Por Ricardo Young *
Após ler o interessante artigo escrito por Milú Villela e Mozart Neves Ramos, publicado pela Folha de São Paulo na segunda, 24/05, “A Educação Mobilizando o Brasil” sobre a necessidade de se valorizar, capacitar e criar uma carreira diferenciada para os professores, achei por bem também entrar nessa discussão.
Milú e Mozart citaram a experiência de Nova York onde a meritocracia é apresentada como uma das dinamizadoras da qualidade educacional. Outro ponto destacado no artigo, foi a desvinculação e descentralização do orçamento das escolas em relação ao orçamento público. Todos esses pontos são realmente importantes, mas ainda precisamos avançar mais se quisermos colocar o Brasil num patamar de real protagonismo no século XXI.
Nós já estamos vivendo um período de enormes desafios muitos deles longe de serem superados. O Brasil vai bem em muitos setores macroeconômicos, mas o nosso tecido social apresenta uma fragilidade ímpar. A capacidade nacional para a formação de cérebros, a competência científica, de pesquisa, de inovação tecnológica em grande escala é ainda muito pequena. Até mesmo o estado de São Paulo, entre os mais avançados do país, não consegue formar um conjunto razoável de cientistas que possa fazer frente a velocidade das inovações tecnológicas, como por exemplo, no campo das mudanças climáticas.
É preciso criar as condições para uma ruptura virtuosa. Não é possível se esperar duas ou três gerações para que nós possamos gerar competência e formar cérebros na altura da demanda que o Brasil terá e já está tendo em relação ao seu posicionamento no mundo.
Precisamos de uma revolução curricular que contemple, pelo menos, três dimensões da educação. A primeira delas é a da sociedade em rede. Já vivemos essa realidade e, portanto todo o processo de aprendizado não se dá mais só na sala de aula e o professor não é a única fonte de conhecimento. O mundo, com seus milhares de acessos, é a fonte de conhecimento e a sala de aula deveria servir para reorganizar de forma cognitiva esse mesmo conhecimento.
A segunda dimensão é a ecológica. A sociedade moderna criou um divórcio entre o aluno e a natureza. Será necessária, uma reconciliação profunda com o meio ambiente. Não é possível educar nossas crianças sem que elas conheçam profundamente as leis que orientam a natureza, não de maneira fragmentada como se dá hoje, mas por meio de um modo sistêmico da ecologia profunda proposta na Carta da Terra. O que podemos chamar de uma verdadeira realfabetização ambiental. Nós, seres urbanos, perdemos a conexão com o meio ambiente, com a comunidade da vida e as leis mais elementares que regem os recursos do planeta. Isso faz com que ignoremos as leis naturais mais elementares. Um bom exemplo é que enxergamos a presença dos insetos como simplesmente falta de limpeza, nós perdemos a noção do que significa esse rico, complexo e indispensável universo de microorganismos.
E a última e terceira é a dimensão de cidadania global, nas quais as questões nacionais são relativizadas por uma dimensão planetária horizontalizada. As nossas crianças não têm ideia do que significa o planeta, a diversidade, a interdependência, os valores universais, a cidadania global. Na escola nós aprendemos muito sobre nosso o país e nosso povo, mas totalmente desconectado do geral, da aldeia global em que estamos presentes. Essa dimensão de cidadão do mundo é fundamental na educação.
Nós não podemos cair na armadilha e reduzir a questão da educação apenas com a universalização do ensino fundamental e médio e da qualificação do professor e do ensino apenas. Nós precisamos ser mais ousados. Temos que buscar por esse caminho, a formação radical de competências científicas, tecnológicas e uma outra visão mais voltada para o mundo como realmente ele é, não como nós o reproduzimos nas grandes cidades.
Todas essas dimensões precisam referenciar uma reforma curricular e de maneira transversal. Se a consolidação de uma sociedade industrial e as referências territoriais foram importantes para a determinação cultural do indívíduo e para a formação das nações. Ficou para trás o tempo em que prevaleciam os limites do interesse nacional e a visão pelo prisma do antropocentrismo. Hoje é preciso se adequar a uma visão global. O planeta deve ser visto como um todo. Os mares, rios, ecossistemas devem ser pensados de maneira sistêmica e complementar. Colocar essas dimensões a serviço da sociedade global do século XXI passa por todos os setores, especialmente pela educação de nossos jovens.
* Ricardo Young é empresários, militante da causa da sustentabilidade e pre-candidato a senador por São Paulo pelo Partido Verde.
30 maio 2010
27 maio 2010
Jornalistas fazem festa no sábado para receber prêmio ambiental
Diversos jornalistas, ambientalistas, empresários da comunicação e dirigentes de órgãos públicos confirmaram presença na solenidade de entrega do Prêmio Octávio Brandão de Jornalismo Ambiental, marcado para este sábado 29, na casa de eventos Armazém Uzina, em Maceió. Doze profissionais e um estudante receberão troféus e R$ 28 mil pelas melhores reportagens sobre meio ambiente veiculadas entre abril 2009 e março de 2010, nas categorias Telejornalismo, Jornalismo Impresso/Texto e Jornalismo Impresso/Imagem.
O julgamento final dos trabalhos será nesta sexta-feira. A seleção vem sendo feita por Reinaldo Canto (ex-diretor de comunicação do Greenpeace Brasil e ex-assessor do Instituto Akatu), Fabrício Ângelo (Coordenador do Fórum Nacional da Rede Brasileira de Informação Ambiental e mestre em ciência ambiental pela Universidade Federal Fluminense), Emanuel Silveira (engenheiro sanitarista ambiental e mestre em ciência pela Universidade de Missouri USA), Romildo Guerrante (ex-gerente de comunicação da Abes e ex-assessor de imprensa da Rede Ferroviária Federal, Vale do Rio Doce, Paranapanema e Shell Brasil), e Anivaldo Miranda (mestre em meio ambiente e superintendente da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos - Semarh). Os cinco também participarão de uma oficina sobre jornalismo ambiental na manhã do sábado, reunindo cerca de cinqüenta profissionais e estudantes.
Promovido pela seccional alagoana da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes), o Prêmio Octávio Brandão está em sua sétima edição, sempre com o patrocínio da Braskem e o apoio do Sindicato dos Jornalistas de Alagoas (Sindjornal) e do Núcleo de Ecojornalistas de Alagoas (NEJ-AL). Este ano, mais de quarenta jornalistas disputam as premiações, com sessenta e três reportagens ligadas ao meio ambiente. A exemplo do ano passado, também será entregue um troféu para a empresa de comunicação com mais trabalhos inscritos, em reconhecimento ao espaço que ela dedicou para as matérias ambientais.
A categoria com mais trabalhos inscritos é Telejornalismo (24), seguida de Jornalismo Impresso/Texto (23) e Jornalismo Impresso/Imagem (16). Serão premiados o 1º, 2º e 3º colocados em cada categoria, além de um estudante no geral. A categoria estudante foi lançada este ano para incentivar o jornalismo ambiental já nos veículos laboratórios, mantidos pelas faculdades de comunicação.
Fonte: Sindjornal e NEJ-AL
O julgamento final dos trabalhos será nesta sexta-feira. A seleção vem sendo feita por Reinaldo Canto (ex-diretor de comunicação do Greenpeace Brasil e ex-assessor do Instituto Akatu), Fabrício Ângelo (Coordenador do Fórum Nacional da Rede Brasileira de Informação Ambiental e mestre em ciência ambiental pela Universidade Federal Fluminense), Emanuel Silveira (engenheiro sanitarista ambiental e mestre em ciência pela Universidade de Missouri USA), Romildo Guerrante (ex-gerente de comunicação da Abes e ex-assessor de imprensa da Rede Ferroviária Federal, Vale do Rio Doce, Paranapanema e Shell Brasil), e Anivaldo Miranda (mestre em meio ambiente e superintendente da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos - Semarh). Os cinco também participarão de uma oficina sobre jornalismo ambiental na manhã do sábado, reunindo cerca de cinqüenta profissionais e estudantes.
Promovido pela seccional alagoana da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes), o Prêmio Octávio Brandão está em sua sétima edição, sempre com o patrocínio da Braskem e o apoio do Sindicato dos Jornalistas de Alagoas (Sindjornal) e do Núcleo de Ecojornalistas de Alagoas (NEJ-AL). Este ano, mais de quarenta jornalistas disputam as premiações, com sessenta e três reportagens ligadas ao meio ambiente. A exemplo do ano passado, também será entregue um troféu para a empresa de comunicação com mais trabalhos inscritos, em reconhecimento ao espaço que ela dedicou para as matérias ambientais.
A categoria com mais trabalhos inscritos é Telejornalismo (24), seguida de Jornalismo Impresso/Texto (23) e Jornalismo Impresso/Imagem (16). Serão premiados o 1º, 2º e 3º colocados em cada categoria, além de um estudante no geral. A categoria estudante foi lançada este ano para incentivar o jornalismo ambiental já nos veículos laboratórios, mantidos pelas faculdades de comunicação.
Fonte: Sindjornal e NEJ-AL
25 maio 2010
Desilusão com a política representa risco à democracia
Artigo publicado originalmente no site da revista Carta Capital
Ricardo Young*
Apesar de o quadro ser desanimador, os cidadãos ainda fazem valer seus direitos. E o Projeto Ficha Limpa, de iniciativa da sociedade, mostra que o povo não esmoreceu
Participei nos últimos dias de eventos políticos com representantes de diversos partidos e pude observar, em várias conversas, que existe uma frustração generalizada com o processo eleitoral e os jogos nem sempre limpos praticados nas várias esferas de poder, com destaque negativo para o poder legislativo.
Vivemos, portanto, um momento muito delicado no processo de consolidação da nossa jovem democracia. Um verdadeiro paradoxo ao qual precisamos ficar muito atentos, pois ele possui uma série de riscos bastante preocupantes.
Essa situação tem contribuído para que nos últimos anos tenhamos assistido a uma piora na qualidade dos políticos e o aumento na revelação de escândalos que a todos nós brasileiros, envergonha e revolta. Ao mesmo tempo esses desvios de conduta tem obrigado a criação de legislações cada vez mais rigorosas visando coibir todos esses tristes e nefastos casos de corrupção. De forma alguma defendo o afrouxamento das legislação eleitoral, mas ao invés de conseguir o efeito desejado, ou seja, a redução da corrupção, o que está acontecendo na prática, é que aquelas pessoas que exercem a boa liderança, que possuem um papel importante e cumprem da melhor maneira possível a sua missão, acabam sendo vítimas de um processo que vai desqualificando a classe política junto à sociedade de maneira progressiva.
É exatamente esse paradoxo onde temos um maior controle, uma rigidez cada vez maior sobre a atividade eleitoral coloca, por outro lado, os bons políticos como reféns de toda uma legislação que se torna mais restritiva e de difícil cumprimento a cada dia. Infelizmente, tal legislação cujo objetivo legítimo é o de combater a corrupção acaba por, assim dizer, desaminando os bons políticos a seguirem na vida pública, pois a todo momento se confundem com os maus políticos.
Esse paradoxo pode resultar em cenários distintos: para que ele se resolva de maneira positiva, nós não poderemos deixar sequer um dia passar, após essas eleições, sem reivindicar a reforma política em profundidade. A reforma política é a única maneira capaz de resolver esse impasse. A reforma política vai permitir o financiamento público de campanha reduzindo a desigualdade entre os candidatos e a força do poder econômico. A introdução do voto em lista e do voto distrital misto também vão contribuir para reduzir a personificação de candidatos dando lugar a partidos mais fortes e vigorosos. Essas mudanças fundamentais vão substituir o vale-tudo atual por uma maior transparência em todos os aspectos que se referem ao processo eleitoral no País.
Já, o contrário do que está colocado acima, ou seja, a não solução ou a resolução negativa desse paradoxo vai fazer com que aqueles que burlam a lei, terão espaço para continuar a agir do mesmo modo e, por consequência, aqueles que se sentem mais oprimidos por uma lei cada vez mais persecutória, simplesmente abandonarão a política e a vida pública. Esse seria o caso em que estaríamos sob o pior dos mundos, ou seja, vamos ter uma situação em que os legisladores vão continuar a legislar em prol dos seus interesses privativistas, patrimonialistas favorecendo grupos poderosos que, em geral, não atendem aos interesses maiores da sociedade brasileira. Para agravar ainda mais esse quadro teremos as boas lideranças da sociedade alijadas da política. Essa é uma situação que não podemos deixar que aconteça. Portanto, a mãe de todas as reformas é a reforma política.
Ficha Limpa exemplo a ser seguido - E para que mantenhamos a esperança por dias melhores, confiando no poder de uma sociedade comprometida temos o bom exemplo de todo esse processo de aprovação do Ficha Limpa. A legítima pressão da sociedade foi responsável por vencer as resistências de um parlamento sem interesse efetivo em vota-lo, isso mesmo contando com o apoio de mais de 2 milhões de assinaturas. Uma sociedade que não esmoreceu, que não capitulou diante de todas as ameaças, do caciquismo político tradicional. Essa é a demonstração clara de que apesar de termos um quadro desanimador a nossa frente, é evidente que o eleitor, que o cidadão tem força, se procurar fazer valer os seus direitos.
Eu quero estar a serviço desse eleitor. Desse eleitor organizado que vê a política como uma coisa necessária para o aperfeiçoamento das nossas instituições e que reconhece que essa luta política é construída de vitórias e derrotas. Mas acima de tudo uma luta que tenha como objetivo maior o interesse da maioria dos brasileiros.
*Ricardo Young é empresário, militante da causa da sustentabilidade e pré-candidato a senador por São Paulo pelo Partido Verde.
Ricardo Young*
Apesar de o quadro ser desanimador, os cidadãos ainda fazem valer seus direitos. E o Projeto Ficha Limpa, de iniciativa da sociedade, mostra que o povo não esmoreceu
Participei nos últimos dias de eventos políticos com representantes de diversos partidos e pude observar, em várias conversas, que existe uma frustração generalizada com o processo eleitoral e os jogos nem sempre limpos praticados nas várias esferas de poder, com destaque negativo para o poder legislativo.
Vivemos, portanto, um momento muito delicado no processo de consolidação da nossa jovem democracia. Um verdadeiro paradoxo ao qual precisamos ficar muito atentos, pois ele possui uma série de riscos bastante preocupantes.
Essa situação tem contribuído para que nos últimos anos tenhamos assistido a uma piora na qualidade dos políticos e o aumento na revelação de escândalos que a todos nós brasileiros, envergonha e revolta. Ao mesmo tempo esses desvios de conduta tem obrigado a criação de legislações cada vez mais rigorosas visando coibir todos esses tristes e nefastos casos de corrupção. De forma alguma defendo o afrouxamento das legislação eleitoral, mas ao invés de conseguir o efeito desejado, ou seja, a redução da corrupção, o que está acontecendo na prática, é que aquelas pessoas que exercem a boa liderança, que possuem um papel importante e cumprem da melhor maneira possível a sua missão, acabam sendo vítimas de um processo que vai desqualificando a classe política junto à sociedade de maneira progressiva.
É exatamente esse paradoxo onde temos um maior controle, uma rigidez cada vez maior sobre a atividade eleitoral coloca, por outro lado, os bons políticos como reféns de toda uma legislação que se torna mais restritiva e de difícil cumprimento a cada dia. Infelizmente, tal legislação cujo objetivo legítimo é o de combater a corrupção acaba por, assim dizer, desaminando os bons políticos a seguirem na vida pública, pois a todo momento se confundem com os maus políticos.
Esse paradoxo pode resultar em cenários distintos: para que ele se resolva de maneira positiva, nós não poderemos deixar sequer um dia passar, após essas eleições, sem reivindicar a reforma política em profundidade. A reforma política é a única maneira capaz de resolver esse impasse. A reforma política vai permitir o financiamento público de campanha reduzindo a desigualdade entre os candidatos e a força do poder econômico. A introdução do voto em lista e do voto distrital misto também vão contribuir para reduzir a personificação de candidatos dando lugar a partidos mais fortes e vigorosos. Essas mudanças fundamentais vão substituir o vale-tudo atual por uma maior transparência em todos os aspectos que se referem ao processo eleitoral no País.
Já, o contrário do que está colocado acima, ou seja, a não solução ou a resolução negativa desse paradoxo vai fazer com que aqueles que burlam a lei, terão espaço para continuar a agir do mesmo modo e, por consequência, aqueles que se sentem mais oprimidos por uma lei cada vez mais persecutória, simplesmente abandonarão a política e a vida pública. Esse seria o caso em que estaríamos sob o pior dos mundos, ou seja, vamos ter uma situação em que os legisladores vão continuar a legislar em prol dos seus interesses privativistas, patrimonialistas favorecendo grupos poderosos que, em geral, não atendem aos interesses maiores da sociedade brasileira. Para agravar ainda mais esse quadro teremos as boas lideranças da sociedade alijadas da política. Essa é uma situação que não podemos deixar que aconteça. Portanto, a mãe de todas as reformas é a reforma política.
Ficha Limpa exemplo a ser seguido - E para que mantenhamos a esperança por dias melhores, confiando no poder de uma sociedade comprometida temos o bom exemplo de todo esse processo de aprovação do Ficha Limpa. A legítima pressão da sociedade foi responsável por vencer as resistências de um parlamento sem interesse efetivo em vota-lo, isso mesmo contando com o apoio de mais de 2 milhões de assinaturas. Uma sociedade que não esmoreceu, que não capitulou diante de todas as ameaças, do caciquismo político tradicional. Essa é a demonstração clara de que apesar de termos um quadro desanimador a nossa frente, é evidente que o eleitor, que o cidadão tem força, se procurar fazer valer os seus direitos.
Eu quero estar a serviço desse eleitor. Desse eleitor organizado que vê a política como uma coisa necessária para o aperfeiçoamento das nossas instituições e que reconhece que essa luta política é construída de vitórias e derrotas. Mas acima de tudo uma luta que tenha como objetivo maior o interesse da maioria dos brasileiros.
*Ricardo Young é empresário, militante da causa da sustentabilidade e pré-candidato a senador por São Paulo pelo Partido Verde.
11 maio 2010
Oficina de Jornalismo Ambiental
O Sindicato dos Jornalistas e o Núcleo de Ecojornalistas de Alagoas (NEJ-AL) vão realizar no dia 29 uma oficina sobre jornalismo ambiental, cujo tema central será a sustentabilidade. O evento, realizado em parceria com a Braskem e a Associação Brasileira de Engenharia Sanitária (Abes-AL), será aberto a profissionais e estudantes de jornalismo, tendo início às 9 horas, no auditório do cinturão verde da Braskem.
As inscrições são gratuitas e devem ser feitas junto ao Sindicato dos Jornalistas, através do telefone 3326-9168. Devido ao número limitado de vagas, serão atendidos os cinqüenta primeiros interessados.
A oficina será ministrada pelos jornalistas Reinaldo Canto (ex-diretor de comunicação do Greenpeace Brasil e ex-assessor do Instituto Akatu), Fabrício Ângelo (Coordenador do Fórum Nacional da Rede Brasileira de Informação Ambiental e mestre em ciência ambiental pela Universidade Federal Fluminense), Emanuel Silveira Mendonça (engenheiro sanitarista ambiental e mestre em ciência pela Universidade de Missouri USA) e Romildo Guerrante (ex-gerente de comunicação da Abes e ex-assessor de imprensa da Rede Ferroviária Federal, Vale do Rio Doce, Paranapanema e Shell Brasil).
No mesmo dia da oficina, a Abes, Braskem e Sindjornal estarão realizando, a partir das 21 horas, a solenidade de entrega do Prêmio Octávio Brandão de Jornalismo Ambiental. Serão agraciados doze jornalistas que produziram as melhores reportagens sobre meio ambiente no período de abril/2009 a março/2010, nas categorias Telejornalismo, Jornalismo Impresso Texto e Jornalismo Impresso Imagem. Também haverá premiação para um estudante que tenha produzido a melhor reportagem em veículo laboratório.
SERVIÇO
O QUE: Oficina de Jornalismo Ambiental
QUANDO: Dia 29 de maio de 2010, a partir das 9 horas
ONDE: Auditório do Cinturão Verde da Braskem
TEMA CENTRAL: Sustentabilidade Ambiental
ABORDAGENS: Evolução do jornalismo ambiental; Consumo consciente; Importância do jornalista e da mídia na educação e conscientização ambiental
PALESTRANTES
Reinaldo Canto
30 anos como profissional de comunicação. Formado pela Cásper Líbero, cursou letras na USP, concluiu pós-graduação sobre Inteligência Empresarial e Gestão do Conhecimento na UFRJ. Trabalhou nas principais emissoras de televisão do país (ex: Cultura, Globo e Bandeirantes). Também foi gerente de comunicação e assessor de imprensa de empresas e diretor do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo. Desde 2002 atua na área ambiental. Foi diretor de comunicação do Greenpeace Brasil. Deixou o Greenpeace em 2004 para um temporada de estudos na Austrália. Depois passou pela comunicação do Instituto Akatu pelo Consumo Consciente. Foi correspondente da Carta Capital, da Envolverde e de outras mídias ambientais na COP-15, realizada no final do ano em Copenhague. É colaborador da Envolverde e de outras mídias ambientais; diretor-executivo do Instituto de Defesa dos Mananciais que atua na zona sul de São Paulo; além disso faz consultoria de comunicação am biental, palestras, ministra cursos e redige relatórios de sustentabilidade.
Fabrício Fonseca Ângelo
Jornalista, Mestre em Ciência Ambiental (UFF) e Especialista em Informação Científica e Tecnológica. Membro da Rede Brasileira de Jornalismo Ambiental (REBIA) e da Rede de Comunicação Ambiental da América Latina e Caribe (RedCalc). Foi repórter e redator da Revista Digital Envolverde e Assessor de Comunicação da Rede de Ongs da Mata Atlântica (RMA). Atualmente é editor executivo do Portal Proqualis da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e Coordenador do Fórum Nacional da Rede Brasileira de Informação Ambiental (REBIA).
Emanuel Silveira Mendonça
Engenheiro Civil formado pela Universidade Federal da Bahia. Engenheiro Sanitarista Ambiental e Mestre em Ciência pela Universidade de Missouri USA. Presidente da ABES Bahia. Superintendente de Sustentabilidade da Renova Energia SA. Ex-presidente do CEPRAM Bahia.
Romildo Guerrante
Fluminense de Cambuci (RJ), é jornalista há 40 anos.Começou no Jornal do Brasil quando ainda cursava jornalismo na primeira turma de Comunicação da Universidade Federal Fluminense, iniciada em 1969.
Era funcionário do Banco do Brasil e, durante alguns anos, acumulou as duas tarefas, até que o jornalismo falou mais alto e preferiu abandonar o banco. Depois de quase 20 anos no JB, tendo iniciado sua carreira na antiga sede da Avenida Rio Branco, onde começou como estagiário na Editoria de Cidade, chegando a editor no final dos anos 70, trabalhou seis anos como redator no Relatório Reservado, newsletter de informações econômicas exclusivas.
Atuou também como assessor de imprensa de grandes empresas, estatais e privadas – como Rede Ferroviária Federal, Vale do Rio Doce, Paranapanema e Shell Brasil, para a qual posteriormente veio a editar a Revista Shell e, mais tarde ainda, atuar como consultor na área de Media Training.
Trabalhou como assessor de imprensa de Moreira Franco na candidatura ao Governo do Rio de Janeiro em 1982, e como redator na campanha de Alessandro Molon à Prefeitura do Rio de Janeiro, em 2008.
Foi Gerente de Comunicação da ABES no início dos anos 80, logo após deixar a Assessoria de Imprensa do Ministério dos Transportes. Foi também Gerente de Comunicação da RFFSA - Rede Ferroviária Federal S/A.
Suas últimas funções em assessoria de imprensa foram na empresa de mineração Paranapanema. Desde então, atua como redator de publicações corporativas, como gerente da empresa RR Comunicação Ltda., e produz roteiros de vídeo, relatórios anuais de empresas, folders e outras publicações institucionais.
É autor de diversas publicações institucionais da Petrobras, do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, do Sebrae, da Firjan, da Shell e outras empresas e entidades. É coautor do livro Jornalistas que valem mais de 50 contos, que narra experiências vividas na redação durante a ditadura. É colaborador habitual da Revista da Alerj, da revista Plurale e da revista eletrônica Balaio de Notícias. É membro do Conselho Fiscal da ABI - Associação Brasileira de Imprensa e edita há dois anos do boletim eletrônico semanal ABES Informa e, desde janeiro de 2010, também a revista Bio.
As inscrições são gratuitas e devem ser feitas junto ao Sindicato dos Jornalistas, através do telefone 3326-9168. Devido ao número limitado de vagas, serão atendidos os cinqüenta primeiros interessados.
A oficina será ministrada pelos jornalistas Reinaldo Canto (ex-diretor de comunicação do Greenpeace Brasil e ex-assessor do Instituto Akatu), Fabrício Ângelo (Coordenador do Fórum Nacional da Rede Brasileira de Informação Ambiental e mestre em ciência ambiental pela Universidade Federal Fluminense), Emanuel Silveira Mendonça (engenheiro sanitarista ambiental e mestre em ciência pela Universidade de Missouri USA) e Romildo Guerrante (ex-gerente de comunicação da Abes e ex-assessor de imprensa da Rede Ferroviária Federal, Vale do Rio Doce, Paranapanema e Shell Brasil).
No mesmo dia da oficina, a Abes, Braskem e Sindjornal estarão realizando, a partir das 21 horas, a solenidade de entrega do Prêmio Octávio Brandão de Jornalismo Ambiental. Serão agraciados doze jornalistas que produziram as melhores reportagens sobre meio ambiente no período de abril/2009 a março/2010, nas categorias Telejornalismo, Jornalismo Impresso Texto e Jornalismo Impresso Imagem. Também haverá premiação para um estudante que tenha produzido a melhor reportagem em veículo laboratório.
SERVIÇO
O QUE: Oficina de Jornalismo Ambiental
QUANDO: Dia 29 de maio de 2010, a partir das 9 horas
ONDE: Auditório do Cinturão Verde da Braskem
TEMA CENTRAL: Sustentabilidade Ambiental
ABORDAGENS: Evolução do jornalismo ambiental; Consumo consciente; Importância do jornalista e da mídia na educação e conscientização ambiental
PALESTRANTES
Reinaldo Canto
30 anos como profissional de comunicação. Formado pela Cásper Líbero, cursou letras na USP, concluiu pós-graduação sobre Inteligência Empresarial e Gestão do Conhecimento na UFRJ. Trabalhou nas principais emissoras de televisão do país (ex: Cultura, Globo e Bandeirantes). Também foi gerente de comunicação e assessor de imprensa de empresas e diretor do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo. Desde 2002 atua na área ambiental. Foi diretor de comunicação do Greenpeace Brasil. Deixou o Greenpeace em 2004 para um temporada de estudos na Austrália. Depois passou pela comunicação do Instituto Akatu pelo Consumo Consciente. Foi correspondente da Carta Capital, da Envolverde e de outras mídias ambientais na COP-15, realizada no final do ano em Copenhague. É colaborador da Envolverde e de outras mídias ambientais; diretor-executivo do Instituto de Defesa dos Mananciais que atua na zona sul de São Paulo; além disso faz consultoria de comunicação am biental, palestras, ministra cursos e redige relatórios de sustentabilidade.
Fabrício Fonseca Ângelo
Jornalista, Mestre em Ciência Ambiental (UFF) e Especialista em Informação Científica e Tecnológica. Membro da Rede Brasileira de Jornalismo Ambiental (REBIA) e da Rede de Comunicação Ambiental da América Latina e Caribe (RedCalc). Foi repórter e redator da Revista Digital Envolverde e Assessor de Comunicação da Rede de Ongs da Mata Atlântica (RMA). Atualmente é editor executivo do Portal Proqualis da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e Coordenador do Fórum Nacional da Rede Brasileira de Informação Ambiental (REBIA).
Emanuel Silveira Mendonça
Engenheiro Civil formado pela Universidade Federal da Bahia. Engenheiro Sanitarista Ambiental e Mestre em Ciência pela Universidade de Missouri USA. Presidente da ABES Bahia. Superintendente de Sustentabilidade da Renova Energia SA. Ex-presidente do CEPRAM Bahia.
Romildo Guerrante
Fluminense de Cambuci (RJ), é jornalista há 40 anos.Começou no Jornal do Brasil quando ainda cursava jornalismo na primeira turma de Comunicação da Universidade Federal Fluminense, iniciada em 1969.
Era funcionário do Banco do Brasil e, durante alguns anos, acumulou as duas tarefas, até que o jornalismo falou mais alto e preferiu abandonar o banco. Depois de quase 20 anos no JB, tendo iniciado sua carreira na antiga sede da Avenida Rio Branco, onde começou como estagiário na Editoria de Cidade, chegando a editor no final dos anos 70, trabalhou seis anos como redator no Relatório Reservado, newsletter de informações econômicas exclusivas.
Atuou também como assessor de imprensa de grandes empresas, estatais e privadas – como Rede Ferroviária Federal, Vale do Rio Doce, Paranapanema e Shell Brasil, para a qual posteriormente veio a editar a Revista Shell e, mais tarde ainda, atuar como consultor na área de Media Training.
Trabalhou como assessor de imprensa de Moreira Franco na candidatura ao Governo do Rio de Janeiro em 1982, e como redator na campanha de Alessandro Molon à Prefeitura do Rio de Janeiro, em 2008.
Foi Gerente de Comunicação da ABES no início dos anos 80, logo após deixar a Assessoria de Imprensa do Ministério dos Transportes. Foi também Gerente de Comunicação da RFFSA - Rede Ferroviária Federal S/A.
Suas últimas funções em assessoria de imprensa foram na empresa de mineração Paranapanema. Desde então, atua como redator de publicações corporativas, como gerente da empresa RR Comunicação Ltda., e produz roteiros de vídeo, relatórios anuais de empresas, folders e outras publicações institucionais.
É autor de diversas publicações institucionais da Petrobras, do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, do Sebrae, da Firjan, da Shell e outras empresas e entidades. É coautor do livro Jornalistas que valem mais de 50 contos, que narra experiências vividas na redação durante a ditadura. É colaborador habitual da Revista da Alerj, da revista Plurale e da revista eletrônica Balaio de Notícias. É membro do Conselho Fiscal da ABI - Associação Brasileira de Imprensa e edita há dois anos do boletim eletrônico semanal ABES Informa e, desde janeiro de 2010, também a revista Bio.
04 maio 2010
Mais de 40 jornalistas disputam Prêmio Octavio Brandão
Quarenta e sete jornalistas que atuam em veículos de comunicação de Alagoas participam este ano do Prêmio Octávio Brandão de Jornalismo Ambiental, promovido pela Associação Brasileira de Engenharia Sanitária (Abes-AL). Eles concorrem com sessenta e três reportagens ligadas ao meio ambiente, publicadas no período de abril/2009 a março/2010.
A categoria com mais trabalhos é Telejornalismo (24), seguida de Jornalismo Impresso Texto (23) e Jornalismo Impresso Imagem (16). Nesta sétima edição do concurso, que é patrocinado pela Braskem e tem o apoio do Sindicato dos Jornalistas, foi lançada a categoria Estudante, que registra cinco trabalhos inscritos. A pouca participação do segmento se deu em função do tempo exíguo para a produção e publicação das matérias nos veículos laboratórios. A Abes, a Braskem e o Sindjornal esperam uma participação maior dos estudantes na edição do próximo ano.
A exemplo de 2009, os jornalistas da TV Gazeta voltaram a liderar o numero de inscrições este ano, com 19 reportagens. Em seguida aparecem os profissionais de O Jornal, com 18 trabalhos, jornal Gazeta (12), Tribuna Independente (5), TV Educativa (5) e Alagoas em Tempo (4).
O julgamento dos trabalhos começa nos próximos dias e terá duas fases. Na primeira, cinco jurados fazem uma seleção individual do que julgam ser as melhores reportagens. Posteriormente, eles se reúnem para eleger o primeiro, segundo e terceiro lugar em cada categoria. A premiação, além de troféus, será de R$ 4 mil, R$ 3 mil e R$ 2 mil, respectivamente. Para a categoria Estudante, o prêmio será único, no valor de R$ 1 mil.
A maioria da comissão julgadora virá de outros estados. Ela é formada por jornalistas e técnicos da área ambiental, indicados pelo Sindicato dos Jornalistas e pela Abes-AL. Entre os jurados deste ano estão Reinaldo Canto (ex-diretor de comunicação do Greenpeace Brasil e ex-assessor do Instituto Akatu) e Fabrício Ângelo (ex-redator da Revista Digital Envolverde, Coordenador do Fórum Nacional da Rede Brasileira de Informação Ambiental, e mestre em ciência ambiental pela Universidade Federal Fluminense).
A solenidade de entrega do Prêmio Octávio Brandão de Jornalismo Ambiental será no dia 29 deste mês, em Maceió.
Fonte: Sindjornal e NEJ-AL
A categoria com mais trabalhos é Telejornalismo (24), seguida de Jornalismo Impresso Texto (23) e Jornalismo Impresso Imagem (16). Nesta sétima edição do concurso, que é patrocinado pela Braskem e tem o apoio do Sindicato dos Jornalistas, foi lançada a categoria Estudante, que registra cinco trabalhos inscritos. A pouca participação do segmento se deu em função do tempo exíguo para a produção e publicação das matérias nos veículos laboratórios. A Abes, a Braskem e o Sindjornal esperam uma participação maior dos estudantes na edição do próximo ano.
A exemplo de 2009, os jornalistas da TV Gazeta voltaram a liderar o numero de inscrições este ano, com 19 reportagens. Em seguida aparecem os profissionais de O Jornal, com 18 trabalhos, jornal Gazeta (12), Tribuna Independente (5), TV Educativa (5) e Alagoas em Tempo (4).
O julgamento dos trabalhos começa nos próximos dias e terá duas fases. Na primeira, cinco jurados fazem uma seleção individual do que julgam ser as melhores reportagens. Posteriormente, eles se reúnem para eleger o primeiro, segundo e terceiro lugar em cada categoria. A premiação, além de troféus, será de R$ 4 mil, R$ 3 mil e R$ 2 mil, respectivamente. Para a categoria Estudante, o prêmio será único, no valor de R$ 1 mil.
A maioria da comissão julgadora virá de outros estados. Ela é formada por jornalistas e técnicos da área ambiental, indicados pelo Sindicato dos Jornalistas e pela Abes-AL. Entre os jurados deste ano estão Reinaldo Canto (ex-diretor de comunicação do Greenpeace Brasil e ex-assessor do Instituto Akatu) e Fabrício Ângelo (ex-redator da Revista Digital Envolverde, Coordenador do Fórum Nacional da Rede Brasileira de Informação Ambiental, e mestre em ciência ambiental pela Universidade Federal Fluminense).
A solenidade de entrega do Prêmio Octávio Brandão de Jornalismo Ambiental será no dia 29 deste mês, em Maceió.
Fonte: Sindjornal e NEJ-AL
29 abril 2010
É possível uma metrópole verde?
Por Reinaldo Canto*
Instituto Mananciais encara o desafio de trabalhar pelo desenvolvimento sustentável no extremo sul de São Paulo.
Se o Brasil por si só é um país de fortes contrastes e desigualdades conhecidas em todo o mundo, a cidade de São Paulo tem na sua região sul, a potencialização desse cenário. O bairro de Parelheiros ocupa 25% de toda área do município, a maior parte dela (mais de 60%) composta de áreas verdes fundamentais para o equilíbrio ambiental de São Paulo. Destaque para os Parques Estaduais da Serra do Mar e da Cratera; para as Áreas de Preservação Ambiental (APAs) Capivari-Monos e Bororé-Colônia e três bacias hidrográficas Capivari, Guarapiranga e Billings responsáveis pelo o fornecimento de água para 30% da população da Grande São Paulo. Ao lado da riqueza e exuberância de sua biodiversidade, convive outra realidade: os mais baixos índices de desenvolvimento humano (IDH) da metrópole, contando entre outros dados, com altos índices de desemprego, gravidez precoce e ocupações irregulares que afetam seus mais de 200 mil habitantes.
O Instituto para o Desenvolvimento Sustentável dos Mananciais, desde a sua formação há 4 anos quando apoiou a realização da I Conferência Científica da Cratera de Colônia, acredita que é possível conciliar desenvolvimento social com preservação ambiental contanto que, para isso, leve-se em consideração os interesses e necessidades da população local.
É preciso que o cidadão se sinta inserido nos projetos voltados para a sustentabilidade e enxergue neles a real possibilidade de inclusão social e progresso pessoal para os membros da comunidade. O verde e a água presentes em seu território, que tantos benefícios trás para a cidade, tem de ser visto pela população como um aliado e não como um inimigo. Ao se alcançar essa meta, o morador local passa a ser o principal guardião das riquezas naturais da região, pronto para preservar e fiscalizar qualquer agressão ao seu patrimônio.
Educação Ambiental e alternativa sustentável
Para cumprir sua missão de trabalhar pelo desenvolvimento sustentável da região de Parelheiros e Capela do Socorro, o Instituto Mananciais teve recentemente aprovado o “Projeto-Piloto Viveiro – Escola Bambu, A Madeira do Futuro”, junto ao Fundo Especial de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (FEMA) para cultivo, manuseio, manutenção de mudas de bambu em viveiro escola que será montado na região. Um dos objetivos do projeto é demonstrar que existem maneiras sustentáveis e viáveis de substituição ao uso da madeira de desmatamento que vem sendo usada principalmente na construção civil. O projeto também prevê ações de educação ambiental em parceria com pequenos agricultores da região, palestras e oficinas práticas de sustentabilidade.
Presença Institucional em defesa da região
O Instituto também obteve uma importante conquista ao obter assento no Conselho Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (CADES) da Secretaria do Verde e Meio Ambiente da capital eleito para o biênio 2010/2012 representando a região de Parelheiros. Além do CADES, o Instituto também tem desempenhado importante papel no Conselho Gestor da APA Capivari-Monos, no Conselho Gestor do Parque Linear de Parelheiros no segmento pertencente a entidades ambientalistas, além de participar do Conselho Regional para o Desenvolvimento Sustentável e Cultura de Paz de Parelheiros no segmento reservado à sociedade.
Esperamos que o trabalho do Instituto Mananciais continue a conquistar um espaço importante no apoio as causas da população e contribua decisivamente para o desenvolvimento sustentável de Parelheiros e região.
* Reinaldo Canto é Diretor-Executivo do Instituto para o Desenvolvimento Sustentável dos Mananciais, é jornalista, palestrante, consultor e articulista das mídias ambientais
Email: reicanto@uol.com.br
Instituto Mananciais encara o desafio de trabalhar pelo desenvolvimento sustentável no extremo sul de São Paulo.
Se o Brasil por si só é um país de fortes contrastes e desigualdades conhecidas em todo o mundo, a cidade de São Paulo tem na sua região sul, a potencialização desse cenário. O bairro de Parelheiros ocupa 25% de toda área do município, a maior parte dela (mais de 60%) composta de áreas verdes fundamentais para o equilíbrio ambiental de São Paulo. Destaque para os Parques Estaduais da Serra do Mar e da Cratera; para as Áreas de Preservação Ambiental (APAs) Capivari-Monos e Bororé-Colônia e três bacias hidrográficas Capivari, Guarapiranga e Billings responsáveis pelo o fornecimento de água para 30% da população da Grande São Paulo. Ao lado da riqueza e exuberância de sua biodiversidade, convive outra realidade: os mais baixos índices de desenvolvimento humano (IDH) da metrópole, contando entre outros dados, com altos índices de desemprego, gravidez precoce e ocupações irregulares que afetam seus mais de 200 mil habitantes.
O Instituto para o Desenvolvimento Sustentável dos Mananciais, desde a sua formação há 4 anos quando apoiou a realização da I Conferência Científica da Cratera de Colônia, acredita que é possível conciliar desenvolvimento social com preservação ambiental contanto que, para isso, leve-se em consideração os interesses e necessidades da população local.
É preciso que o cidadão se sinta inserido nos projetos voltados para a sustentabilidade e enxergue neles a real possibilidade de inclusão social e progresso pessoal para os membros da comunidade. O verde e a água presentes em seu território, que tantos benefícios trás para a cidade, tem de ser visto pela população como um aliado e não como um inimigo. Ao se alcançar essa meta, o morador local passa a ser o principal guardião das riquezas naturais da região, pronto para preservar e fiscalizar qualquer agressão ao seu patrimônio.
Educação Ambiental e alternativa sustentável
Para cumprir sua missão de trabalhar pelo desenvolvimento sustentável da região de Parelheiros e Capela do Socorro, o Instituto Mananciais teve recentemente aprovado o “Projeto-Piloto Viveiro – Escola Bambu, A Madeira do Futuro”, junto ao Fundo Especial de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (FEMA) para cultivo, manuseio, manutenção de mudas de bambu em viveiro escola que será montado na região. Um dos objetivos do projeto é demonstrar que existem maneiras sustentáveis e viáveis de substituição ao uso da madeira de desmatamento que vem sendo usada principalmente na construção civil. O projeto também prevê ações de educação ambiental em parceria com pequenos agricultores da região, palestras e oficinas práticas de sustentabilidade.
Presença Institucional em defesa da região
O Instituto também obteve uma importante conquista ao obter assento no Conselho Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (CADES) da Secretaria do Verde e Meio Ambiente da capital eleito para o biênio 2010/2012 representando a região de Parelheiros. Além do CADES, o Instituto também tem desempenhado importante papel no Conselho Gestor da APA Capivari-Monos, no Conselho Gestor do Parque Linear de Parelheiros no segmento pertencente a entidades ambientalistas, além de participar do Conselho Regional para o Desenvolvimento Sustentável e Cultura de Paz de Parelheiros no segmento reservado à sociedade.
Esperamos que o trabalho do Instituto Mananciais continue a conquistar um espaço importante no apoio as causas da população e contribua decisivamente para o desenvolvimento sustentável de Parelheiros e região.
* Reinaldo Canto é Diretor-Executivo do Instituto para o Desenvolvimento Sustentável dos Mananciais, é jornalista, palestrante, consultor e articulista das mídias ambientais
Email: reicanto@uol.com.br
09 abril 2010
Os caminhos do ceticismo e o futuro da humanidade
Por Reinaldo Canto* especial para a Envolverde
A Organização Meteorológica Mundial anunciou dias atrás que a década passada foi a mais quente desde que os primeiros registros sobre o tema começaram a ser analisados, ou seja, desde 1850. O ano de 2009 foi o quinto mais quente desses 160 anos de registros e ainda contou com graves alterações climáticas sentidas em todas as partes do planeta. A elevação da temperatura na década chegou a 0,22 graus Celsius e a previsão dos especialistas é de que continuará a subir.
A entidade ainda apontou que os eventos climáticos extremos, como enchentes, tornados e secas bíblicas, observados em todo o mundo, são reflexo direto do aquecimento global.
Um desses reflexos resultou, recentemente, no desaparecimento de uma ilha no Oceano Índico que era disputada por Índia e Bangladesh. Cientistas da Escola de Estudos Oceanográficos da Universidade Jadavpur, em Calcutá, na Índia, divulgaram que a causa da submersão da ilha foi o aumento do nível do oceano, um dos terríveis efeitos do aquecimento global.
Diante desses fatos comprovados cientificamente e divulgados exaustivamente nos relatórios do IPCC (sigla em inglês do Painel Intergovernamental para Mudanças Climáticas da ONU), composto por alguns milhares de cientistas ao redor do mundo dando conta dessas alterações climáticas, era de se esperar que um consenso se tornasse o norteador das ações em prol das medidas necessárias para se evitar tragédias ainda maiores. Mas após, ou melhor, durante mesmo a realização da COP-15, no final do ano em Copenhague, o coro dos chamados “céticos” voltou a inflamar as discussões em torno do questionamento quanto a realidade do aquecimento global.
O vazamento dos famosos emails do IPCC dando conta de possíveis exageros nas previsões futuras das conseqüências das mudanças climáticas, com destaque para a velocidade do degelo no Himalaia, também contribuiu para reforçar a corrente contrária a ações para reduzir e compensar as emissões dos gases de efeito estufa (GEEs).
Em recente debate em São Paulo, um representante dos céticos comentou que não devemos ser contra o gás carbônico, CO², pois ele é um dos principais responsáveis pela vida no planeta. Como se os gases que saem dos escapamentos e das chaminés, ao invés de simples queima de petróleo e carvão mineral, entre outros, fossem transmissores da vida e, não compostos de gases altamente poluentes e extremamente danosos à saúde humana.
Mesmo as correntes dos céticos possuem duas divisões bem claras. A primeira refere-se aos que acreditam que a Terra está aquecendo, mas como conseqüência de um ciclo natural do planeta e não por responsabilidade humana. A outra vertente já afirma que o aquecimento global é uma lenda urbana e, muito ao contrário, estamos todos passando pelo processo de resfriamento global.
Ambos apenas concordam que a divulgação do agravamento do efeito estufa faz parte de um complô engendrado por “grupos” que querem impedir o desenvolvimento humano, principalmente, impedindo que os países pobres alcancem um patamar que garanta um padrão de vida e de consumo superior para os seus habitantes tão sofridos.
Lembrando nosso polêmico e genial dramaturgo, Nelson Rodrigues, toda unanimidade deve ser considerada burra. A dúvida, a discordância são parte integrante da natureza humana e muito já contribuiram para o desenvolvimento intelectual de nossa espécie. Mas nem por isso devemos deixar de questionar a visão dos céticos do aquecimento global, por não conseguirem enxergar além dessa fumaça provocada pelos gases de efeito estufa.
A questão é o modelo de desenvolvimento insustentável
Os esforços e preocupações globais para reduzir os efeitos do aquecimento do planeta vêm ocupando um espaço cada vez maior na agenda dos chefes de estado, organismos multilaterais e empresas ao redor do mundo na busca de alternativas economicamente viáveis. A adoção de energias limpas e renováveis no lugar dos combustíveis fósseis; o cuidado com o uso e o tratamento da água nas empresas e cidades; a reciclagem e o reaproveitamento de materiais e matérias-primas nos processos industriais; a gestão adequada dos resíduos sólidos e o investimento no transporte público nas grandes cidades são algumas das muitas ações que são divulgadas todos os dias pelos veículos de comunicação. Somadas as campanhas de consumo consciente transmitidas aos cidadãos está montado um cenário virtuoso que, apesar de ainda limitado, instiga todos esses atores presentes a esse cenário planetário, a tomarem atitudes mais sustentáveis.
Aí entra a crítica mais severa aos céticos. O que se pretende com essa negação? Desestimular as ações em curso? Questionar a sua validade?
Muitos deles, claro que existem exceções, mas muitos deles contestam os números e fatos do aquecimento global, mas sem propor mudanças no nosso atual modelo de desenvolvimento. É como se o fato de considerarem o aquecimento global uma mentira, também considerassem que uma sociedade altamente consumista, predadora e insaciável, fosse totalmente defensável.
Já que não temos aquecimento global, tudo está na mais perfeita ordem!
Isso significa que não estamos consumindo além da capacidade de reposição do planeta?
Não estamos contaminando a água, um bem vital para a nossa sobrevivência, de um modo alarmante?
Não estamos destruindo nossas florestas e nossa biodiversidade de maneira praticamente irreversível?
Vejo as tentativas de desqualificar os estudos que comprovam os efeitos do aquecimento global e das mudanças climáticas pela ação humana, como uma triste reação daqueles que temem a quebra de paradigma do desenvolvimento atual.
Eles esquecem que a contestação a um modelo que vem se mostrando insustentável é infinitamente mais importante do que entrar em discussões intermináveis tentando prever em quantos anos as geleiras do Himalaia irão derreter. Mais importante é intensificar e acelerar as ações que visem garantir um futuro mais ameno, seja em relação ao clima, seja em termos de conforto e qualidade de vida para as próximas gerações.
* Jornalista, consultor e palestrante, foi diretor de comunicação do Greenpeace e coordenador de comunicação do Instituto Akatu pelo Consumo Consciente.
A Organização Meteorológica Mundial anunciou dias atrás que a década passada foi a mais quente desde que os primeiros registros sobre o tema começaram a ser analisados, ou seja, desde 1850. O ano de 2009 foi o quinto mais quente desses 160 anos de registros e ainda contou com graves alterações climáticas sentidas em todas as partes do planeta. A elevação da temperatura na década chegou a 0,22 graus Celsius e a previsão dos especialistas é de que continuará a subir.
A entidade ainda apontou que os eventos climáticos extremos, como enchentes, tornados e secas bíblicas, observados em todo o mundo, são reflexo direto do aquecimento global.
Um desses reflexos resultou, recentemente, no desaparecimento de uma ilha no Oceano Índico que era disputada por Índia e Bangladesh. Cientistas da Escola de Estudos Oceanográficos da Universidade Jadavpur, em Calcutá, na Índia, divulgaram que a causa da submersão da ilha foi o aumento do nível do oceano, um dos terríveis efeitos do aquecimento global.
Diante desses fatos comprovados cientificamente e divulgados exaustivamente nos relatórios do IPCC (sigla em inglês do Painel Intergovernamental para Mudanças Climáticas da ONU), composto por alguns milhares de cientistas ao redor do mundo dando conta dessas alterações climáticas, era de se esperar que um consenso se tornasse o norteador das ações em prol das medidas necessárias para se evitar tragédias ainda maiores. Mas após, ou melhor, durante mesmo a realização da COP-15, no final do ano em Copenhague, o coro dos chamados “céticos” voltou a inflamar as discussões em torno do questionamento quanto a realidade do aquecimento global.
O vazamento dos famosos emails do IPCC dando conta de possíveis exageros nas previsões futuras das conseqüências das mudanças climáticas, com destaque para a velocidade do degelo no Himalaia, também contribuiu para reforçar a corrente contrária a ações para reduzir e compensar as emissões dos gases de efeito estufa (GEEs).
Em recente debate em São Paulo, um representante dos céticos comentou que não devemos ser contra o gás carbônico, CO², pois ele é um dos principais responsáveis pela vida no planeta. Como se os gases que saem dos escapamentos e das chaminés, ao invés de simples queima de petróleo e carvão mineral, entre outros, fossem transmissores da vida e, não compostos de gases altamente poluentes e extremamente danosos à saúde humana.
Mesmo as correntes dos céticos possuem duas divisões bem claras. A primeira refere-se aos que acreditam que a Terra está aquecendo, mas como conseqüência de um ciclo natural do planeta e não por responsabilidade humana. A outra vertente já afirma que o aquecimento global é uma lenda urbana e, muito ao contrário, estamos todos passando pelo processo de resfriamento global.
Ambos apenas concordam que a divulgação do agravamento do efeito estufa faz parte de um complô engendrado por “grupos” que querem impedir o desenvolvimento humano, principalmente, impedindo que os países pobres alcancem um patamar que garanta um padrão de vida e de consumo superior para os seus habitantes tão sofridos.
Lembrando nosso polêmico e genial dramaturgo, Nelson Rodrigues, toda unanimidade deve ser considerada burra. A dúvida, a discordância são parte integrante da natureza humana e muito já contribuiram para o desenvolvimento intelectual de nossa espécie. Mas nem por isso devemos deixar de questionar a visão dos céticos do aquecimento global, por não conseguirem enxergar além dessa fumaça provocada pelos gases de efeito estufa.
A questão é o modelo de desenvolvimento insustentável
Os esforços e preocupações globais para reduzir os efeitos do aquecimento do planeta vêm ocupando um espaço cada vez maior na agenda dos chefes de estado, organismos multilaterais e empresas ao redor do mundo na busca de alternativas economicamente viáveis. A adoção de energias limpas e renováveis no lugar dos combustíveis fósseis; o cuidado com o uso e o tratamento da água nas empresas e cidades; a reciclagem e o reaproveitamento de materiais e matérias-primas nos processos industriais; a gestão adequada dos resíduos sólidos e o investimento no transporte público nas grandes cidades são algumas das muitas ações que são divulgadas todos os dias pelos veículos de comunicação. Somadas as campanhas de consumo consciente transmitidas aos cidadãos está montado um cenário virtuoso que, apesar de ainda limitado, instiga todos esses atores presentes a esse cenário planetário, a tomarem atitudes mais sustentáveis.
Aí entra a crítica mais severa aos céticos. O que se pretende com essa negação? Desestimular as ações em curso? Questionar a sua validade?
Muitos deles, claro que existem exceções, mas muitos deles contestam os números e fatos do aquecimento global, mas sem propor mudanças no nosso atual modelo de desenvolvimento. É como se o fato de considerarem o aquecimento global uma mentira, também considerassem que uma sociedade altamente consumista, predadora e insaciável, fosse totalmente defensável.
Já que não temos aquecimento global, tudo está na mais perfeita ordem!
Isso significa que não estamos consumindo além da capacidade de reposição do planeta?
Não estamos contaminando a água, um bem vital para a nossa sobrevivência, de um modo alarmante?
Não estamos destruindo nossas florestas e nossa biodiversidade de maneira praticamente irreversível?
Vejo as tentativas de desqualificar os estudos que comprovam os efeitos do aquecimento global e das mudanças climáticas pela ação humana, como uma triste reação daqueles que temem a quebra de paradigma do desenvolvimento atual.
Eles esquecem que a contestação a um modelo que vem se mostrando insustentável é infinitamente mais importante do que entrar em discussões intermináveis tentando prever em quantos anos as geleiras do Himalaia irão derreter. Mais importante é intensificar e acelerar as ações que visem garantir um futuro mais ameno, seja em relação ao clima, seja em termos de conforto e qualidade de vida para as próximas gerações.
* Jornalista, consultor e palestrante, foi diretor de comunicação do Greenpeace e coordenador de comunicação do Instituto Akatu pelo Consumo Consciente.
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