23 abril 2018

O assédio na América Latina e a reação das brasileiras

Pesquisa revela que uma em cada quatro latino-americanas e uma a cada cinco brasileiras já vivenciou episódios de violência 

Por Reinaldo Canto*

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Resultado melhor entre brasileiras pode estar ligado ao sentimento de que direitos são mais respeitados no País

América Latina é conhecida por seu machismo tacanho, atos de violência e assédio em todos os países da região. Ao menos uma em cada três latino-americanas e uma em cada quatro brasileiras passaram por alguma situação de assédio. Quando o assunto se refere a episódios de violência, o registro atinge uma em cada quatro latino-americanas e uma a cada cinco brasileiras.
Esses são alguns dos resultados divulgados na pesquisa Mulheres: Percepção de direitos e exposição à violência, estudo realizado pelo instituto de pesquisa Market Analysis, especializado em sustentabilidade. 
“Essa menor incidência de ambos os problemas no Brasil com relação aos outros países da região pode indicar o efeito positivo da legislação avançada de proteção às vítimas de violência no País”, conclui Débora Pinheiro da Silva Montibeler, analista sênior da empresa de pesquisa.
Segundo a conclusão da analista, leis como a Maria da Penha podem representar um diferencial em relação à percepção de respeito aos direitos femininos no Brasil um pouco maior até do que em sociedades como as do Chile e da Argentina com níveis de desenvolvimento social superior ao nosso. Mas também deixa um alerta quanto a essas conclusões: “elas também podem estar sinalizando alguma dificuldade de admitir ter passado por essas experiências”, afirma Débora.
Essa dúvida surge quando se faz o cruzamento com o WPS Index, índice que mede o empoderamento e o bem estar feminino em 153 países e faz parte do Georgetown Institute for Women, Peace and Security.
A medição tem como base 11 indicadores relacionados a três grandes aspectos: o nível de inclusão econômica, social e política; o grau de equidade e não discriminação legal e informal e segurança, relacionada à violência de gênero no cotidiano das mulheres (em suas famílias, comunidades e na sociedade).
“Ao cruzar o posicionamento dos países no índice WPS com a percepção das mulheres nas sociedades latino-americanas  percebemos que as brasileiras, curiosamente, consideram ou percebem sua situação de forma melhor do que as condições de empoderamento medidas pelo WPS permitiriam predizer”, conclui Fabián Echegaray, diretor geral da Market Analysis.
No índice WPS, que vai de 0 a 1 - quanto mais baixo menor é o bem estar das mulheres - o Brasil registra 0,677, enquanto o do Peru, por exemplo, é de 0,693. Já na pesquisa Mulheres: Percepção de direitos e exposição à violência, 51% das mulheres brasileiras responderam que sentem que seus direitos são respeitados, enquanto a das peruanas está situado em apenas 22%. Conclusões divergentes, portanto, sem que se desqualifique qualquer dos levantamentos.  
E, Independentemente de alguma dificuldade em decifrar os números, todos os estudos deixam evidentes mudanças na maneira como as mulheres se reagem diante dessas agressões. Mais importante: já não é algo que seja visto por elas como natural.
“Claramente as mulheres estão encarando as situações de violência de gênero e assédio sexual com outro repertório, deixando para trás a negação ou omissão diante dos fatos e passando a admitir e perceber abertamente essas questões como problemas” explica a analista da Market Analysis, Débora Montibeler.
Mas obviamente ainda estamos longe de observar uma realidade como a encontrada um pouco mais para cima no continente americano. Segundo o WPS, na América do Norte não latina (entenda-se aí como sendo referência a Canadá e EUA, excluindo-se o México) a grande maioria das mulheres entrevistadas (84%) afirma ter seus direitos respeitados, enquanto que, na América Latina, esse número na média é muito menor (36%).
As vítimas de sempre
Talvez o ponto de maior convergência de todos esses estudos e que pode ser aplicado a qualquer país de nosso subcontinente é o perfil das vítimas que sofrem assédios e violências com maior frequência: são jovens e trabalhadoras de baixa renda que enfrentam esses problemas em múltiplos ambientes em que estão expostas em seu cotidiano, ou seja, estudo, trabalho, família e comunidade.
Na realidade, a mesma tecla da desigualdade que se aplica a tantos outros indicadores é, como sempre, fator decisivo para impedir que mais avanços possam ocorrer no nosso sofrido continente.
Garantir igualdade de gênero e de oportunidades para todos os cidadãos latino-americanos certamente contribuirá também para combater as mazelas que mulheres em situação de vulnerabilidade enfrentam diariamente.
*Publicado originalmente no site da Carta Capital

17 abril 2018

Coordenadora do Limpa Brasil fala do problema gerado pelo lixo

Por Reinaldo Canto é jornalista ambiental ( especial Envolverde)

Um dos maiores problemas das sociedades modernas está no descarte dos resíduos. Segundo o PNUMA – Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente – a produção de lixo no mundo deve ter um aumento das atuais 1,3 bilhão de toneladas para 2,2 bilhões de toneladas por ano até 2025. O pior é que boa parte desse material acaba por ser despejado em lugares impróprios como rios, lagos e terrenos baldios trazendo consequências danosas para o meio ambiente e para a saúde das pessoas. Diante da gravidade do problema, a gestão dos resíduos, a reciclagem e o descarte correto de materiais se torna urgente e imprescindível.
Essa também é a opinião de Edilaine Muniz, coordenadora do Limpa Brasil que faz parte do movimento Let´s do It! World, um dos mais importantes movimentos mundiais dedicados à educação ambiental, cidadania e conscientização para a sustentabilidade.


Envolverde – Como o movimento surgiu e há quanto tempo ele está no Brasil?
EM – O movimento começou em 2008 na Estônia, quando 50.000 pessoas se juntaram para recolher e limpar o país que acumulava 10.000 toneladas de lixo que estavam depositadas em margens de estradas, florestas, ruas e avenidas. Com essa articulação, conseguiram realizar a limpeza de todo o país em apenas 5 horas!
Os resultados foram tão expressivos e impactantes que dali em diante o Let’s do it! se espalhou ao redor do mundo chegando ao Brasil em 2010.
E – Quais os principais objetivos do movimento?
EM – Principalmente, a conscientização dos impactos causados pelo consumo desenfreado e os descartes dele decorrentes. É por meio da atividade prática da coleta seletiva, destinação correta do lixo e dos materiais recicláveis que o Programa Limpa Brasil tem a missão de disseminar os grandes valores universais para bem viver na sociedade.
E- Quantas ações vocês já realizaram no país? Quais os resultados?
Entre 2011 e 2018, o Programa Limpa Brasil – Let’s do it! realizou ações em 20 cidades brasileiras alinhado com um ambicioso projeto de educação ambiental, inovação e gestão integrada de resíduos sólidos isso em parceria com diversas instituições locais e nacionais.
O programa já contou com a participação de mais de 368 mil voluntários e o recolhimento de 3.200 toneladas de material reciclado e que foram doadas às cooperativas de materiais recicláveis dessas localidades gerando trabalho e renda para milhares de famílias de catadores.
E – Por sua experiência à frente do projeto você consegue identificar os principais problemas relacionados aos resíduos no Brasil? E no mundo, são os mesmos?
São diversos problemas relacionados aos resíduos no Brasil, porém posso apontar a falta de implementação de políticas públicas e ações educativas para o sociedade. No mundo podemos dizer que o ponto forte em comum é a falta da real relevância do impacto do lixo no planeta. Como exemplos podemos apontar o descarte incorreto, o consumo desenfreado a falta de um olhar mais sustentável na cadeia de produção dos produtos para consumo.
E – Desde que o Limpa Brasil começou suas ações você acredita que o brasileiro passou a ter mais consciência sobre o descarte irregular do lixo?
Acreditamos que sim, porém ainda estamos longe de conseguir um avanço sobre o tema. Como compreende a Lei Nacional de Resíduos Sólidos a obrigação é de todos e suas responsabilidades precisam ser compartilhadas entre os setores público, privado, com a sociedade civil e também com o cidadão. Para avançar na conscientização sobre o descarte do lixo é preciso estabelecer políticas públicas que atendam às suas necessidades como, por exemplo, a de uma política destinada à logística reversa pelas empresas produtoras de embalagens. Sem essas definições até mesmo o cidadão se sente frustrado, pois mesmo que queira participar ativamente do processo de separação e reciclagem a ausência de regras o deixará sem opções viáveis de contribuição.
E – Como vocês trabalham a conscientização além do recolhimento do lixo? Falam também da reciclagem, por exemplo?
Sim, falamos da reciclagem, além de outros temas ligados à sustentabilidade. Atuamos dentro das escolas capacitando professores que se tornam multiplicadores, organizamos gincanas onde o ponto alto é observância de valores como responsabilidade individual, a inclusão social e a geração de trabalho e renda para as cooperativas de material reciclado. Na capital cearense, Fortaleza, implementamos a primeira escola PEV (Ponto Permanente de entrega Voluntária) em que todos os materiais coletados são destinados as cooperativas locais.
E – Quais as próximas ações e como elas serão?
A próxima ação será o lançamento do aplicativo de mapeamento de lixo no Brasil. O aplicativo já foi lançado em outros países que já o estão utilizando. Até o final de Abril, contaremos com a versão em português e, então, iniciaremos o mapeamento. Além de ações para engajar a sociedade brasileira a usar o app e mapear o lixo no Brasil, organizaremos ações mensais nas cidades de São Paulo, Recife e Salvador que serão usadas para inspirar outras pessoas para que façam o mesmo em outras cidades do país.
E – O dia 15 de setembro é uma data emblemática para o movimento. Por que?
Sem dúvida. Será a maior ação cívica que o mundo já viu! Uma incrível onda verde vibrando amor à natureza, começando no Japão e indo até o Havaí. Milhares de pessoas unidas pelo mesmo objetivo e compromisso: limpar suas cidades!
E – O que irá acontecer no Clean Up Day?
No Brasil, estimularemos as pessoas para que limpem suas ruas, calçadas, praças e que vivenciem o descarte correto, o cuidado e a preservação do meio ambiente e do espaço público.
Organizaremos ainda pontos estratégicos de limpeza nas cidades para que voluntários compartilhem essa pratica.
Aos interessados em fazer parte dessa grande ação de cidadania em prol do bem comum, acessem: www.limpabrasil.org (#Envolverde)

16 abril 2018

Biocicla mostra como ir do lixo ao luxo da transformação

Por Reinaldo Canto é jornalista ambiental (especial Envolverde)
A velha máxima de Lavousier: nada se cria tudo se transforma ainda não foi devidamente absorvida no Século XXI. As empresas em sua maioria ainda acreditam que descartar é algo normal, coisa que se faz desde o início do capitalismo no já distante final do Século XIX. Nada mais longe da verdade. Afinal, o mundo é redondo e tudo que se usa aqui no planeta irá permanecer para o bem ou para o mal. Isso significa que ao descartar algo mesmo que de maneira correta quase sempre não terá bons resultados. No mínimo são materiais que vão ser despejados em aterros sanitários quase todos atingindo o limite de sua capacidade para receber diariamente toneladas de resíduos que poderiam ter outros fins, outras utilidades.
Pensando nisso, a administradora de empresas formada pela Fundação Getúlio Vargas e consultora de estratégia e comunicação para sustentabilidade, Jamile Balaguer Cruz, criou a Biocicla, empresa de Economia Circular que gerencia a transformação de uniformes usados em peças novas como bolsas, estojos, sacos de dormir, entre outros, chamados de upcycling (termo em inglês que define a transformação de materiais usados para outras finalidades).
Envolverde – Por que você teve a ideia de criar a Biocicla?



Jamile Balaguer  A geração de lixo no planeta sempre me incomodou. Existem muitos materiais que são descartados sem que se dêem a eles a oportunidade de terem novos usos. Muitas vezes são coisas que podem ter perdido a sua função original, mas que se forem trabalhadas de maneira correta, poderão ser úteis novamente, sem que precisem ir parar num aterro sanitário ou mesmo num lixão e ficar se deteriorando. Ninguém se beneficia com isso e, na verdade, podemos perder muito com essas ações de descarte, pois existem materiais que ao serem descartados podem contaminar o solo, os mares, lençóis freáticos e afetar a saúde de pessoas e animais que tiverem contato direto com elas.
Por essas, entre outras razões, criei a Biocicla que tem a função de transformar itens descartados contribuindo para fazer a chamada logística reversa, que cuida para materiais voltarem para a cadeia produtiva.

E – Como você define a Biocicla?

JB – Somos uma empresa da Economia Circular que busca tratar os resíduos sólidos atendendo o que é determinado pela PNRS (Política Nacional de Resíduos Sólidos, Lei 12.305/2010). Emitimos todos os documentos que as empresas devem deter para comprovar o tratamento dos seus resíduos.
Procuramos fazer um trabalho forte de educação ambiental para conscientizar empresas sobre a necessidade de se fazer o tratamento adequado de seus resíduos evitando ao máximo o descarte de materiais, que se não puder servir para o seu próprio negócio, possam ser úteis para outras empresas.

E – Como surgiu a ideia da transformação de uniformes usados?

JB – Eu cresci brincando embaixo de maquinas de costura pois meu avô tinha uma fábrica de guarda chuvas, e desde criança eu e minha prima inventamos brinquedos e acessórios com os retalhos do tecido de nylon recortados. Aprendi as primeiras peças upcycling nas oficinas de costura do Rotary, até que chegou o momento na minha vida profissional de consultora e iniciei o Projeto REFORME de Gestão de Resíduos Sólidos para a empresa GOCIL tratando dos seus uniformes descartados mensalmente. Desenvolvo este trabalho há 2 anos em parceria com a consultoria Biotera.

E – E quais os benefícios desse trabalho?

JB – Contribuímos diretamente com 6 ODS – Objetivos de Desenvolvimento Sustentável do Pacto Global da ONU. São benefícios sistêmicos, pois oferecemos uma solução socioambiental integrada. No tratamento dos resíduos contribuímos com o desenvolvimento local gerando renda para costureiras de baixa renda e jovens com deficiência intelectual que trabalham na confecção das novas peças. Desenvolvemos também ações sociais, de educação e arte no aproveitamento das peças. Para isto, temos parceria com organizações sociais e de saúde como a CLASA e o NUPE em Santo André.

E – Que tipo de empresas vocês conseguem atender?

JB – Podemos atender empresas que trabalhem com banners e uniformes descartados, mas também é possível analisar outros tipos de materiais. Basicamente eles precisam ser suficientemente maleáveis como estofados, por exemplo, para possibilitar a transformação em peças que produzimos envolvendo máquinas de costura. Várias empresas já desenvolvem este trabalho como a Volkswagen, TAM, Scania, FedEx e outras.

E – Mas nem todo o tipo de material recebe o mesmo tratamento?

JB – Isso mesmo! Na verdade temos três situações distintas. Na primeira são essas peças upcycling produzidas pelas costureiras como ecobags e brindes ecológicos distribuídos para clientes, empregados e parceiros. A segunda opção é fazer a reforma das peças para doação para a população carente ou revenda como uniformes de segunda mão. E a terceira opção é reciclar as peças com a trituração e aproveitamento em outros processos. O publico tem valorizado cada vez mais esta consciência e práticas das empresas.

E – Quanto de material vocês já conseguiram reciclar e em números quais os benefícios já alcançados?

JB – Desde o início do nosso trabalho, demos tratamento a 39 toneladas de uniformes descartados evitando a emissão de 737 Kg de CO2 que eram gerados com a incineração das roupas. Foram produzidas 5.480 peças upcycling distribuídas como brindes ecológicos, 20 toneladas de roupas doadas para população carente, 750 peças reformadas e revendidas, 100 casaconecas (jaquetas saco de dormir) doadas para população em situação de rua, realizadas oficinas de artes com 125 jovens vulneráveis e o restante das peças foram recicladas com trituração para transformação em estopa.
E – Por fim, com toda essa sua experiência como está o nível de consciência das empresas quanto os impactos causados por suas atividades?

JB – Existem vários níveis de consciência e de não consciência no meio empresarial. Na Biocicla já fomos procurados por empresas que tem bastante consciência do que o descarte de uniformes pode causar e, portanto, nos consultam sobre a melhor maneira de fazê-lo. Existem aquelas que buscam soluções de Economia Circular e/ou são empresas signatárias do Pacto Global da ONU buscando gerenciar seus impactos e indicadores de resultados socioambientais. Mas também aparecem aquelas que querem apenas se livrar desses materiais pouco importando qual a destinação que irão receber com tanto que eles não sejam penalizados.
De fato, o certo é que a cada dia clientes, consumidores e parceiros estão sabendo identificar as melhores empresas para se relacionar. O futuro de muitos negócios irá depender dessa tomada de consciência para sua própria sobrevivência.(#Envolverde)



13 abril 2018


IPCC COMEMORA 30 ANOS SOB ATAQUES DE CÉTICOS E DO GOVERNO DOS EUA

Por Júlio Ottoboni, editor-chefe da Envolverde
O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC – sigla de Intergovernmental Panel on Climate Change), que hoje tem como vice presidente a cientista do INPE, de São José dos Campos, Thelma Krug, completa nesta sexta-feira (13) seus 30 anos de existência.
O órgão que é consultivo das ONU e não tem função de pesquisa científica, apesar de abrigar um grande número de cientistas de 195 países, enfrenta um de seus piores momentos com a resistência e oposição do governo Trump, dos EUA, as evidências do aquecimento global de origem antrópica e também em cumprir os acordos firmados nas convenções do clima para a redução e mitigação de emissões de gases potenciais do efeito estufa e atividades ligadas ao reconstituição do meio ambiente natural.
O oportunismo neste momento de crise ganhou força. O movimento dos ‘céticos’, um grupo pequeno grupo de cientistas e de formadores de opinião, vários deles financiados por empresas poluidoras e responsáveis por protagonizar ou potencializar catástrofes ambientais, embarcaram numa nova onda de críticas ao IPCC diante do novo posicionamento dos EUA. O governo Trump, inclusive, cortou as verbas que doava para a entidade e finalizou linhas de crédito de pesquisas sobre mudanças climáticas bancadas pelo governo norte americano,
Para o jornalista ambiental e especialista em sustentabilidade, com larga experiência em coberturas das grandes conferências do clima em diversas partes do mundo, Reinaldo Canto, que é presidente do conselho e diretor da Envolverde, os questionamentos são inerentes ao momento e a data comemorativa:
“Como seriam hoje as discussões sobre o aquecimento global e as mudanças climáticas sem a preciosa contribuição de cientistas e pesquisadores do mundo todo que estiveram presentes nesses 30 anos do IPCC? Conheceríamos seus efeitos danosos assim como alguns dos caminhos para enfrenta-los? Certamente, não! O IPCC tem realizado um trabalho que deve servir de exemplo para nossa comunidade global sobre como lidar com problemas comuns à toda a humanidade. Parabéns a todos que fazem ou já fizeram parte desse órgão das Nações Unidas cuja relevância só os idiotas podem contestar”.
A cientista Thelma Krug, em entrevista à Envolverde, comentou que as mudanças climáticas estão ocorrendo em diversos pontos do planeta. Segundo ela, em algumas regiões o cenário climático superou até mesmo as mais pessimistas das projeções do IPCC. “Essas mudanças são globais, mas são potencialmente explícitas em determinadas regiões e localidades do planeta”, explicou.
Em sua página no facebook, o IPCC publicou a nota: “Em 2018 #ipcc marca 30 anos como a voz da ciência do clima aos responsáveis políticos e profissionais. Durante todo o ano teremos eventos comemorativos por parte dos governos e instituições que nos ajudaram a celebrar”.(#Envolverde)

11 abril 2018

O LIVRO UM DIA NO DIA DA ANA LUIZA PARTICIPA DA FESTA DE ANIVERSÁRIO DE SANTO ANDRÉ

O aniversário de Santo André na próxima semana será comemorado em grande estilo com a realização da 1ª Feira do Livro da Temática Ambiental. Lá estarei para um bate-papo e autógrafo do livro: 
"Um dia no dia da Ana Luiza - Uma Aventura Ambiental" na quinta-feira da próxima semana, dia 19/04 das 10:30hs às 13:30hs, na Praça Celso Daniel. Espero vocês lá!