28 outubro 2010

COMENTÁRIOS

Compartilho aqui os comentários enviados ao site da Carta Capital em relação ao artigo PARIS HILTON E MIGUEL NICOLELIS:

Pensador disse:
21 de outubro de 2010 às 11:40
Caro amigo: Você apenas sonhou um país em que as pessoas PENSASSEM! Mas este ainda é, infelizmente, o país (e o planeta) dos ídolos de barro…jogadores de futebol, Big Brothers, atores, atrizes, tiriricas…enfim, a nata do nada…

Mas quem sabe um dia a humanidade vai perceber quem tem conteúdo e quem é apenas aparência vazia.

Um abraço.

Cleusa disse:
21 de outubro de 2010 às 11:46
É uma triste realidade que devemos lutar por mudanças!

Att.

Wilson disse:
21 de outubro de 2010 às 11:56
É amigo, nossa tarefa é transformar nossos grandes cientistas em CELEBRIDADES!
Não dispensando Paris Hilton é claro. rsrsrsrsrs

Abraço

Wilson

Jorge disse:
21 de outubro de 2010 às 12:01
Infelizmente muita gente ainda tem preguiça de pensar! Mas vamos continuar sonhando.

Frederico Firmo disse:
21 de outubro de 2010 às 14:44
Prezado amigo
Como discordar concordando. Eu discordo por generalizar. Estou um pouco cansado de ouvir que o povo brasileiro, é isto, o povo brasileiro é aquilo, pois tudo que voce falou não vem realmente por causa do país ou do povo. Me parece que tudo isto vem de uma determinada classe que ainda domina não apenas a imprensa mas também os modos de expressão neste país. O povo e o país, não tem como se expressar, ou sendo menos radical tem muito poucos canais de expressão.Mas são estes que acreditam que o povo quer mais Paris Hilton do que Nicolelis (pergunte sobre ele no Rio Grande do Norte e verá o respeito do povo). Observe o reflexo disto na campanha. O candidato que se identifica com uma elite, inclusive que se pretende intelectual rebaixa a discussão política a um nível inimaginável. Questões fundamentalistas, preconceitos regionalismos factóides, são criados pois eles acreditam que o povo gosta disto. Mesmo tendo as respostas das pesquisas, insistem e sempre insistirão sobre esta mesma tonica. Não quero passar uma imagem idealizada do ṕovo, mas me parece que o problem maior vem da chamada elite. Esta sim se mostrou incompetente política, incompetente como gestora e irresponsável. Esta é a elite que sucateou as escolas a cultura a ciência e ao final e sempre evocam aofinasl, ” grand finale”, o povo brasileiro é o culpado por eu não saber gerir por eu não saber administrar, e por todos os meus fracassos. Como o seu candidato, eles sempre vão afirmar que são as vítimas.
Nicolelis e seu trabalho não sai na capa das revistas porque com Lula e Haddad fez um artigo sobre os planos para educação científica, que foi publicado numa das revistas científicas mais importante do mundo (AScientific American) eu a vi na versão em ingles.Não sei se a publicaram aqui. Nicolelis não sai na midia pois declarou voto ao Lula. Mais uma vez estes fatos demonstram que a grande mídia, atropela os fatos e propagandiza apenas o que lhe é de interesse.
POr isto eu discordo concordando. Eu concordo que esta elite infelizmente faz parte do Brasil, mas ela não é o Brasil. O Brasil é daquele povo que muitas vêzes não teve oportunidades, mas que assim mesmo criou um lider sindical que negociava de igual para igual com empresários e que se tornou presidente e que mostrou com seu sucesso a incompetência de uma elite que estava no poder desde Cabral.
Portanto continuemos na luta da educação e das oportunidades que encontraremos o verdadeiro país por traz desta máscara e desta persona, que esta elite construiu.

Adauto disse:
22 de outubro de 2010 às 2:19
Esse fato retrata a educação da minoria do povo brasileiro, pois, Paris Hilton é produto da classe elitista. Portanto, a maioria da população desconhece ambos, por sua vez, tive o conhecimento dos trabalhos Miguel Nicolelis através da TV Brasil.

Alex Siqueira disse:
22 de outubro de 2010 às 15:26
Nós, os brasileiros, começamos a muito pouco tempo a ter garantidos os direitos fundamentais à vida: como comida, trabalho, esperança,… É muito cedo querer nos responsabilizar pelos desvarios e ignonímias que uma parcela da população apregoa utilizando de meios sorrateiros e covardes. É verdade que estamos acostumados às novelas da vida real. Durante o espaço de quase 3 gerações só tivemos consolo no sonho da novela: todos já fomos a Escrava Isaura, a Rainha da Sucata e o coronel que enterrou a medalha querendo recuperar o filho morto na guerra, na Terra Nostra. Agora é que pudemos ter o primeiro vislumbre de cidadania, pelo crescimento econômico que absorveu a imensa massa de desempregados e subempregados. Agora já temos chinelo e feijão. Temos direito ao futuro, ao trabalho, á sermos gente. Não eramos. Não nos viam como gente. Queremos comida, diversão e arte. Queremos opções. E o mais grandioso disso, é que precisamos do metalúrgico pra ensinar que o mercado interno é quem mantém uma nação em pé.
Ao insano de pankake nas olheiras: dêem-lhe seu Lexotan (mas com receita!).

Willian disse:
22 de outubro de 2010 às 23:35
Nicolelis é demais… simplesmente fantástico

Bartira Lima disse:
24 de outubro de 2010 às 10:01
O que falta no nosso país são políticas de Educação, saúde, empregos e salários dígnos… O fato é que dar mais importancia à Paris Hilton mostra a “valorização do banal”. O que realmente faz Paris Hilton importante? É uma cientista, está engajada em ações sociais de valor…? Investir em Educação é perigoso para os políticos que desejam manipular o povo. Idolatrar pessoas como Paris Hilton demostra a ignorancia da populção, a qual deveria ter maiores e melhores condições de estudo.

Abaixo reproduzo os comentários sobre o artigo publicados na Envolverde:

Sandra Cavalcante (sandracavalcante@uol.com.br)
Parabéns, Reinaldo, pelo texto, concordo em tudo o que vc escreveu! Ainda bem que nosso gênio Nicolelis não está preocupado com reconhecimento popular e bajulação da mídia... mas que às vezes deve incomodar tanta inversão de valores e cegueira social, ah, isso deve...

Afonso do Carmo (afonso540@hotmail.com)
Marx e Nietzsche já alertavam para este futuro no qual agora estamos nós. Marx: “tudo que é sólido desmancha no ar”; Nietzsche: “tudo está impregnado do seu contrário.”
Quase quatro séculos antes de Cristo Platão escreveu o “Mito da caverna”. Na obra o filósofo demonstra que os homens vivem numa caverna, e tudo que percebem da realidade são sombras, inclusive de si mesmos, projetadas na parede do fundo pela luz que vem de trás.
A partir da modernidade, pela supervalorização e idolatria às imagens, pela confusão entre “ser” e “representar”, a “caverna” de Platão se transformou no “espelho” do mundo. A “realidade” passa a ser “solidificada” a partir das imagens no fundo do espelho, pela grandiosidade dos espetáculos, pelo brilho dourado das aparências. Basta observar, p. ex., o sucesso do néon dos realities shows tipo “BB Brasil”. As mídias deitam e rolam na exploração da imbecilidade das massas. Quanto mais imbecil, mais útil ao sistema.
Desse modo, o que o homem vive hoje é algo projetado a partir de si num cenário virtual. Não é o “ser” (o “que é”), mas a representação de algo externo ao “ser”. Trata-se do personagem que este homem representa no teatro do mundo, cujo cenário é o fundo ilusório do espelho. Por isso simulacros como Paris Hilton e Paulo Coelho fazem tanto sucesso mundo afora (eles aprenderam como brilhar no fundo do espelho).
Esta é a raiz primeira de toda a infelicidade humana. O que, inclusive, levou Freud a declarar: “os homens optam pela infelicidade porque ela é mais fácil de suportar.”; ou Lacan: “a realidade é apenas para aqueles que não conseguem suportar o sonho”. Quando busca aperfeiçoar a imagem do seu personagem no espelho a partir dos modelos existentes no cenário, através da satisfação de necessidades “virtuais” (riqueza, poder, brilho, imagem), tudo que o homem faz é buscar alívio na exata origem do seu sofrimento. É como buscar repouso numa cama de pregos. Apegam-se às coisas voláteis e efêmeras da “realidade” (o fundo ilusório do espelho) e desprezam as coisas psiquicamente sólidas (ao que chamam “mundo dos sonhos” ou “dos loucos”). Esta “realidade” brilhante e atraente do espelho é explorada incondicionalmente, inclusive pelas religiões, para angariar fiéis.
“Constrói a tua casa sobre a rocha, ou virão os ventos e as tempestades e a arrancarão, e a farão em pedaços.”
É triste dizer, mas a espécie humana merece o sofrimento que lhe sobrevier. Na verdade este sofrimento não é obra do acaso. Ele é ardentemente desejado, planejado e construído, a partir da ignorância e do egoísmo dos homens, que marcham pela estrada do mundo como bois que berram alegremente a caminho do suplício. E por esta estrada vão pisoteando com inefável prazer todas as Verdades Eternas deixadas como flores à beira do caminho, pelos Grandes Mestres da Razão Universal.

Marcos Ortiz (ortizgomes@uol.com.br)
Muito importante sua brincadeira entre fatos e imaginação. Assim foi com Santos Dumont, Paulo Freire e outros inovadores deste país. Me recordo que no dia da morte de Paulo Freire, um jornal televisivo deu uma nota de 45 segundos, enquanto que naquela mesma semana exibiu incontáveis minutos das notícias da morte de Lady Di.

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