filme
TRANSPETRO (a confirmar)
ENVOLVERDE: Jorn. Reinaldo Canto


11 de novembro
PAINEL 5
RECICLAGEM, REUSO E POLÍTICA DE RESÍDUOS
8h50 Credenciamento e Café
9H30 ABIPET
ABIVIDRO
ABRELPE: Dr. Odair Luiz Segantini
10h40 Coffee Break
11h30 ABINEE: Dr. André Saraiva
INSTITUTO C.R.I.S.: Construções Sustentáveis - Arq. Frank Siciliano
ECO DESIGN MAUÁ: Profª Claudia Facca
12h30 Debate
PAINEL 6
O FUTURO DOS NOVOS NEGÓCIOS:
EMPREENDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS
14h Credenciamento e Café
14h40 Palestra MAGNA: Publicitário Percival Caropreso:
Comunicação Responsável
15h40 Debate
16h Coffee Break
16h30 ÁGUAS CLARAS - VIVEIRO FLORESTAL: Eng. Marcos Barbosa
IBF - Instituto Brasileiro de Florestas : Dr. Higino Martins de Aquino Jr.
18h Debate
PAINEL 7
CINE REFLEXÃO - EXIBIÇÃO DO DOCUMENTÁRIO:
ACIDIFICAÇÃO DOS OCEANOS - A SEA CHANGE (EUA)
18h30 Credenciamento e Café
19h20 GREENPEACE: Bióloga Leandra Gonçalves
INMET - Instituto Nacional de Meteorologia:
Meteorologista Marcelo Schneider
21h10 Encerramento Mauá

07 novembro 2010

COMENTÁRIO MIGUEL NICOLELIS

Enviei o artigo para o professor Miguel Nicolelis e reproduzo abaixo a sua resposta que me deixou muito agradecido e lisonjeado:

Prezado Sr. Reinaldo Canto,

Muitíssimo obrigado pela gentileza de me remeter o seu artigo. Certamente não creio que eu mereça toda essa deferência da sociedade brasileira, mas gostaria de lhe agradecer profundamente pelo apoio e por todo o trabalho em escrever o artigo.
Um grande abraço,
Miguel
Sent via BlackBerry by AT&T

28 outubro 2010

COMENTÁRIOS

Compartilho aqui os comentários enviados ao site da Carta Capital em relação ao artigo PARIS HILTON E MIGUEL NICOLELIS:

Pensador disse:
21 de outubro de 2010 às 11:40
Caro amigo: Você apenas sonhou um país em que as pessoas PENSASSEM! Mas este ainda é, infelizmente, o país (e o planeta) dos ídolos de barro…jogadores de futebol, Big Brothers, atores, atrizes, tiriricas…enfim, a nata do nada…

Mas quem sabe um dia a humanidade vai perceber quem tem conteúdo e quem é apenas aparência vazia.

Um abraço.

Cleusa disse:
21 de outubro de 2010 às 11:46
É uma triste realidade que devemos lutar por mudanças!

Att.

Wilson disse:
21 de outubro de 2010 às 11:56
É amigo, nossa tarefa é transformar nossos grandes cientistas em CELEBRIDADES!
Não dispensando Paris Hilton é claro. rsrsrsrsrs

Abraço

Wilson

Jorge disse:
21 de outubro de 2010 às 12:01
Infelizmente muita gente ainda tem preguiça de pensar! Mas vamos continuar sonhando.

Frederico Firmo disse:
21 de outubro de 2010 às 14:44
Prezado amigo
Como discordar concordando. Eu discordo por generalizar. Estou um pouco cansado de ouvir que o povo brasileiro, é isto, o povo brasileiro é aquilo, pois tudo que voce falou não vem realmente por causa do país ou do povo. Me parece que tudo isto vem de uma determinada classe que ainda domina não apenas a imprensa mas também os modos de expressão neste país. O povo e o país, não tem como se expressar, ou sendo menos radical tem muito poucos canais de expressão.Mas são estes que acreditam que o povo quer mais Paris Hilton do que Nicolelis (pergunte sobre ele no Rio Grande do Norte e verá o respeito do povo). Observe o reflexo disto na campanha. O candidato que se identifica com uma elite, inclusive que se pretende intelectual rebaixa a discussão política a um nível inimaginável. Questões fundamentalistas, preconceitos regionalismos factóides, são criados pois eles acreditam que o povo gosta disto. Mesmo tendo as respostas das pesquisas, insistem e sempre insistirão sobre esta mesma tonica. Não quero passar uma imagem idealizada do ṕovo, mas me parece que o problem maior vem da chamada elite. Esta sim se mostrou incompetente política, incompetente como gestora e irresponsável. Esta é a elite que sucateou as escolas a cultura a ciência e ao final e sempre evocam aofinasl, ” grand finale”, o povo brasileiro é o culpado por eu não saber gerir por eu não saber administrar, e por todos os meus fracassos. Como o seu candidato, eles sempre vão afirmar que são as vítimas.
Nicolelis e seu trabalho não sai na capa das revistas porque com Lula e Haddad fez um artigo sobre os planos para educação científica, que foi publicado numa das revistas científicas mais importante do mundo (AScientific American) eu a vi na versão em ingles.Não sei se a publicaram aqui. Nicolelis não sai na midia pois declarou voto ao Lula. Mais uma vez estes fatos demonstram que a grande mídia, atropela os fatos e propagandiza apenas o que lhe é de interesse.
POr isto eu discordo concordando. Eu concordo que esta elite infelizmente faz parte do Brasil, mas ela não é o Brasil. O Brasil é daquele povo que muitas vêzes não teve oportunidades, mas que assim mesmo criou um lider sindical que negociava de igual para igual com empresários e que se tornou presidente e que mostrou com seu sucesso a incompetência de uma elite que estava no poder desde Cabral.
Portanto continuemos na luta da educação e das oportunidades que encontraremos o verdadeiro país por traz desta máscara e desta persona, que esta elite construiu.

Adauto disse:
22 de outubro de 2010 às 2:19
Esse fato retrata a educação da minoria do povo brasileiro, pois, Paris Hilton é produto da classe elitista. Portanto, a maioria da população desconhece ambos, por sua vez, tive o conhecimento dos trabalhos Miguel Nicolelis através da TV Brasil.

Alex Siqueira disse:
22 de outubro de 2010 às 15:26
Nós, os brasileiros, começamos a muito pouco tempo a ter garantidos os direitos fundamentais à vida: como comida, trabalho, esperança,… É muito cedo querer nos responsabilizar pelos desvarios e ignonímias que uma parcela da população apregoa utilizando de meios sorrateiros e covardes. É verdade que estamos acostumados às novelas da vida real. Durante o espaço de quase 3 gerações só tivemos consolo no sonho da novela: todos já fomos a Escrava Isaura, a Rainha da Sucata e o coronel que enterrou a medalha querendo recuperar o filho morto na guerra, na Terra Nostra. Agora é que pudemos ter o primeiro vislumbre de cidadania, pelo crescimento econômico que absorveu a imensa massa de desempregados e subempregados. Agora já temos chinelo e feijão. Temos direito ao futuro, ao trabalho, á sermos gente. Não eramos. Não nos viam como gente. Queremos comida, diversão e arte. Queremos opções. E o mais grandioso disso, é que precisamos do metalúrgico pra ensinar que o mercado interno é quem mantém uma nação em pé.
Ao insano de pankake nas olheiras: dêem-lhe seu Lexotan (mas com receita!).

Willian disse:
22 de outubro de 2010 às 23:35
Nicolelis é demais… simplesmente fantástico

Bartira Lima disse:
24 de outubro de 2010 às 10:01
O que falta no nosso país são políticas de Educação, saúde, empregos e salários dígnos… O fato é que dar mais importancia à Paris Hilton mostra a “valorização do banal”. O que realmente faz Paris Hilton importante? É uma cientista, está engajada em ações sociais de valor…? Investir em Educação é perigoso para os políticos que desejam manipular o povo. Idolatrar pessoas como Paris Hilton demostra a ignorancia da populção, a qual deveria ter maiores e melhores condições de estudo.

Abaixo reproduzo os comentários sobre o artigo publicados na Envolverde:

Sandra Cavalcante (sandracavalcante@uol.com.br)
Parabéns, Reinaldo, pelo texto, concordo em tudo o que vc escreveu! Ainda bem que nosso gênio Nicolelis não está preocupado com reconhecimento popular e bajulação da mídia... mas que às vezes deve incomodar tanta inversão de valores e cegueira social, ah, isso deve...

Afonso do Carmo (afonso540@hotmail.com)
Marx e Nietzsche já alertavam para este futuro no qual agora estamos nós. Marx: “tudo que é sólido desmancha no ar”; Nietzsche: “tudo está impregnado do seu contrário.”
Quase quatro séculos antes de Cristo Platão escreveu o “Mito da caverna”. Na obra o filósofo demonstra que os homens vivem numa caverna, e tudo que percebem da realidade são sombras, inclusive de si mesmos, projetadas na parede do fundo pela luz que vem de trás.
A partir da modernidade, pela supervalorização e idolatria às imagens, pela confusão entre “ser” e “representar”, a “caverna” de Platão se transformou no “espelho” do mundo. A “realidade” passa a ser “solidificada” a partir das imagens no fundo do espelho, pela grandiosidade dos espetáculos, pelo brilho dourado das aparências. Basta observar, p. ex., o sucesso do néon dos realities shows tipo “BB Brasil”. As mídias deitam e rolam na exploração da imbecilidade das massas. Quanto mais imbecil, mais útil ao sistema.
Desse modo, o que o homem vive hoje é algo projetado a partir de si num cenário virtual. Não é o “ser” (o “que é”), mas a representação de algo externo ao “ser”. Trata-se do personagem que este homem representa no teatro do mundo, cujo cenário é o fundo ilusório do espelho. Por isso simulacros como Paris Hilton e Paulo Coelho fazem tanto sucesso mundo afora (eles aprenderam como brilhar no fundo do espelho).
Esta é a raiz primeira de toda a infelicidade humana. O que, inclusive, levou Freud a declarar: “os homens optam pela infelicidade porque ela é mais fácil de suportar.”; ou Lacan: “a realidade é apenas para aqueles que não conseguem suportar o sonho”. Quando busca aperfeiçoar a imagem do seu personagem no espelho a partir dos modelos existentes no cenário, através da satisfação de necessidades “virtuais” (riqueza, poder, brilho, imagem), tudo que o homem faz é buscar alívio na exata origem do seu sofrimento. É como buscar repouso numa cama de pregos. Apegam-se às coisas voláteis e efêmeras da “realidade” (o fundo ilusório do espelho) e desprezam as coisas psiquicamente sólidas (ao que chamam “mundo dos sonhos” ou “dos loucos”). Esta “realidade” brilhante e atraente do espelho é explorada incondicionalmente, inclusive pelas religiões, para angariar fiéis.
“Constrói a tua casa sobre a rocha, ou virão os ventos e as tempestades e a arrancarão, e a farão em pedaços.”
É triste dizer, mas a espécie humana merece o sofrimento que lhe sobrevier. Na verdade este sofrimento não é obra do acaso. Ele é ardentemente desejado, planejado e construído, a partir da ignorância e do egoísmo dos homens, que marcham pela estrada do mundo como bois que berram alegremente a caminho do suplício. E por esta estrada vão pisoteando com inefável prazer todas as Verdades Eternas deixadas como flores à beira do caminho, pelos Grandes Mestres da Razão Universal.

Marcos Ortiz (ortizgomes@uol.com.br)
Muito importante sua brincadeira entre fatos e imaginação. Assim foi com Santos Dumont, Paulo Freire e outros inovadores deste país. Me recordo que no dia da morte de Paulo Freire, um jornal televisivo deu uma nota de 45 segundos, enquanto que naquela mesma semana exibiu incontáveis minutos das notícias da morte de Lady Di.

21 outubro 2010

SAI LISTA DE FINALISTAS DO PRÊMIO ALLIANZ SEGUROS DE JORNALISMO

Nos dias 13, 14 e 18 de outubro, o Comitê de Seleção e Julgamento se reuniu em São Paulo para decidir os trabalhos finalistas.
Os vencedores serão revelados em 9 de novembro,
após votação do Júri de Premiação.


Na quarta edição do Prêmio Allianz Seguros de Jornalismo, os jurados tiveram a árdua tarefa de escolher os finalistas entre os mais de mil trabalhos inscritos. O Comitê de Seleção e Julgamento elegeu cinco trabalhos finalistas para cada uma das seis subcategorias do concurso. Todas as matérias foram escolhidas por votação, sem qualquer interferência ou participação da Allianz Seguros.

O Prêmio, que tem como objetivo reconhecer matérias sobre Seguros e Sustentabilidade – Mudanças Ambientais, recebeu 1047 inscrições.

Cada vez mais, o Prêmio ganha repercussão nacional: participaram do concurso jornalistas provenientes de 67 cidades brasileiras, com matérias publicadas entre 1º de outubro de 2009 e 10 de setembro de 2010.

A próxima etapa será feita pelo Comitê de Premiação, também formado por jornalistas, pesquisadores de instituições como INPE, Unicamp e Embrapa, professores universitários e profissionais especializados nos temas do concurso, que irão analisar a qualidade técnica e jornalística das matérias e decidir os primeiros colocados do Prêmio Allianz Seguros de Jornalismo. A divulgação dos vencedores acontece durante cerimônia de premiação, que será realizada em 9 de novembro, em São Paulo.

FINALISTAS

Tema Seguros

Cinco jurados especializados em Economia, Finanças e Seguros avaliaram as 300 matérias da categoria Linguagem Escrita e suas subcategorias Mídia Impressa e On-line Nacional e Regional; Mídia Impressa e On-line Especializada em Seguros; Mídia Impressa e On-line Especializada em Economia e Finanças. Os trabalhos finalistas são:

Categoria Linguagem Escrita

1) Mídia Impressa e Online Nacional e Regional

Matéria
Autor
Coautores
Veículo

“Além do Bolsa Família”
Daniella Cornachione
-
Revista Época

(São Paulo/SP)

“Elas querem seguros que tenham ‘cara de mulher’ ”
Marcos Burghi
-
Jornal da Tarde

(São Paulo/SP)

“Máfia do DPVAT”
Dimitri Túlio
Luiz Henrique Campos
O Povo

(Fortaleza/CE)

“Micro, inseguro e desconhecido”
Marinella Castro
Marta Vieira
Estado de Minas

(Belo Horizonte/MG)

“O seguro ideal para sua empresa”
Mariana Iwakura
-
Pequenas Empresas & Grandes Negócios (São Paulo/SP)


2) Mídia Impressa e Online Especializada em Seguros

Matéria
Autor
Coautores
Veículo

“Corretoras de seguro na mira dos investidores”
Altamiro Silva Junior
-
Apólice

(São Paulo/SP)

“Do popular ao micro”
Caroline Rodrigues
-
Revista Cobertura

(São Paulo/SP)

“Microsseguro vai ao encontro do seu público alvo”
Márcia Alves
-
site CVG-SP

(São Paulo/SP)

“O profissional dos novos tempos”
Karin Fuchs
-
Revista Cobertura

(São Paulo/SP)

“Seguro Ambiental:
Acidentes tornam setor de seguros mais exigente”
Aline Bronzati
-
Revista Apólice

(São Paulo/SP)


3) Mídia Impressa e Online Especializada em Economia e Finanças

Matéria
Autor
Coautores
Veículo

“Empresas vão abolir o ‘segurês’ das apólices”
Janes Rocha
-
Valor Econômico

(Rio de Janeiro/RJ)

“Especial:
Orçamento menor freia expansão do seguro rural”
Fabíola Gomes
-
Agência Estado

(São Paulo/SP)

“Estudo Exame de Seguros
Surge um mercado bilionário”
Giuliana Napolitano
Guilherme Fogaça, Juliana Garçon e
Soraia Abreu Pedroso
Revista Exame

(São Paulo/SP)

“Governo quer pôr a mão no seguro”
Denise Bueno
Aline Bronzati
Revista Conjuntura Econômica – FGV

(São Paulo/SP)

“Seguradoras vendem apólices em redes sociais e no Twitter”
Thais Folego
-
Brasil Econômico

(São Paulo/SP)


Tema Especial de Sustentabilidade – Mudanças Ambientais

Neste tema, dividido nas categorias Linguagem Escrita e Linguagem Audiovisual, subcategorias Mídia Impressa e On-line Nacional e Regional, Mídia Eletrônica – Telejornalismo e Mídia Eletrônica – Radiojornalismo, 17 jurados foram responsáveis pela seleção dos 747 trabalhos inscritos. Veja o resultado abaixo:



Categoria Mudanças Ambientais

Mídia Impressa e Online Nacional e Regional

"A sangria do capital verde" (Especial - Desafios do Novo Presidente)
Luciana Constantino
Patricia Campos Mello, Afra Balazina, Herton Escobar, José Maria Tanazela, Fernanda Yoneya, Leandro Costa, Marta Salomon, Karina Ninni e Roldão Arruda
O Estado de S. Paulo

(São Paulo/SP)

"Crescimento zero é bom?"
Edson Porto
-
Época Negócios

(São Paulo/SP)

"Desafios para o semiárido" (Série)
Maristela Crispim
Ângela Cavalcante, Armando de Oliveira Lima, Iracema Sales, Lêda Gonçalves, Lina Moscoso, Gustavo de Negreiros, Maurício Vieira e Samira de Castro
Diário do Nordeste

(Fortaleza/CE)

"Elos Perdidos" (Série - Ano Internacional da Biodiversidade)
Elisabeth Oliveira
-
Brasil Sustentável

(Rio de Janeiro/RJ)

Especial Ártico - "No topo do mundo"
Daniela Chiaretti
-
Valor Econômico

(São Paulo/SP)


Categoria Linguagem Audiovisual



1) Mudanças Ambientais – Telejornalismo



Matéria
Autor
Coautores
Veículo

“Série – Amazônia”
Tonico Ferreira
Fernando Ferro, Ana Caroline Castro, Bárbara Bom Angelo, Fernando Guilherme, Fátima Ugatti, Maurício Prado, Adriano Sorrentino e Rodrigo Buzzeto
TV Globo Jornal Nacional

(São Paulo/SP)

“Pecuária sustentável”
Renata Maron
Flávio Dias, Vicente Darde, Anderson Mendonça e Diego Mestiço
Canal Rural Bom Dia Campo

(São Paulo/SP)

“Projeto Mucky”
Ariana Brunello Junqueiro Franco
Marcos Antônio Cabral e Marco Antônio Lima Mathias
Rede TV! Good News

(São Paulo/SP)

“Queimadas”
Sônia Bridi
Felipe Wainer, Julia Gutnik, Dimitri Caldeira e Paulo Zero
TV Globo Fantástico

(Rio de Janeiro/RJ)

“Série - Amazônia Urbana”
Alberto Gaspar
Laércio Domingues, Bárbara Bom Angelo, Márcia Dalprete, Marcelo Didino, Rubens Camargo e Fernando Nakajato
TV Globo Jornal Nacional

(São Paulo/SP)




2) Mudanças Ambientais – Radiojornalismo

Matéria
Autor
Coautores
Veículo

“Série - Água em São Paulo: como evitar o desperdício”
Gabriel Prado
-
Rádio Bandeirantes

(São Paulo/SP)

“A natureza cobra seu preço: O avanço do mar sobre a Terra dos homens”
Joffre Bandeira de Melo Tenório
-
Rádio JC CBN (Recife/PE)

“Amazônia: Uma realidade distante de nós”
Fabíola Cidral
-
Rádio CBN

São Paulo/SP)

“Os efeitos do aquecimento global no Brasil”
Fabiana Novello
-
Rádio CBN

(São Paulo/SP)

“Série - Produtores de Esperança”
Aline Louise
-
Rádio Inconfidência

(Belo Horizonte/MG)


JURADOS – Comitê de Seleção e Julgamento

Tema Seguros
Linguagem Escrita
(ordem alfabética)



Leandro Brixius


É editor-assistente de Economia do Jornal do Comércio de Porto Alegre. Brixius é mestre em Ciências da Comunicação pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS), e graduado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, UFRGS. Além da vasta experiência em mídia impressa, tem passagens por rádios como a Rádio Gaúcha e por telejornais, como o da TV Guaíba, ambas em Porto Alegre.



Marlene Jaggi
Com mais de 30 anos de experiência em jornalismo econômico, Marlene é atualmente colaboradora do jornal Valor Econômico. Já atuou em veículos como Pequenas Empresas & Grandes Negócios, Gazeta Mercantil e O Estado de S. Paulo, onde fez parte do grupo que lançou o Caderno de Economia. Também foi a idealizadora da coluna “Seus Direitos”, de Defesa do Consumidor, mantida até hoje pelo jornal.



Silvana Mautone
Recém chegada dos Estados Unidos, onde fez cursos na área de Relações Internacionais na New York University (NYU), Silvana é jornalista e historiadora pela USP e atua na área econômica há 15 anos, passando por redações como Época Negócios, Exame, Pequenas Empresas & Grandes Negócios, Gazeta Mercantil, Folha de S. Paulo e, mais recentemente, no UOL Economia. Participou também de cursos na LSE - London School of Economics and Political Science, na Inglaterra.



Vania Mezzonato
Há 17 anos atua com publicações do mercado de seguros: é editora da Revista Previdência & Seguros, do Sincor-RJ, e responsável pela produção da Revista de Seguros, da CNSeg. Trabalhou em grandes redações, como o Jornal O Globo, Folha de S. Paulo e Revista Veja. Há 20 anos comanda a Via Texto, agência especializada na geração de conteúdo jornalístico e de marketing, que presta serviços para os jornais O Globo e Extra, entre outros.




Wagner Roque

Formado em Jornalismo pela PUC-SP, tem MBA em Economia e Finanças pela FAAP e é pós-graduado em Gestão de Negócios pelo Senac. Trabalhou por 13 anos na revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios e já foi vencedor dos prêmios AGF Seguros de Jornalismo (2007) e ABF Destaque Franchising (2009). Atualmente é sócio da Sagarana Criação de Conteúdo, coautor do livro Como montar seu próprio negócio e palestrante na área de empreendedorismo.







Tema Especial de Sustentabilidade – Mudanças Ambientais
Júri técnico-científico
(ordem alfabética)



Fernando Ramos
(Linguagem Escrita)


Pesquisador do Centro de Ciência do Sistema Terrestre do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (CCST/INPE). Ramos foca seus estudos em energia e meio ambiente. Participante dos projetos SWERA e SONDA, ele também já integrou o Programa Antártico Brasileiro. Formado em Física, mestre em Tecnologia Nuclear e doutor em Geofísica Espacial além de especialista em medidas de campo aplicadas ao setor energético e em levantamento de energia solar e eólica.



Gilvan Sampaio
(Linguagem Escrita)


Pesquisador do Grupo de Interações Biosfera-Atmosfera da Divisão de Sistemas Naturais do Centro de Ciência do Sistema Terrestre (CCST), do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), Gilvan estuda os impactos do desmatamento da Amazônia no clima. Doutor e mestre em Meteorologia pelo INPE com experiência em Geociências, focada em Meteorologia, Estudos de Fenômenos Climáticos e Mudanças Climáticas. É autor de livros sobre os fenômenos El Niño e La Niña, mudanças climáticas e aquecimento global além de artigos científicos nacionais e internacionais.




Hilton Silveira
( Linguagem Audiovisual)



Professor do Instituto de Biologia e diretor associado do Centro de Pesquisas Meteorológicas Aplicados à Agricultura da Unicamp - Cepagri. É formado pela ESALQ/USP, com pós-doutorado na Universidade de Guelph, Canadá. Foi assessor da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo; do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; e do Ministério da Ciência e Tecnologia. Coordena 27 projetos de pesquisas com financiamentos nacionais e Internacionais. Tem publicado 59 artigos científicos em periódicos e 20 capítulos de livros. Recebeu três prêmios de méritos científicos. Em parceria com a Embrapa, coordena os trabalhos oficiais sobre mudança do clima e a agricultura do Brasil.






Tema Especial de Sustentabilidade – Mudanças Ambientais
Linguagem Escrita
Júri especializado em Sustentabilidade e Jornalismo
(ordem alfabética)


Carmen Nascimento



Jornalista, desde 2004 atua em sustentabilidade, com colaborações para Instituto Ethos, Organização Nós do Centro, Instituto Arapyaú, Cenpec, Unicef, entre outros. É autora do livro “Seu Emprego no Futuro” e do blog “Sustentável Mundo Novo”. Foi diretora de redação do Guia do Estudante e do Almanaque Abril. Contribuiu com diversos veículos nacionais como as revistas: Veja, Superinteressante, Exame, Exame PME e o jornal Valor Econômico, entre outros.




Dalberto Adulis

Diretor-executivo da ABDL (Associação Brasileira para o Desenvolvimento de Liderança), ONG que objetiva a formação de líderes em sustentabilidade, ampliação de projetos que fomentem a inovação, transformação organizacional, trabalho em rede e desenvolvimento local. Também é membro da Global Leadership Network, fellow do Salzburg Seminar e da Internet Society e, foi diretor-executivo adjunto da RITS (Rede de Informações para o Terceiro Setor) e liderou programas voltados ao fortalecimento de rede, à gestão do conhecimento e à apropriação social das tecnologias de informação e comunicação.



Denise Oliveira
Coordenadora de Comunicação da organização para a conservação do meio ambiente WWF-Brasil, Denise é jornalista e pós-graduada em Comunicação, Mobilização e Marketing Social, ambos os cursos pela Universidade de Brasília - UNB. Sua experiência profissional concentra-se principalmente nas áreas de cultura, educação, desenvolvimento rural sustentável e meio ambiente em instituições públicas, privadas e organizações não-governamentais. Atualmente cursa MBA em Gerenciamento de Projetos pela FGV.




Reinaldo Canto

Ligado as causas ambientais Reinaldo é diretor do Instituto dos Mananciais e autor do blog “Canto da Sustentabilidade”. Atua como consultor, palestrante, editor e redator de relatórios de sustentabilidade e colaborador de mídias ambientais. Esteve à frente da comunicação do Greenpeace no Brasil e do Instituto Akatu pelo Consumo Consciente. Jornalista pela Cásper Líbero e pós-graduado em Inteligência Empresarial e Gestão do Conhecimento pela UFRJ. Nos 30 anos de jornalismo, atuou em emissoras de televisão e rádio do país, entre elas, Record, Globo, SBT, Bandeirantes e Jovem Pan.

Sandra Sinicco
CEO do GrupoCASA, agência de comunicação corporativa, e coordenadora de comunicação do Diálogos Nacionais Rumo à Rio+20. Sandra coordenou nacionalmente a campanha TicTacTicTac – Hora de Agir pelo Clima (2009), que objetiva mobilizar setores da sociedade em relação à movimentação na COP15. Foi uma das fundadoras da Ecopress (Agência de Notícias Ambientais), onde atua até hoje. Criou o jornal EducadorAmbiental e atuou na Europa em impressos, rádio e TV e, no Brasil, em publicações nacionais.




Tema Especial de Sustentabilidade – Mudanças Ambientais
Categoria Linguagem Audiovisual
Radiojornalismo
(ordem alfabética)


Eduardo Borga

Jornalista desde 1977, Borga é docente de Radiojornalismo na Universidade Metodista de São Paulo, além de sócio-diretor da empresa Virtual Comunicação. Em sua trajetória, passou pelas rádios Tupi, Eldorado, CBN e pelos jornais Diário Popular (atual Diário de São Paulo), Diário do Grande ABC e DCI (sucursal ABC). Atuou internacionalmente na RAI - Rádio e TV Italiana e na Rádio Vaticana, ambas em Roma. Professor palestrante do projeto Educom realizado entre a Prefeitura de São Paulo e a Universidade de São Paulo (USP).




Lenize Villaça

É professora de Radiojornalismo e seus subgêneros no Mackenzie, no Centro Universitário – FIAM/FAAM e na Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP). Lenize é mestre em Ciências da Comunicação pela ECA-USP, especialista em Comunicação Jornalística pela Cásper Libero e graduada em Comunicação Social pela UEL. Trabalhou como jornalista e pesquisadora em emissoras de rádio do Paraná (Alvorada AM e Universidade FM) e de São Paulo (Capital AM e CBN).






Tema Especial de Sustentabilidade – Mudanças Ambientais
Categoria Linguagem Audiovisual
Telejornalismo
(ordem alfabética)


Heidy Vargas

Atualmente é professora dos cursos de Jornalismo e Rádio TV da Universidade Metodista de São Paulo. Heidy é mestre em Multimeios (documentário para cinema e televisão) pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Na televisão, já atuou no Jornal Nacional ( TV Globo); no EPTV (de Campinas); no Jornal da Band, (TV Bandeirantes); e no Jornal do Terra (Portal de Notícias Terra), ocupando cargos como pauteira, redatora, repórter, subeditora e apresentadora.




Maria Manso

Há 22 anos na televisão brasileira, a jornalista já atuou como repórter e apresentadora, ancorando transmissões ao vivo e realizando matérias especiais para o Jornal Hoje, Jornal Nacional, Bom Dia Brasil, Globo Repórter e Fantástico - todos da Rede Globo. Maria também já trabalhou na TV Cultura, Rede Manchete e TV Aratu. Atualmente, trabalha como jornalista independente e faz grandes reportagens para o SBT Repórter, Terra TV entre outros veículos.




Oscar Mota Melo

Está à frente da Image Nature Meio Ambiente e Comunicação e do Instituto Navegar para o Desenvolvimento Social, Cultural e Ambiental – uma OSCIP. Melo é Publicitário pela USP e consultor. Já atuou na Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São Paulo, além de produzir e dirigir cerca de 50 documentários sobre questões ambientais. Realizou o 1º Festival Internacional de Filmes e Vídeos Ambientais do Brasil. Recebeu prêmios e foi jurado da Mostra Internacional de Documentários sobre Parques, realizada em Sondrio, Itália.




Sílvio Henrique Barbosa

Editor-executivo do Jornal da Gazeta/SP e professor da Cásper Líbero nos cursos de Jornalismo e Rádio e TV. Doutor em Comunicação (ECA/USP) e mestre em Filosofia do Direito (USP), Barbosa graduou-se em Jornalismo pela Cásper Líbero e em Direito pela PUC/SP. Já atuou internacionalmente na rede CBS, em Miami, nos Estados Unidos, e nacionalmente na TV Globo, TV Cultura, Band, Rede Record, SBT, Rede TV!, Rádio Jovem Pan e jornal Folha de S. Paulo. É o responsável pelo boletim da ONG VivaPacaembu por São Paulo.




Vanderlei Dias

Jornalista, publicitário e radialista, é professor nos cursos de Telejornalismo no Mackenzie, onde já foi coordenador. Atuou na implantação da TV Senac-SP, onde também coordenou as áreas de jornalismo, publicidade e cinema. Mestre em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP, há mais de 20 anos atua na área de comunicação e educação. Esteve à frente das Oficinas Culturais Oswald de Andrade e produziu programas na Bandeirantes.




Vanessa Kalil

Atualmente é editora-chefe do Jornal da Noite com Boris Casoy, na TV Bandeirantes. Possui 33 anos de experiência em Jornalismo, com passagens por importantes emissoras nacionais como TV Cultura, SBT, onde foi diretora do Jornal do SBT, TV Globo, onde atuou durante 18 anos como editora-chefe dos telejornais Bom Dia São Paulo, SPTV, além de também atuar em produtoras e rádios.


PREMIAÇÃO

Este ano, os primeiros colocados de cada categoria e subcategoria de ambos os temas receberão prêmios de R$ 15 mil.

Além dos jornalistas premiados, serão homenageados, com menções honrosas distintas, o jornal e a revista que mais deram espaço às matérias sobre seguros em editorias ou seções não destinadas exclusivamente ao tema e, que tenham seus trabalhos inscritos no tema Seguros, subcategoria Mídia Impressa Nacional e Regional.

Por meio desse concurso, a Allianz pretende reconhecer, incentivar e valorizar os profissionais de imprensa que por meio de seus trabalhos promovem a disseminação do setor de Seguros no Brasil e esclarecem seu funcionamento à população. Assim como no ano passado, o concurso conta com o tema especial de Sustentabilidade. Neste tema, a principal finalidade é premiar jornalistas que produzam reportagens que estimulem o debate e auxiliem no esclarecimento da sociedade sobre os impactos econômicos, políticos e sociais que estão acontecendo no meio ambiente, provocados pelo homem.

13 outubro 2010

Paris Hilton e Miguel Nicolelis




(Ou o que somos e o que poderíamos ser)

Por Reinaldo Canto*




Um país sem educação vai além de problemas com mão de obra qualificada. Essa lacuna empobrece e fragiliza a sociedade e o país. A educação contribui para a formação de seres pensantes e cidadãos mais preparados e menos manipuláveis. A educação também colabora decisivamente para disseminar valores como respeito, conhecimento, solidariedade, tolerância e ética.

Nos últimos dias, dois fatos diametralmente opostos por sua importância e relevância, me chamaram a atenção e aqui reproduzo:

1 - O neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis, que trabalha no Departamento de Neurobiologia da Universidade Duke, Carolina do Norte (EUA), foi um dos escolhidos para receber o Transformative R01 Award dos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos. O prêmio dá direito a um financiamento para pesquisas de aproximadamente US$ 4 milhões (quase R$ 7 milhões).

Ele já havia recebido em julho o Pioneer Award, criado pela mesma instituição em 2004, pelo qual recebeu US$ 2,5 milhões (R$ 4,3 milhões aproximadamente) para dar continuidade a suas pesquisas no campo da interface cérebro-máquina. Nicolelis é o primeiro cientista no mundo a receber da instituição americana no mesmo ano o Pioneer e o Transformative R01.

Nicolelis é, além de um cientista renomado, um homem preocupado com o desenvolvimento do Brasil. Por essa razão, montou o Instituto Internacional de Neurociências de Natal, um centro de excelência em neurociência, no estado do Rio Grande do Norte. Jovens da região, graças ao empenho de Miguel Nicolelis, estudam no local e os que se destacam tem a oportunidade de trabalhar no Instituto.

2 – A socialite internacional Paris Hilton, herdeira de uma fortuna, conhecida pela gravação de um filme pornô e excessos variados, foi considerada culpada por uma corte nos Estados Unidos por porte de cocaína e ficará em liberdade condicional por um ano. Ao mesmo tempo ela é cortejada em nossas terras vem ao Brasil para gravar comerciais e ser garota-propaganda de uma grande cervejaria nacional recebendo um bom dinheiro por isso.

Esses fatos que nada tem em comum, causam reações bastante diferentes. Por essa razão, tracei cenários distintos, ou seja, o da nossa triste realidade e outro para um país ideal, no qual a educação seja vista como prioridade por todos os setores.

Cenas do país real:

Miguel Nicolelis 1

Pequenas matérias de portais de internet e notas de rodapé em páginas internas de jornais relatam a premiação de um dos maiores e mais engajados cientistas brasileiros. As revistas de celebridades não falam do assunto, pois fatos e "gente sem importância" não entram nas suas páginas.

Na noite seguinte ao recebimento do novo prêmio Nicolelis é visto em um restaurante movimentado em São Paulo com a família e um pequeno grupo de amigos comemorando o feito. Não foi interpelado por ninguém, algumas pessoas comentam em desaprovação o fato de naquele restaurante da elite paulista, aquele "desconhecido" trajar uma camiseta do Palmeiras, time do coração do cientista.

Paris Hilton 1

Tanto a condenação quanto a vinda ao país recebem grande cobertura. Fotos e imagens da musa são reproduzidas em diversas mídias, com grande destaque dos veículos de fofocas e celebridades. Paris recebe muitos convites para participar de programas de televisão, de inúmeras festas e eventos sociais. Por onde passa é cercada de fotógrafos, cinegrafistas e populares que se aglomeram reverenciando o vazio e a futilidade. Seguranças são contratados para evitar o assédio e a histeria de jovens que a vêem como um ídolo.

Num outro país, aquele ideal que mencionei, as duas personagens seriam tratadas de outra maneira:

Miguel Nicolelis 2

O cientista é capa de todos os jornais e portais de notícias brasileiros. Matérias descrevem o trabalho e esforço de Nicolelis para criar centro de excelência científica no Nordeste do país. Outras notícias falam dos projetos sociais e de formação de jovens carentes para trabalhar com ciência. A imprensa esportiva ressalta que o grande cientista é palmeirense fanático e já usou o futebol até em artigos científicos. Em entrevista coletiva Nicolelis falou dos seus projetos e na confiança que tem no futuro do país.

Nicolelis é aplaudido de pé ao entrar em restaurante da capital paulista para jantar ao lado de amigos e familiares. Mais cedo em jogo do Palmeiras, é homenageado pelos jogadores e torcedores do seu time. Antes de se iniciar a partida, aliás vencida por seu time, ouviu-se no estádio: Uhhh Nicolelis, uhhh Nicolelis.

Paris Hilton 2

A socialite vem ao Rio de Janeiro para descansar após a condenação. Apenas um jornal registra o fato, mesmo assim por acidente. É que um repórter foi ao aeroporto entrevistar Miguel Nicolelis e perdeu a viagem (o cientista teve que cancelar a sua ida ao Rio em função de outros compromissos). Por essa razão, o jornalista registra a chegada da moça numa simples notinha de rodapé.
No trajeto do aeroporto ao hotel, a jovem não é importunada. Ninguém nota a sua presença, além dos homens que tem predileção por loiras. E as revistas de fofoca e celebridades? Nesse meu país ideal, elas simplesmente não existiriam.

Bem, um país assim está bem distante de se tornar realidade, mas como faz bem sonhar!

Aos dois personagens aqui descritos fica a minha saudação:

Parabéns e muito obrigado Nicolelis!!

Paris... ahh... deixa pra lá!!

* Jornalista, consultor e palestrante, é colaborador da Envolverde, foi diretor de comunicação do Greenpeace e coordenador de comunicação do Instituto Akatu.
Blog: http://cantodasustentabilidade.blogspot.com/

FOTO
Legenda: Miguel Nicolelis

05 outubro 2010

UM DIA PARA NÃO ESQUECER

Um dia de eleições deve ser festejado por representar, quase sempre, uma festa da democracia. E o domingo, dia 03/10 merece ser ainda mais comemorado, pois festejamos os 20% obtidos pela Marina e os mais de 4 milhões e 100 mil votos conquistados pelo Ricardo Young ao Senado.

Como afirmei aos amigos do Partido Verde, Tiririca e Ricardo Young são faces da mesma moeda que se chama Brasil. Além dessas faces temos ainda outras mais ao centro e próximas de um ou de outro. Assim como na estória do otimista e do pessimista que vê a garrafa meio cheia ou meia vazia, eu enxergo um futuro mais Young que Tiririca. Enxergo uma política feita com mais honradez, princípios e propostas e menos avacalhada e baseada no vale-tudo.

Para tanto, vamos precisar lutar, antes de mais nada, pela melhoria da nossa educação. Todas as nossas principais carências passam pela enorme defasagem educacional em relação aos países mais desenvolvidos.

Quero continuar nessa luta pela sustentabilidade e pela cidadania que juntas, representam a melhor maneira de desenvolver o Brasil com qualidade de vida e justiça socialpara todos.

Por essa e muitas outras razões que levei minha filha, Ana Luiza para acompanhar a apuração dos votos no Espaço Crisantempo, junto a toda militância verde, ao Ricardo Young e ao pessoal da campanha da qual tive o prazer e orgulho de ter feito parte.

Imagem no CQC

Para quem puder ver a minha pequena militante verde sendo beijada pela Marina assista no CQC, acesse o Youtube: http://www.youtube.com/watch?v=JYMkBV47loU . Está mais ou menos aos 4 minutos. ‎#116 cqc materia eleicoes presidenciaveis 04 10 2010 mircmirc
www.youtube.com
‎#116 cqc materia eleicoes

Foi um dia muito especial!!!

01 outubro 2010

SITE DE RICARDO YOUNG É ALVO DE ATAQUES

Nesta quarta-feira, 29/09, o site do candidato ao Senado pelo Partido Verde sofreu uma série de ataques. A principal suspeita dos administradores do site é de que tenha sido vítima de um robô de acessos, que manda milhares de mensagens simultâneas, até derrubar o servidor.

Segundo o Google Analitycs o número de acessos ao site neste mês de setembro e, principalmente nos últimos dias com a proximidade da eleição, tem aumentado muito, já que os eleitores tem buscado mais informações sobre Ricardo Young .

Para o candidato, o crescimento nas intenções de voto apontado pelas pesquisas, além dos inúmeros apoios de lideranças políticas e partidos que vem sendo anunciados, “pode estar incomodando os adversários”.

Várias providências já foram tomadas para evitar futuras quedas do servidor do site. Ontem mesmo, após ficar fora do ar por algumas horas, quando o sinal foi restabelecido, em apenas 1 minuto, 55 acessos foram registrados.

O site de Young: www.ricardoyoung.com.br

Reinaldo Canto

Assessor de Imprensa/Ricardo Young

Fones: 11 3253-3045 11 9976-1610

CAMPANHA DE RICARDO YOUNG VAI PLANTAR 330 ÁRVORES

O candidato do Partido Verde ao Senado fechou parceria com a ONG Iniciativa Verde, para compensar todas as emissões de gases de efeito estufa provocados por sua campanha. Isso inclui, deslocamentos de carro e avião, estadias, impressão de materiais, equipes volantes, escritório, entre as atividades com maior impacto.

O inventário feito pela Iniciativa Verde concluiu que num período aproximado de três meses, as emissões decorrentes da campanha atingiram o montante de 52,12 toneladas de CO2 equivalente.

Para compensar esse montante será necessário o plantio de 330 árvores (A quantidade de CO2 seq�?estrada por uma árvore média nos restauros da Iniciativa Verde é de 0,19 toneladas por indivíduo, o que se enquadra na Resolução 30 da Secretaria Estadual do Meio Ambiente do estado de São Paulo).

As árvores serão plantadas em Áreas de Preservação Permanente (APPs) em áreas ciliares degradadas localizadas dentro dos limites do Bioma Mata Atlântica no início da estação chuvosa (novembro). Após a implantação do restauro, é feita manutenção por dois anos (controle de espécies invasoras, combate a formigas, replantio, etc.), após este período o restauro é monitorado anualmente.

Todas as estimativas efetuadas, resultados detalhados e metodologias utilizadas para o dimensionamento do restauro estarão expostos na página do projeto no site da Iniciativa Verde (www.iniciativaverde.org.br).

Reinaldo Canto

Assessor de Imprensa/Ricardo Young

Fones: 11 3253-3045 11 9976-1610

24 setembro 2010

“Não aceitamos candidatos”



Um dia com Ricardo Young, candidato do PV ao Senado, mostra as amarras da lei eleitoral. Por Felipe Corazza



24 de setembro de 2010 às 9:41h

Passar três meses em viagem pelo País e ser obrigado a pagar todas as suas contas somente com cheque. O que parece o roteiro de um bizarro reality show patrocinado pelo sistema bancário é a rotina de campanha imposta aos candidatos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A Lei 9.504, de 1997, e a Resolução do TSE 23.217, deste ano, sustentam o surrealismo que acompanha os postulantes a uma vaga no Executivo ou no Legislativo.

Segundo consta do Manual de Arrecadação e Aplicação de Recursos, “os gastos eleitorais de natureza financeira só poderão ser efetuados por meio de cheque nominal ou de transferência bancária”. A segunda permissão não ajuda em quase nada – difícil imaginar que até o tesoureiro mais previdente consiga programar uma transferência para a churrascaria onde a comitiva resolva almoçar nos próximos dias.
CartaCapital acompanhou uma viagem de Ricardo Young , candidato do Partido Verde ao Senado por São Paulo, a Campinas, a uma hora da capital. Entre compromissos com eleitores, palestras e encontros em companhia da candidata à Presidência, Marina Silva, cada folha de cheque carrega o visco do tormento para os integrantes da comitiva.

No caminho, dois pedágios. No caso, ainda é possível usar dinheiro vivo e justificar os gastos com recibo. O limite, diário, para pagamentos em dinheiro é de 100 reais. Como a conta aberta em nome da campanha não pode ter cartões, o saque deve ser feito com cheque. E a pequena verba só pode ser utilizada para despesas de deslocamento. Resumindo: continua a equipe refém do talão.

Primeiro obstáculo, o posto de gasolina. Apesar do onipresente aviso “Não aceitamos cheques. A direção”, nenhum problema ao pagar o abastecimento dos carros de campanha – cerca de 250 reais. Explica-se: o estabelecimento fica próximo de um comitê campineiro, logo, já desistiu de aplicar a regra durante o período eleitoral.

A entourage de Young relata problemas de pagamentos como soldados a exibir feridas de guerra. “Já precisamos chamar a polícia”, conta uma assessora, “para fazer um hotel aceitar o cheque”. As palavras são premonitórias, como constatará a reportagem mais adiante. Outra assessora: “Uma padaria exigia cadastro com cinco dias de antecedência. Como a gente vai adivinhar essas coisas?”

Além da difícil aceitação, cada folha passada pela campanha precisa ser xerocada para constar do site Ficha Limpa – para os candidatos que dele fazem parte. Poucos estabelecimentos se dão ao luxo de uma máquina copiadora à disposição: “A gente precisava fotografar cada cheque com câmera digital”. Depois de algum tempo, o banco resolveu ajudar e as folhas são escaneadas quando compensadas.

O candidato, bem-humorado, avisa que os pagamentos não são a única chateação. Ao saber que a agenda precisaria ser alterada por conta dos compromissos de Marina Silva, chama o repórter e desabafa: “Você viu isso? Acontece sempre. É quase todo dia”. Uma palestra para estudantes encerra o primeiro dia.

O compromisso promete durar algumas horas e parte da equipe quer aproveitar para descansar. O check-in no hotel exige pagamento imediato. Também pela lei, só dois integrantes da trupe estão autorizados a assinar os cheques. Um é o próprio candidato o outro é o tesoureiro, que não pode abandoná-lo. Cogita-se um cheque em branco, assinado. “Mas eles aceitam cheque? Ah, deixa isso pra lá”.
Ainda no evento, um assessor conta mais uma. Para a visita da candidata presidencial, o diretório local tenta fretar um ônibus. É urgente. Nada feito. Para alugar o veículo pagando com cheque, só passando a folha três dias antes. Mais insistência. “O cheque é da campanha, não tem como ser sem fundos.” O locador se convence.
Depois da palestra, quase meia-noite, chega-se ao ápice do problema. Com reservas feitas em um hotel de baixo custo da Rede Íbis, a comitiva parte para o descanso. Quase todos estão instalados nos quartos quando, para espanto do balconista, o tesoureiro puxa o famigerado talão. “Infelizmente, não posso aceitar.” Alguma discussão, sem acordo, e o rapaz começa a ligar para os quartos dos que já haviam subido, avisando que precisam abandonar as camas.

O primeiro quarto chamado é o do candidato, que pede calma e desce. Young repete a explicação dada pelo tesoureiro sobre as regras da campanha, e ouve a resposta, também repetida, do balconista Wellington: “São as normas do hotel. Não vou perder meu emprego por causa do partido”. O argumento é razoável, apesar de não haver qualquer indicação na parede sobre o veto aos cheques.

A falta de gerente no hotel naquele horário é mais um problema. Um vacilo do rapaz e o respeito ao TSE custará seu emprego na manhã seguinte. Fica acertado que o candidato deixará um cartão de crédito como caução, mas que a situação do pagamento será resolvida com o gerente. Mesmo com toda a aula sobre a lei que rege as eleições, o voto de Wellington não foi ganho. “Eu não voto aqui, voto na Paraíba.” E vão todos dormir.

Pouco sono até o encontro com o gerente, Fernando Oliveira. De início, ele recusa o cheque. Ouve, por algum tempo, mais uma peroração do candidato sobre a lei eleitoral – a segunda em menos de 12 horas. Por fim, com alguma boa vontade, cede e aceita. Oliveira garante que não houve qualquer comunicado oficial das autoridades eleitorais sobre a campanha – e a necessidade dos cheques. “Ninguém avisou nada.”

Meia hora de negociação para o check-in, mais meia hora de negociação na manhã seguinte. Ao tirar uma média dos três meses, o candidato observa o tempo perdido durante o processo: “Deveriam permitir, também, cartão de débito, ao menos”.

Para piorar, a sede do PV foi invadida no domingo 19. Foram levados computadores com dados de campanha, fitas com programas eleitorais, recibos de gastos e – sim, eles – os talões de cheque. Sobre o crime, o assessor jurídico do partido, Laércio Benko, é irônico: “Pode não ter sido crime político, mas o ladrão, certamente, era bem politizado”. A polícia investiga. E segue a marcha até 3 de outubro.