As cidades precisam cumprir os prazos estabelecidos pela Lei de Resíduos Sólidos já no começo de agosto
Por Reinaldo Canto*
A Copa do Mundo termina em 13 de julho e pouco menos de um mês mais tarde, em 2 de agosto, um novo desafio terá lugar e envolve a participação de todos os prefeitos brasileiros. Entre um jogo e outro da copa, os administradores municipais deverão estar atentos ao cumprimento de suas obrigações e que deveriam preocupa-los bem mais do que as possíveis vitórias ou derrotas do escrete canarinho.
Daqui a menos de três meses, vai se encerrar o prazo estipulado pela Política Nacional de Resíduos Sólidos para que os municípios brasileiros deem destinação adequada aos seus resíduos e rejeitos. Simplificando, todas as cidades brasileiras precisariam eliminar os lixões ainda em atividade. Vale lembrar que ao menos 60% dos municípios do país despejam lá seus resíduos. São mais de 3 mil lixões ainda em atividade,
principalmente em pequenas e médias cidades que, tristemente, permanecem em funcionamento pelo país afora.
Os lixões são depósitos absurdos sem qualquer controle e fontes de enormes impactos ambientais causadoras de criminosas contaminações, por exemplo, do solo, dos lençóis freáticos, fontes de água e até mesmo responsáveis pela proliferação de insetos transmissores de inúmeras doenças. Portanto, um perigo constante à saúde e à qualidade de vida de todos. Esses lixões precisarão dar lugar a aterros sanitários que, se não representam uma solução perfeita, ao menos são locais mais adequados para o depósito dos rejeitos e que evitam problemas como os citados anteriormente.
As cidades também possuem outras responsabilidades que precisam ser atendidas para dar cumprimento a Lei Nacional de Resíduos Sólidos. Entre as mais importantes estão a adoção de políticas de gestão eficiente dos resíduos para que a menor quantidade possível desses materiais precise ser encaminhada para os aterros. E, para que isso seja possível, deverá ser acompanhada da implantação ou ampliação da coleta seletiva com apoio efetivo ao trabalho desenvolvido pelas cooperativas de catadores. Capacitar essas pessoas e dar-lhes condições dignas de trabalho são requisitos fundamentais para o sucesso da lei e para a melhoria das condições de vida e trabalho desses profissionais. Mais de um milhão de pessoas trabalham e sobrevivem da reciclagem, muitos deles em condições bastante precárias.
Além, é claro, de se adotarem eficientes campanhas educativas para conscientizar e engajar toda a sociedade para a importância dessas medidas. Essas são maneiras de, não só cumprir a lei, mas de resolver um sério problema enfrentado quase sem exceção, em menor ou maior grau, por todos os municípios do País.
Gestão estratégica para as cidades
Atualmente, segundo dados da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais, cerca de 24 milhões de toneladas de resíduos ainda têm destino inadequado. Materiais que poderiam voltar a cadeia produtiva das empresas ou reaproveitados pelas pessoas são enviados para lixões e aterros apenas controlados – locais não adequados para receber os resíduos. Mais grave ainda são as 6,2 milhões de toneladas de lixo que sequer são coletadas, sendo lançadas em terrenos, valas, rios, ruas e terrenos baldios, em flagrante desrespeito as leis e ao bom senso.
É importante também destacar que, desde a aprovação da Lei Nacional de Resíduos Sólidos em 2010, foram muitas as cidades que buscaram se adequar a essa nova realidade na gestão dos resíduos. Por volta de 60% das quase 56 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos coletados anualmente no País já têm destino ambientalmente adequado.
O Brasil produz mais de 220 mil toneladas de lixo domiciliar por dia, o que resulta em mais de um quilo por pessoa. Ao menos 90% de todo esse material poderia ser reaproveitado, reutilizado ou reciclado. Apenas 3% acabam sendo efetivamente reciclados para ter um destino mais nobre do que o de se degradar e contaminar o nosso ambiente.
Os especialistas calculam que o Brasil deixa de ganhar ao menos 8 bilhões de reais por ano ao não reciclar toda essa grande quantidade de resíduos gerados no país. Imagine também quantos empregos poderiam ser criados caso tivéssemos toda essa cadeia produtiva em funcionamento.
A partir de agosto, as administrações municipais correrão o sério risco de responder por crime ambiental e enfrentar ações de improbidade administrativa, inclusive com implicações de perda de mandato se os resíduos não tiverem a destinação adequada. Esperemos que tais medidas não sejam necessárias, afinal um ambiente saudável para se viver nas cidades brasileiras é algo que faz parte das principais e corriqueiras atribuições de qualquer prefeito.
* Artigo publicado originalmente na coluna do autor no site da revista Carta Capital: http://www.cartacapital.com.br/
Reinaldo Canto é jornalista, consultor e palestrante. Foi diretor de Comunicação do Greenpeace e coordenador de Comunicação do Instituto Akatu. É colunista da revista Carta Capital, da Rádio Trianon, do Portal Mercado Ético, colaborador da Envolverde, comentarista da Rede Vida e professor de Gestão Ambiental na FAPPES.
Blog: cantodasustentabilidade.blogspot.com
site: www.ecocanto21.com.br
email: reicanto@uol.com.br
Linkedin: Reinaldo Canto
Facebook: Reinaldo Canto e ecocanto21
MSN: rreicanto@hotmail.com
Skype: reinaldo.canto
03 maio 2014
São Paulo: Participe de audiência pública sobre o Código Florestal
Quarta-feira, dia 7 de maio, haverá uma audiência pública sobre o projeto de lei (PL) 219 que dispõe sobre o Programa de Regularização Ambiental das propriedades e imóveis rurais do Estado de São Paulo, relacionado ao Código Florestal. Roberto Resende, presidente da Iniciativa Verde e engenheiro agrônomo, fará parte de mesa redonda que debaterá o tema. Ele participará representando a organização, o Observatório do Código Florestal e aRede de ONGs da Mata Atlântica.
Segundo artigo de Resende publicado no site da Iniciativa Verde (leia na íntegra), o governo paulista pouco avançou no assunto lançado sua modalidade de Cadastro Ambiental Rural (CAR). O Executivo também não apresentou medidas ou diretrizes para a regulamentação do novo Código. Além disso, de acordo com engenheiro agrônomo, o PL 219 tem uma redação que repete conteúdos e termos da Lei Federal. Ou seja, o projeto pouco inova e ainda traz pontos que implicam em mais retrocesso.
Contribua para a discussão. Participe da audiência pública!

02 maio 2014
AQUECIMENTO GLOBAL: PASSOU A HORA DE AGIR
Novos estudos reforçam as evidências sobre a decisiva contribuição humana para o aumento da temperatura média do planeta. Por Reinaldo Canto
Os resultados divulgados no mês passado pelo IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, em tradução de sua sigla em inglês) reforçaram o que já era de conhecimento até, plagiando Mino Carta, do mundo mineral. O relatório mais uma vez ratifica que o ser humano e suas atividades de alto impacto ambiental têm causado mudanças substanciais na dinâmica climática do planeta. A emissão dos chamados gases de efeito estufa continua, desculpe o trocadilho, a todo vapor e os problemas acarretados por esse fenômeno só tendem a piorar dramaticamente o que já está afetando a vida de bilhões de pessoas.
Tudo bem que não é necessário ser cientista para perceber que alguma coisa muito errada já vinha acontecendo com o nosso clima e não é de hoje. Os fenômenos climáticos extremos estão cada vez mais presentes em nosso cotidiano. Mas nada melhor do que estudiosos gabaritados para respaldar com informações e pesquisas exaustivas a constatação de que o aquecimento global é sim uma realidade nua e crua. Gostem ou não gostem nossas autoridades públicas, dirigentes de grandes corporações, especuladores e representantes do mercado financeiro, todos tão zelosos por seus interesses mais particulares que coletivos, será preciso agir para salvar os dedos mesmo que seja necessário entregar alguns poucos anéis.
De qualquer forma, o novo relatório do IPCC apontou, entre suas principais conclusões, que não há mais como duvidar do aquecimento global e da ação humana para esse fenômeno. E, a partir dessa constatação, para que não ultrapassemos dois graus Celsius no aumento da temperatura média na Terra, seria necessário interromper imediatamente a emissão de gases de efeito estufa, produzidos principalmente pela queima de combustíveis fósseis (petróleo, carvão, gás natural, etc.).
O lado mais pessimista do texto conclui ser o aquecimento do planeta algo irreversível. Seria necessária, para evitar piores resultados no futuro próximo, uma imediata e inadiável ação em escala global. Certo também, como apontado pelo documento, é que neste exato momento não estamos preparados para enfrentar essas mudanças.
Segurança Alimentar
O relatório reserva um espaço importante para abordar a produção de alimentos. No estudo anterior, divulgado em 2007, o IPCC levantava a hipótese de que o aumento da temperatura poderia beneficiar a agricultura de regiões mais frias, o que talvez compensasse as perdas em outras áreas mais quentes. Neste novo texto, essa possibilidade ficou descartada, pois os impactos negativos que já vem sendo registrados em culturas fundamentais, como arroz, milho e trigo, não serão capazes de equilibrar a oferta de alimentos. Aliás, entre os maiores perigos destacados pelo IPCC está justamente o aumento no preço dos principais gêneros alimentícios, um dos mais preocupantes. A perda de áreas agricultáveis devido ao calor excessivo deve aumentar as causas de instabilidade que já afetam um grande número de países. A fome e as imigrações forçadas tendem a se multiplicar e trazer ainda mais sofrimento para milhões de pessoas, principalmente as que vivem nas nações mais pobres e desprovidas de uma boa infraestrutura para enfrentar os problemas criados pelo aquecimento global.
Por mais fatalista que seja o novo relatório das mudanças climáticas, não nos resta outra atitude a não ser enfrenta-las seriamente. Os fatos estão aí à disposição de todos. Se já era difícil entender a letargia de nossos líderes mesmo com tantas evidências, agora diante dessas novas comprovações resta perguntar: o que mais será preciso para começar a agir?
O FÓRUM BRASILEIRO DE FINANÇAS SOCIAIS E NEGÓCIOS DE IMPACTO ACONTECE NA PRÓXIMA SEMANA EM SÃO PAULO!!
Estão confirmadas as participações de alguns dos maiores especialistas
em Setor 2,5 do Brasil e do Mundo
Nos próximos dias 6 e
7 de maio, respectivamente terça e quarta-feira, no Complexo Cultural Tomie
Ohtake, a capital paulista será palco de discussões e debates que unem a
lucratividade com os melhores projetos
de cunho social e ambiental. O evento é uma iniciativa conjunta da
ARTEMISIA, do Instituto de Cidadania Empresarial (ICE) e da Vox Capital. Antes,
no dia 5 de maio, na segunda-feira, seis workshops serão realizados em parceria
com o The Hub (confira a programação completa e confirmada do fórum no site: www.investirparatransformar.com.br
).
Entre os principais objetivos do evento está o de fortalecer
o ecossistema das finanças sociais e negócios de impacto do país por meio da
apresentação de cases de sucesso, da
identificação de oportunidades e desafios que estimulem a alocação de novos
capitais e novas formas de investimentos geradores de impacto social no Brasil.
Durante os dois dias do encontro serão debatidos temas
estruturais, entre os quais, as possibilidades de inovação nos investimentos, a
perspectiva dos empreendedores o papel dos desenvolvedores do
ecossistema, oportunidades por setor, avaliação de impacto social, o
desenvolvimento de talentos para o campo, novos modelos de negócios podem gerar
impacto social, e a inserção desses
negócios nas cadeias de valor de grandes empresas.
Palestrantes com
atuação destacada em Finanças Sociais e Negócios de Impacto Social
O Fórum contará com a
participação de mais de 80 palestrantes nacionais e internacionais considerados
referência nas discussões e na construção dessa nova temática. Entre as
presenças internacionais confirmadas estão:
Al Etmanski Presidente e cofundador da
Planned Lifetime Advocacy Network (PLAN),
é um renomado escritor, advogado e empresário social, Desde os anos 80, o canadense Etmanski começou questionar sobre
o destino das crianças com deficiência depois da morte dos pais. A missão da
PLAN é ajudar famílias a assegurar o futuro de seus parentes com deficiências e
promover sua saúde e bem-estar mental. A base de e seu trabalho consiste na
construção de redes de afeto entre os indivíduos portadores de necessidades
especiais e a contribuição social dessas pessoas que resulta em cidadania, a
autossuficiência financeira e o comprometimento total da família no programa.
Pelos excelentes resultados alcançados com seu trabalho Al Etmanski já
recebeu diversos prêmios, entre eles, Prêmio de Liderança da Simon Fraser University, na
cidade de Vancouver no Canadá e Medalha Jubileu da Rainha.
Eliza Erikson, diretora de investimentos da Omidyar
Network, é uma das maiores especialistas em empreendedorismo e iniciativas em
finanças inclusivas no mundo. Entre seus muitos títulos, Eliza recebeu um MPP –
Master of Public Policy por seu trabalho em finanças na avaliação do programa
da John F. Kennedy School of Government
da Universidade Harvard. Ela também possui formação diversificada no desenvolvimento
global das finanças onde administra os investimentos em empreendedorismo e
iniciativas de inclusão financeira. Seu foco principal é investir em
organizações que criam oportunidades econômicas para milhões de pessoas que
vivem na base da pirâmide.
Na Omidyar Network Eliza Erikson hoje trabalha com organizações que atuam em
projetos de finanças sociais na América Latina.
Michelle Giddens é sócia e
fundadora da Brigde Ventures possui uma bagagem respeitável com mais de 15 anos
de atuação em projetos internacionais ligados às finanças sociais. Nos anos 90,
Michelle já havia ocupado o posto de oficial de Investimento no International Finance Corporation, braço de
financiamento junto ao setor privado do
Banco Mundial na Europa Oriental. Em seguida, passou 8 anos no Shorebank
Corporation, que era um dos principais bancos de desenvolvimento comunitário
nos EUA. Depois gerenciou diversos
programas de empréstimos de pequenos negócios na Rússia, Europa Central e
Oriental e prestou, aconselhamento sobre microfinanças, em Bangladesh, no
Oriente Médio e na Mongólia.
Entre os palestrantes brasileiros estão:
Antonio Ermírio de Moraes Neto, sócio e
cofundador da Vox Capital é formado em administração pública pela
Fundação Getulio Vargas. Herdeiro do Grupo Votorantim, Antonio Ermírio diz que
sempre sonhou em trabalhar com empreendedorismo social. Seu sonho começou a se
tornar realidade após uma década de atuação como voluntário em organizações
ligadas ao empreendedorismo. No início de 2010, ao lado de dois sócios, fundou
o Vox Capital, primeiro fundo de investimento em empreendimentos sociais do
Brasil. Mesmo ainda sendo muito jovem, ele está com 25 anos, Antonio tem uma experiência
considerável que ainda inclui um estágio na Endeavor e um curso na Babson
College, uma das principais universidades de empreendedorismo do mundo.
Luiz Ros é gerente do Setor de Oportunidades para a Maioria (OM)
do BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento. Ros acredita que o BID está
atento a necessidade e a oportunidade de unir-se ao setor privado para ajudar
as empresas dos países latino-americanos a inovar e criar modelos de negócios
para atender a base da pirâmide, principalmente as classes D e E. Luis Ros é bacharel e mestre em
Economia, além de mestre em Relações Internacionais e Economia Ambiental,
pela Universidade de Brasília. Foi professor visitante na State University of
New York em Syracuse, nos Estados Unidos.
|
SOBRE AS ORGANIZADORAS
DO FÓRUM
ARTEMISIA -
É a organização pioneira na
disseminação e no fomento de negócios de impacto social no Brasil e sua
missão é inspirar, capacitar e potencializar talentos e empreendedores para
criar uma nova geração de negócios que rompam com os padrões precedentes e
(re)signifiquem o verdadeiro papel que os negócios podem ter na construção de
um país com iguais oportunidades para todos.
|
||||
ICE
– Instituto de Cidadania Empresarial
VOX
CAPITAL
PATROCINADORES
E APOIADORES
|
Patrocinadores Máster: BNDES e Governo Federal, CPFL Energia, Fundação
Telefônica, Instituto Camargo Corrêa
Patrocinador Ouro: Instituto Votorantim
Patrocinadores Prata: BID/Fumin e Sebrae
Aliados Estratégicos: INSEAD e Potencia Ventures
Apoio Exclusivo de Mídia: PME e Exame
Parceiro Institucional: Avina Americas
Apoio: Daterra, EXPAND, LEW’LARA\TBWA
SERVIÇO
Fórum Brasileiro de Finanças Sociais e Negócios de Impacto
6 e 7 de maio de 2014
Das 9hs às 18hs:30m
Complexo Ohtake Cultural (Rua Coropés, 88, Bairro de
Pinheiros – São Paulo-SP)
CONTATOS COM A
IMPRENSA
Reinaldo Canto – Assessoria de Imprensa
fone:
11 9 9976-1610 ou email: reicanto@uol.com.br
INSCRIÇÕES E DEMAIS INFORMAÇÕES
Acesse o site www.investirparatransformar.com.br,
o e-mail forum@investirparatransformar.com.br.
07 abril 2014
FÓRUM IRÁ DISCUTIR AS POSSIBILIDADES E OPORTUNIDADES DE UNIR O SOCIAL AO CENÁRIO DAS FINANÇAS E DOS NEGÓCIOS LUCRATIVOS
Coloque na agenda! O Fórum Brasileiro de
Finanças Sociais e Negócios de Impacto será realizado nos dias 6 e 7 de maio de
2014, no Complexo Cultural Tomie Ohtake, em São Paulo numa iniciativa conjunta
da ARTEMISIA, do Instituto de Cidadania Empresarial (ICE) e da Vox Capital.
Antes, no dia 5 de maio, seis workshops serão realizados em parceria com o The
Hub (confira os detalhes da programação no site: www.investirparatransformar.com.br
).
Entre os principais objetivos do evento está o de fortalecer
o ecossistema das finanças sociais e negócios de impacto do país por meio da
apresentação de cases de sucesso, da
identificação de oportunidades e desafios que estimulem a alocação de novos
capitais e novas formas de investimentos geradores de impacto social no Brasil.
Durante os dois dias do encontro serão debatidos temas estruturais,
entre os quais, as possibilidades de inovação nos investimentos, a perspectiva
dos empreendedores o papel dos desenvolvedores do ecossistema,
oportunidades por setor, avaliação de impacto social, o desenvolvimento de
talentos para o campo, novos modelos de negócios podem gerar impacto
social, e a inserção desses negócios nas
cadeias de valor de grandes empresas.
Palestrantes com
atuação destacada em Finanças Sociais e Negócios de Impacto Social
O Fórum contará com a
participação de mais de 80 palestrantes nacionais e internacionais considerados
referência nas discussões e na construção dessa nova temática. Entre as
presenças internacionais confirmadas estão:
Al Etmanski Presidente e cofundador da
Planned Lifetime Advocacy Network (PLAN),
é um renomado escritor, advogado e empresário social, Desde os anos 80, o canadense Etmanski começou questionar sobre
o destino das crianças com deficiência depois da morte dos pais. A missão da
PLAN é ajudar famílias a assegurar o futuro de seus parentes com deficiências e
promover sua saúde e bem-estar mental. A base de e seu trabalho consiste na
construção de redes de afeto entre os indivíduos portadores de necessidades
especiais e a contribuição social dessas pessoas que resulta em cidadania, a
autossuficiência financeira e o
comprometimento
total da família no programa. Pelos excelentes resultados alcançados com seu
trabalho Al Etmanski já recebeu diversos prêmios,
entre eles, Prêmio
de Liderança da Simon Fraser University, na cidade de Vancouver no Canadá e
Medalha Jubileu da Rainha.
Eliza Erikson, diretora de investimentos da Omidyar
Network, é uma das maiores especialistas em empreendedorismo e iniciativas em
finanças inclusivas no mundo. Entre seus muitos títulos, Eliza recebeu um MPP –
Master of Public Policy por seu trabalho em finanças na avaliação do programa
da John F. Kennedy School of Government
da Universidade Harvard. Ela também possui formação diversificada no desenvolvimento
global das finanças onde administra os investimentos em empreendedorismo e
iniciativas de inclusão financeira. Seu foco principal é investir em
organizações que criam oportunidades econômicas para milhões de pessoas que
vivem na base da pirâmide.
Na Omidyar Network Eliza Erikson hoje trabalha com organizações que atuam em
projetos de finanças sociais na América Latina.
Michelle
Giddens é sócia e fundadora da Brigde Ventures possui uma bagagem respeitável
com mais de 15 anos de atuação em projetos internacionais ligados às finanças
sociais. Nos anos 90, Michelle já havia ocupado o posto de oficial de
Investimento no International Finance
Corporation, braço de financiamento junto ao setor privado do Banco Mundial na Europa Oriental. Em seguida,
passou 8 anos no Shorebank Corporation, que era um dos principais bancos de desenvolvimento
comunitário nos EUA. Depois gerenciou
diversos programas de empréstimos de pequenos negócios na Rússia, Europa
Central e Oriental e prestou, aconselhamento sobre microfinanças, em
Bangladesh, no Oriente Médio e na Mongólia.
Entre os palestrantes brasileiros estão:
Antonio Ermírio de Moraes Neto, sócio e
cofundador da Vox Capital é formado em administração pública pela
Fundação Getulio Vargas. Herdeiro do Grupo Votorantim, Antonio Ermírio diz que
sempre sonhou em trabalhar com empreendedorismo social. Seu sonho começou a se
tornar realidade após uma década de atuação como voluntário em organizações
ligadas ao empreendedorismo. No início de 2010, ao lado de dois sócios, fundou
o Vox Capital, primeiro fundo de investimento em empreendimentos sociais do
Brasil. Mesmo ainda sendo muito jovem, ele está com 25 anos, Antonio tem uma experiência
considerável que ainda inclui um estágio na Endeavor e um curso na Babson
College, uma das principais universidades de empreendedorismo do mundo.
Luiz Ros é gerente do Setor de Oportunidades para a Maioria (OM)
do BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento. Ros acredita que o BID está
atento a necessidade e a oportunidade de unir-se ao setor privado para ajudar
as empresas dos países latino-americanos a inovar e criar modelos de negócios
para atender a base da pirâmide, principalmente as classes D e E. Luis Ros é bacharel e mestre em
Economia, além de mestre em Relações Internacionais e Economia Ambiental,
pela Universidade de Brasília. Foi professor visitante na State University of
New York em Syracuse, nos Estados Unidos.
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Contexto e Oportunidades
O Fórum
irá discutir as profundas transformações no setor de investimentos sociais
ocorridas desde a década de 90. Desde
então, a diversidade de investidores ajudou a impulsionar o trabalho realizado
pelas organizações da sociedade civil. A realidade atual mostra que os recursos
tradicionais baseados na ação governamental, investimento social privado e
filantropia, tem sido insuficientes para suprir as demandas dos setores sociais
e ambientais.
Essas
dificuldades podem e devem ser indutoras na geração de oportunidades e de
alocação de novas maneiras e volumes maiores de capital privado, por meio de
uma nova área de atuação: a de Finanças e Negócios de Impacto, que combina
retorno financeiro e impacto social.
Nos últimos anos
têm surgido investidores ou doadores que contribuem com seus recursos para a
solução de problemas sociais, a partir da utilização também de mecanismos de
mercado. Eles estão buscando uma combinação de impacto social e ambiental com
retorno financeiro (distribuído ou não ao investidor), conhecido como retorno
híbrido.
Dados do Censo
de 2013 do Grupo de Institutos Fundações e Empresas (GIFE) apontam para
recursos da ordem de 2,3 bilhões de reais destinados por seus associados ao
campo socioambiental via investimento social e doações. Outra recente pesquisa,
lançada em 2010 pela Comunitas e pelo Benchmark do Investimento Social
Corporativo (BISC), aponta para 1,6 bilhões de reais destinados voluntariamente
a projetos sociais. Segundo a Charities
Aid Foundation (CAF), a relação doações/PIB para o Brasil seria da ordem de
0,05% enquanto que nos Estados Unidos esse índice se aproxima de 2%. Portanto,
existe um grande potencial para crescimento dessa taxa em nosso país.
O encontro
também vai debater o fomento aos negócios que melhoram a qualidade de vida da
população de baixa renda no Brasil.A participação efetiva das empresas na busca
por soluções sustentáveis e rentáveis deve fazer parte de seu escopo de
atuação, não se tratando de um projeto ou iniciativa separada do negócio, e sim
da atividade principal já desenvolvida pela empresa. Temas como a redução nas
condições de vulnerabilidade; maior acesso a bens e serviços essenciais; a ampliação
das oportunidades de desenvolvimento, emprego e empreendedorismo; aumento da
renda e o fortalecimento da cidadania e dos direitos individuais estarão em
foco nos dois dias do evento.
Os negócios de
impacto social no mundo movimentaram em torno de 9 bilhões de dólares no ano
passado e a previsão otimista para a próxima década estima um potencial de 650
bilhões de dólares, segundo dados do banco americano JPMorgan em parceria com a
organização Global Impact Investing Network. No Brasil os negócios sociais
geraram cerca de 250 milhões de reais em 2013 estimados pelo Plano CDE
(organização focada em pesquisa, inovação e impacto para as classes C, D e E).
Só a procura por consultorias no Sebrae para abertura de negócios sociais tem
crescido entre 30 e 40% anualmente. Entre os setores mais beneficiados pelos
negócios de impacto social estão as áreas da saúde, educação, microcrédito,
inclusão, gestão de finanças pessoais e o meio ambiente.
SOBRE AS ORGANIZADORAS
DO FÓRUM
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disseminação e no fomento de negócios de impacto social no Brasil e sua
missão é inspirar, capacitar e potencializar talentos e empreendedores para
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(re)signifiquem o verdadeiro papel que os negócios podem ter na construção de
um país com iguais oportunidades para todos.
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Telefônica, Instituto Camargo Corrêa
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Parceiro Institucional: Avina Americas
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Fórum Brasileiro de Finanças Sociais e Negócios de Impacto
6 e 7 de maio de 2014
Das 9hs às 18hs:30m
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Pinheiros – São Paulo-SP)
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IMPRENSA
Reinaldo Canto – Assessoria de Imprensa
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27 março 2014
A VEZ DA BICICLETA
É uma alternativa de transporte barata e saudável , mas que requer apoio e incentivo para se tornar realidade nas grandes cidades
Por Reinaldo Canto*
Por Reinaldo Canto*
Antonio Tajuelo/Flickr
O singelo ato de ir e vir transformou-se em questão de máxima prioridade nos centros urbanos. Mobilidade nas cidades brasileiras é pauta diária e dor de cabeça permanente para 10 em cada 10 prefeitos de grandes e médias cidades brasileiras. O tema entrou até mesmo nas discussões sobre qualidade de vida, em razão dos poluentes emitidos pelos veículos e o sedentarismo. Além, é claro, dos acidentes causados, principalmente, por motoristas inconsequentes que matam mais pessoas dos que nos casos de homicídio.
O histórico privilégio dado ao automóvel pelos gestores públicos e, mais recentemente, a sua real popularização - graças ao maior acesso a financiamentos e queda nos preços - transformaram o trânsito nas cidades praticamente insuportável.
A opção pelo transporte individual, felizmente, tem sido bastante questionada. Aos prefeitos ficou, então, a difícil missão de implementar mudanças necessárias e urgentes para fazer fluir o tráfego de pessoas em suas áreas de atuação. O problema é o que fazer e como fazer. Em geral, após décadas de soberania de obras visando atender aos carros, quaisquer medidas tomadas por esses prefeitos ou são caras ou desagradam a parcelas consideráveis da população. A construção de metrôs e monotrilhos, faixas exclusivas de ônibus e a restrição ao uso do automóvel, para ficar em algumas das mais importantes medidas, já são suficientes para acabar com o sono de muitos alcaides Brasil afora, especialmente em São Paulo e Rio de Janeiro.
Alternativa de baixo custo. Mas vale a pena pensarmos que também existem alternativas que, apesar de exigirem mudanças de hábitos e comportamentais, são muito mais baratas e com ótimos resultados para a qualidade de vida das pessoas.
O aumento no uso da bicicleta está ganhando espaço nas discussões sobre mobilidade urbana. E antes que digam que estou propondo transformar as cidades brasileiras em versões chinesas da década de 70 do século passado, a resposta é um sonoro não.
A ideia central é colocar a bicicleta como uma boa alternativa para viagens mais curtas e, em outros casos, interligadas com o transporte público. Aliás, para que seja possível estabelecer essa comunicação entre bicicleta e transporte público será preciso investir para capacitar estações de trem e metrô com estacionamentos seguros, facilidades de acesso e de transporte de bikes nas próprias composições. Isso tem ocorrido em São Paulo, de maneira tímida, é verdade, e com alguns retrocessos difíceis de entender. Os baixos valores aplicados nesse tipo de obra não justificam tantos vacilos e falta de determinação.
Aliás, por falar em investimentos, a construção de ciclovias e espaços para pedestres é mais barata se comparada com vias para carros, trens e metrôs. O portal de mobilidade urbana Mobilize (www.mobilize.org.br) publicou um estudo sobre o tema realizado pela organização norte-americana Bycicle Coalition (http://www.sfbike.org/), tendo como base a cidade de São Francisco nos Estados Unidos.
A pesquisa constatou que uma milha de ciclovia (cerca de 1,6 km) sai em média por 455 dólares, e a mesma distância de uma estrada custa 571 mil dólares. A organização conclui que apostar em obras de infraestrutura para bicicletas não compromete o orçamento das cidades, ainda mais quando comparadas à construção de vias para carros.
Grande negócio. Para muitos ainda pode parecer coisa de criança, mas quando entramos também na questão econômica, o negócio da bicicleta assume uma outra dimensão. Hoje o Brasil é o 3º maior produtor de bicicletas do mundo, atrás apenas da China e da Índia, conhecidos países em que suas populações usam a bicicleta como meio de transporte.
Nosso país também é o 5º maior consumidor de bicicletas no planeta, mas ficamos bem abaixo quando a análise verifica o consumo per capita. Nesse caso passamos a ocupar a 22ª colocação entre os países do mundo. Vale lembrar que países europeus e suas belas cidades tem em seu cenário cotidiano pessoas de todas as classes sociais fazendo uso da bicicleta como meio de transporte.
E para que os nossos números possam melhorar, um dos aspectos a serem verificados é o do valor. O Brasil tem hoje uma das magrelas mais caras do mundo, enquanto a compra de carros tem sido muito facilitada. Para mudar essa realidade existe inclusive um movimento da rede Bicicleta para todos (bicicletaparatodos.com.br) que pede ao governo um IPI Zero para bicicleta (petição on line http://www.change.org/pt-BR/peti%C3%A7%C3%B5es/ipi-zero-para-bicicletas).
Se levarmos em conta o atendimento aos seus principais usuários, o IPI Zero poderá tornar a vida das pessoas de baixa renda muito melhor. Segundo o IBGE, perto de 1/3 dos que se utilizam da bicicleta como meio de transporte no Brasil tem renda familiar de até 600 reais e outros 40%, de até 1.200 reais. O texto da petição faz referência exatamente aos benefícios que essa população irá receber: “são estes os brasileiros mais afetados pela alta tributação, que tolhe o acesso a um produto de mais qualidade e com valores mais justos, favorecendo a migração para outros meios de transporte, especialmente os motorizados”.
Estudos divulgados pela Associação Brasileira da Indústria, Comércio, Importação e Exportação de Bicicletas, Peças e Acessórios (Abradibi) constataram que ao zerar o IPI, hoje na casa dos 10% do valor pago pela bicicleta , o Brasil teria um aumento de 11,3% nas vendas.
A bicicleta, portanto, é uma boa alternativa, barata e saudável. Mas para que se torne uma real possibilidade de transporte, também será preciso garantir a segurança dos ciclistas para que as bikes ocupem e transformem a paisagem de nossas cidades e quem sabe consigamos construir um futuro mais humano e sustentável.
* Artigo publicado originalmente na coluna do autor no site da revista Carta Capital: http://www.cartacapital.com.br/
Blog: cantodasustentabilidade.blogspot.com
site: www.ecocanto21.com.br
email: reicanto@uol.com.br
Linkedin: Reinaldo Canto
Facebook: Reinaldo Canto e ecocanto21
Skype: reinaldo.canto
20 março 2014
A necessária adaptação às mudanças climáticas é tema de encontro no Litoral Sul paulista
Com o apoio do Instituto HSBC
Solidariedade, a Iniciativa Verde convida a população, poder público,
organizações e pesquisadores para discutir ações efetivas de proteção às
comunidades locais
O evento “Encontro: Mudanças
Climáticas e o Litoral de SP”, nos próximos dias 2 e 3 de abril, em Iguape,
Litoral Sul de São Paulo, contará com a presença de especialistas em mudanças
climáticas e dinâmica costeira. O encontro faz parte do Projeto Mudanças
Climáticas e o Futuro das Comunidades do Litoral Sul Paulista, desenvolvido
pela Iniciativa Verde que conta com apoio do Instituto HSBC Solidariedade.
O objetivo principal do projeto é
apoiar as comunidades da região para conseguirem enfrentar a difícil realidade
que se apresenta com o agravamento dos efeitos resultantes do aquecimento
global e o consequente aumento dos níveis do mar e dos fenômenos climáticos
extremos. Tais mudanças colocam em risco a população e seus meios tradicionais
de moradia e subsistência.
Assim, o evento identificará as
maiores vulnerabilidades e as respectivas medidas que deverão ser tomadas para
enfrentar o problema. Entidades da região estão convidadas a mandar
representantes que poderão fazer suas considerações, tirar suas dúvidas e
definir ações. As conclusões vão contribuir para a elaboração do Plano de
Adaptação às Mudanças Climáticas para o Lagamar que já está em discussão pelo Grupo
Setorial de Coordenação do Gerenciamento Costeiro do Complexo Estuarino-Lagunar
de Iguape e Cananéia.
Atenção,
jornalista: O primeiro evento, “Campo”, é apenas para convidados e jornalistas.
Portanto, por favor, confirme a sua presença com a assessoria de imprensa da
Iniciativa Verde no email: imprensa@iniciativaverde.org.br.
Os demais serão abertos ao público em geral.
1º dia
10h até 15h Campo (Norte da Ilha Comprida) - Saída de campo com especialistas em vulnerabilidade costeira e
dinâmica de mangues (transporte incluso). Atividade com vagas limitadas. Ponto
de encontro: Praça São Benedito/ Praça Engenheiro Greenhalgh (Iguape). Lanche incluso.
(Evento fechado para entidades
convidadas)
18h
até 21h00 - Debate: Mudanças Climáticas no Lagamar - Mesa de discussão com especialistas
em mudanças climáticas e dinâmica costeira. Auditório da Escola Técnica
Engenheiro Agrônomo Narciso de Medeiros (ETEC) de Iguape (Rodovia Casemiro
Teixeira, Km 51,5). Com coffee break de
boas vindas para todos.
2º dia Encontro: Mudanças Climáticas
e o Litoral Sul de SP
Local: Pousada Recanto das Aves (Estrada do Icapara, Km 3,5 - Iguape).
9h00 até 13h30 - Discussão das Vulnerabilidades: apresentação dos resultados
levantados e analisados pelo projeto e discussão (em grupos).
13h30 até 17h00 - As propostas de adaptação: apresentação e debate das propostas
(em grupos).
Informações para imprensa
Reinaldo
Canto: (11) 5647-9293 e (11) 99976-1610, reicanto@uol.com.br ou imprensa@iniciativaverde.org.br .
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