26 julho 2018


Instituto Bancorbrás, Agefis e Limpa Brasil promovem ação no DF:
Juntos por um Mundo Mais Limpo!

"No lugar de Lixo: Flores e Árvores" vai chamar a atenção para a importância de se preservar o meio ambiente evitando o descarte irregular que compromete a saúde das pessoas e o equilíbrio ambiental.

No próximo dia 28 de julho, o Instituto Bancorbrás, em parceria com o Instituto Limpa Brasil-Let’s Do It, promoverá o mutirão No lugar de Lixo: Flores e Árvores. A atividade faz parte da agenda mundial do movimento Let’s Do It, que propõe a mobilização social, a cidadania e o cuidado com o meio ambiente, com o objetivo de conscientizar a população mundial para o descarte correto do lixo. Além disso, a ação também é comemorativa aos 10 anos do Instituto Bancorbrás.

O mutirão contará com o apoio da Agência de Fiscalização do Distrito Federal – Agefis, o Serviço de Limpeza Urbana – SLU, a Administração Regional de Ceilândia, a Novacap e o Centro Assistencial Maria Cármen Colera – CAC, localizada em Ceilândia/DF. A ação consiste na revitalização de um ponto de descarte irregular de lixo, que fica ao lado da instituição CAC. Os atendidos pela organização já sofrem com a situação há mais de 10 anos


A ação terá início no dia 26 de julho, com oficinas de pintura; de orientações sobre plantio de mudas; e sobre descarte de lixo e coleta seletiva. Além disso, o SLU fará a limpeza do local e a Agefis aterrará a calçada e iniciará a revitalização. Na sexta-feira, 27, o Instituto Bancorbrás começará o trabalho de pintura do muro, que será finalizado no sábado, 28, com o apoio de voluntários da Bancorbrás.

O mutirão tem o apoio do projeto Rede Urbana de Ações Socioculturais – RUAS, que atua na Ceilândia com ações que buscam promover o empoderamento juvenil, unindo trabalho social de base e produção de eventos com foco na cultura urbana. A participação do RUAS será na mobilização de 40 voluntários para fazer o grafite nos muros, nos dias 28 e 29 de julho.

Ao todo, cerca de 100 pessoas participarão da ação, entre voluntários e comunitários. O Centro Assistencial Maria Carmen Colera oferecerá a alimentação e todo o suporte para a realização do mutirão.

Local: Módulo F – Área especial, Ceilândia Norte QNM 30 – Ceilândia – DF 

Programação:

26.07
09h SLU –  Limpeza
Novacap  e Agefis - Pintura dos Pneus e organização madeira para plantio
Aterramento da calçada
Preparação da parede para pintura
10h Palestra Limpa Brasil (para os beneficiados da instituição)
11h Oficina de Plantio (para os beneficiados da instituição)

27.07
Instituto Bancorbrás – início da pintura do muro

28.07
Voluntários Bancorbrás e projeto Ruas – Término da pintura do muro, plantio de mudas e grafite.

29.07
Projeto Ruas – término do grafite.

Informações para a Imprensa:
Reinaldo Canto
reicanto@gmail.com e telefone: 11 9 9976-1610

Limpa Brasil-Let’s do it!
A proposta do Instituto Limpa Brasil – Let’s do it! (iniciativa global idealizadora do World Cleanup Day) é criar uma nova cultura com relação ao descarte correto do lixo, além de incentivar a sociedade a limpar e manter as cidades limpas. Por esse motivo, um dos pontos mais importantes do evento é o envolvimento das escolas municipais, com a realização de palestras e seminários, dinâmicas de grupo e gincanas, capacitação de professores e a estruturação dos pontos de coleta de materiais recicláveis durante a semana de mobilização. Esse movimento gera um engajamento da comunidade local e incentiva a transformação de alunos, pais, parentes e profissionais envolvidos em agentes de mobilização, que alertam sobre os malefícios do descarte incorreto do lixo.

19 julho 2018

Nossa vida não é feita de plástico: recuse canudos 

Por Reinaldo Canto


A falta de bom senso fez com que utensílios e materiais desnecessários sejam produzidos em larga escala colocando em risco o nosso futuro
Antes de mais nada vale destacar que poucos devem duvidar das imensas vantagens do plástico. Maleabilidade, segurança, higiene, facilidades diversas no transporte e no uso cotidiano. Componente principal em uma série de produtos que tornaram a vida moderna, sem dúvida mais confortável e prática.
Mas exatamente em nome desse conforto e praticidade enfrentamos uma trágica realidade. O uso indiscriminado e mesmo desnecessário de vários desses produtos, como canudos, copos, talheres, embalagens diversas e sacolas, nos levaram a uma situação insustentável e nefasta.
Só para ficar nos tais canudinhos plásticos, as estimativas dão conta de que a vida útil deles é de apenas quatro minutos. Nos Estados Unidos são consumidos 500 milhões desses pequenos cilindros por dia. Você leu certo: 500 milhões por dia. Também vale lembrar que o tempo para a sua decomposição está estimado em 200 anos.
São números tão absurdos que mesmo que seu descarte fosse correto não justificaria seu uso diário. Mas o pior é que eles também não são bem descartados e juntamente com outros desses materiais à base de plástico vão sendo despejados de maneira vertiginosa e totalmente inconsequente.
Para que não restem dúvidas quanto às preocupações e dimensões do problema, o Fórum Econômico Mundial que reúne anualmente as maiores economias do planeta, divulgou no início do ano um estudo da consultoria McKinsey e da Fundação liderada pela conhecida velejadora britânica Ellen MacArthur que alerta para os perigos do plástico.
Segundo os resultados, “o sistema atual de produção, de utilização e de abandono de plásticos tem efeitos negativos significativos que atingem a soma entre 80 bilhões de dólares e 120 bilhões de dólares (algo como 450 bilhões de reais) em embalagens de plástico perdidos anualmente”. O documento vai além dos valores financeiros e afirma que até 2050 se a escalada de descarte continuar no ritmo atual, haverá mais plástico que peixes nos oceanos.
Essas afirmações estão longe de exagero. Já existem “mares de plástico” em algumas regiões do mundo como no Caribe entre Honduras e Guatemala e na Índia.
O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), estima que 8 milhões de toneladas de plástico que vão parar anualmente nos oceanos. Isso dá um caminhão carregado de lixo por minuto despejado nos mares de todo o planeta.
Por aqui também temos estudos sobre a questão do desperdício de plástico e perdas que também se aplicam a economia. A Selurb, o Sindicato das Empresas de Limpeza Urbana, calculou que todo o material plástico atualmente descartado em aterros e lixões  poderiam adicionar à economia brasileira, se fossem destinados à  reciclagem, cerca de 5,7 bilhões de reais. São em torno de 4,4 milhões de toneladas de resíduos plásticos que poderiam formar uma nova cadeia produtiva que geraria emprego e renda para milhares de pessoas. A reciclagem de plástico no Brasil está em cerca de irrisórios 4%. 
Proibições e mudanças de hábito
E quais são as alternativas para começar a reverter essa situação? No caso de nós consumidores que tal recusar alguns desses materiais? Canudos plásticos, por exemplo.
Pano rápido para aniversário da minha filha que completou 11 anos no último mês de junho. Presente do pai foi leva-la com algumas amigas para passear, brincar em parque e lanchar. Um discurso emocionado contribuiu para que oito canudos deixassem de ser usados durante o consumo de sucos e refrigerantes. Um sucesso pueril.
Já para outro momento, na hora da degustação de milk shakes, lá se foi a vitória pelo ralo junto com canudos que, se as estatísticas estiverem certas, estarão em breve ocupando as entranhas de alguns animais marinhos.
Bem, a luta continua. Até porque não nos resta outra alternativa a não ser batalhar pela própria sobrevivência, mas juntar forças é essencial. Além das recusas pessoais é preciso pressionar empresas e governos para que façam a sua parte.
Ações ainda tímidas
Cadeias de fast food anunciaram a gradativa abolição dos canudos plásticos. Na cafeteria Starbucks até... 2020 e no McDonald´s a transição para canudos de papel começa em setembro e vai até 2019, mas só no Reino Unido e na Irlanda.
A boa notícia por enquanto chega do Rio de Janeiro, onde a Câmara Municipal votou e o prefeito assinou há poucos dias a proibição dos canudos plásticos na cidade e estabeleceu a troca por canudos de papel. Agora é ver se a lei vai mesmo “pegar” como costumamos dizer por nossas bandas.
Projetos de lei também com a proibição de canudos tramitam em outras cidades como São Paulo e até já foi aprovada em Cotia próxima da capital paulista.
São reações importantes aos exageros da vida urbana e contemporânea, mas muito tímidas diante do tamanho do desafio.
Convido a todos os leitores para refletirem sobre seus hábitos de consumo e recusarem com convicção muitos desses apetrechos produzidos com plásticos convencionais à base de petróleo. Quase sem exceção, posso afirmar, nós não precisamos deles.
Garfos, facas, embalagens grandes e pequenas, sacolinhas, garrafas de formatos e tamanhos diversos e, para este momento, canudos plásticos. Dá sim para recusar.  Até porque precisamos começar a mudar e sempre será mais fácil por algo com pouca ou quase nenhuma utilidade. Faça sua parte.

16 julho 2018

Gente que faz a sustentabilidade no dia a dia


Por Reinaldo Canto, da Envolverde, especial para a Plataforma Liderança Sustentável
Em duas décadas, a Consultoria Ideia Sustentável, criadora da Plataforma Liderança Sustentável, tem buscado o protagonismo de pessoas que trabalham pelo desenvolvimento sustentável nas organizações.  Prova disso são os quatro milhões de pessoas que já assistiram aos cerca de 120 vídeos educacionais e mais de 500 eventos desenvolvidos pela Plataforma. Portanto, nada mais natural, que o encontro realizado no auditório da Fundação Getúlio Vargas na sexta-feira, 29 de junho tenha destacado o papel da área de Recursos Humanos. Afinal, são as pessoas que transformam a realidade e trabalham pela sustentabilidade nas empresas. É muito difícil falar de desenvolvimento sustentável sem o foco no desenvolvimento das pessoas.
Ricardo Voltolini, principal executivo, idealizador da Plataforma e também diretor de sustentabilidade da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH), disse que apesar de parecer óbvio, essa relação entre RH e Sustentabilidade nem sempre é bem compreendida. Chegar nas 10 palestras apresentadas no encontro foi um desafio. “Muitas empresas disseram que não tinham cases para indicar”, explicou Voltolini.  Segundo ele, inicialmente foram reunidos 80 cases, depois por falta de evidências esse número foi reduzido para 30 apenas. ”Não dá para considerar um projeto de sustentabilidade uma palestra realizada há nove anos para seis pessoas”, ironizou.
O certo é que os esforços foram recompensados, pois os cases selecionados trouxeram experiências reveladoras e inspiradoras em que recursos humanos exercem verdadeiramente a liderança em projetos sustentáveis e não apenas o de mero executor.  Além, é claro, de mostrar o quanto o envolvimento do RH é determinante para o sucesso em ações de sustentabilidade.
Área fundamental nos projetos de Sustentabilidade
O RH pode e deve ser o grande fiador em projetos como os que envolvem a redução de desperdícios, contribuindo para o aprofundamento das discussões e dividindo experiências com seus colaboradores.
É preciso a participação de todos para atingir esses objetivos e a área de recursos humanos possui as ferramentas para direcionar os diversos setores da empresa no mesmo caminho. Um bom exemplo é a criação de uma estrutura de comitês que discutem as prioridades em sustentabilidade em cada área da empresa levando em conta as suas especificidades.
Conscientização
Conseguir o engajamento dos colaboradores por meio do conhecimento dos impactos ligados ao negócio da empresa, mas também que trazem consequências para a sociedade como um todo, foi destacado em diversos cases pela capacidade que tem de conscientizar para os enormes desafios ligados a temas como escassez hídrica, mudanças climáticas e esgotamento de recursos naturais.
Capacitar multiplicadores para envolver, inclusive, as famílias nesse esforço tem resultado no compartilhamento de experiências e conhecimentos, alcançando benefícios que vão além da empresa e atingem positivamente as comunidades.
Rodas de conversa com colaboradores e pessoas da comunidade, além de ações de voluntariado em organizações com atuação local, exercem papel importante no processo de humanização e encaminhamento para a solução de problemas comuns a todos.
DNA Sustentável
É comum, mas nem sempre verdadeiro, dizer que as empresas possuem a sustentabilidade em seu DNA. Mas raras são aquelas que podem provar isso e que, diante de crises, enxergam a sustentabilidade como custo dispensável e jogam por terra projetos no setor.
Existem maneiras de provar o contrário, ou seja, um real compromisso com o desenvolvimento sustentável.  Conforme apresentado por algumas empresas no Líder 2030 Talks, uma delas é a remuneração variável de seus executivos que levem em conta metas sustentáveis monitoradas pela área de recursos humanos.
A troca de experiências, os bons resultados e a emoção dos executivos de RH das empresas apresentadas no Líder 2030 Talks, já seriam suficientes para contagiar e engajar a maioria dos mais de 300 profissionais para a sustentabilidade presentes, mas o evento ainda foi palco para o lançamento do Guia RH e Sustentabilidade: 10 Desafios,com dicas importantes para uma gestão sustentável e fortemente alicerçado nos princípios do triple bottom line que levam em conta os impactos sociais, ambientais e, claro os resultados financeiros da empresa.
Idealizado pela consultoria Ideia Sustentável e a ABRH Brasil, o guia é assinado por Ricardo Voltolini e destaca os valores da sustentabilidade que devem ser levados em conta na hora de contratar um profissional e fornece ótimas dicas sobre como ampliar à atuação e o engajamento da empresa e de seus profissionais na adoção de políticas sustentáveis.
Tendo como premissas básicas a consciência, a responsabilidade e o cuidado, o Guia destaca o fator humano como preponderante para se alcançar resultados que extrapolam os negócios e chegam à própria sociedade que recebe de maneira abrangente os benefícios da atividade empresarial.
Tudo foi realizado para que não sobrem dúvidas quanto à importância dos recursos humanos para o sucesso dos negócios, a realização pessoal e o futuro do planeta.