05 junho 2016

Noite de autografos do livro: "Um dia no dia da Ana Luiza - Uma Aventura Ambiental". Coquetel e bate-papo sobre a obra.


Autor: Reinaldo Canto
Ilustracoes: Age
Dia: 14/06/2016
Horario: Das 18 as 21 horas
Local: Casa das Rosas - Avenida Paulista, 37 (bem proxima da Estacao Brigadeiro do Metro)
Estacionamento: Alameda Santos, 74 (R$ 16,00 por 3 horas)
Um Dia no Dia de Ana Luiza I Reinaldo Canto
A Chiado Editora e o Autor Reinaldo Canto, têm o prazer de apresentar obra Um Dia no Dia de Ana Luiza.
Jornalista há 36 anos formado pela Cásper Líbero; pós-graduado em Inteligência Empresarial e Gestão do Conhecimento. Nos últimos 14 anos têm atuado na área da sustentabilidade, cidadania e meio ambiente; foi diretor de comunicação do Greenpeace Brasil; coordenador de comunicação do Instituto Akatu pelo Consumo Consciente e assessor de imprensa do Instituto Ethos; foi também correspondente em conferências internacionais como a COP-15 em Copenhague/2009, Conferência Rio+20, na cidade do Rio de Janeiro e COP-21, em Paris/2015.
Atualmente é colunista da Carta Capital. (www.cartacapital.com.br); parceiro em projetos e conteúdos da Envolverde; consultor e assessor de imprensa da ONG Iniciativa Verde; comentarista da Rede Vida; consultor do Sebrae para a área de sustentabilidade; palestrante e consultor da área ambiental; roteirista e escritor de temas ambientais. É roteirista do curta de animação, “A Rebelião das Águas”(youtube: https://www.youtube.com/watch?v=XSm9-JQmqFw). É pai da Ana Luiza que tem 8 anos de idade!!
Sinopse:
Aquele dia amanheceu como todos os outros na vida da pequena Ana Luiza, mas foi só ela despertar para perceber que algo muito diferente estava acontecendo!!
Tudo parecia ter vida. Coisas, materiais e elementos da natureza começaram a se manifestar e demonstravam tristeza diante do desperdício ou alegria quando eram bem utilizados.
Foi aí que a Aninha descobriu como é importante cuidar do nosso planeta Terra. E para isso basta agir conscientemente em todos os nossos atos de consumo.
Embarque nessa aventura com a Ana Luiza e faça também a sua parte para vivermos num mundo melhor.
Autor: Reinaldo Canto
62 páginas
R$ 36,00 - € 12,00

11 maio 2016

PARTIU LEITURA E FANTASIA

A jornada do livro: “Um dia (no dia) da Ana Luiza – Uma Aventura Ambiental”, ainda nem começou oficialmente, mas alguns eventos já colocaram o livro nas mãos de várias crianças em São Paulo. Confira:
No sábado, 07/05, mais de 50 crianças receberam o livro entregue como brinde em festa de aniversário do Joãozinho, filho do empresário João Barassal Neto, proprietário da casa mais sustentável do Brasil, a Smart Eco House. A festa aconteceu no Clube Espéria,






Já no domingo, 08/05, foi realizada uma Roda de Conversa sobre o livro na Feira de Agricultura Orgânica, no Parque da Água Branca. O encontro foi organizado pela Associação de Agricultura Orgânica. O colega jornalista Rogério Silva, autor de livro de gastronomia e do site Fuxico na Cozinha, apoiou o evento e destacou as páginas do livro que abordam a questão do desperdício de alimentos.





06 maio 2016

Reinaldo Canto fala sobre o livro “Um dia (no dia) da Ana Luiza – Uma Aventura Ambiental”, entrevista concedida a estudante de jornalismo Marie Serafim.           


1.    Como que surgiu essa ideia? Era um projeto antigo que só agora pôde ser realizado?

Como já trabalho há bastante tempo com os temas ligados à sustentabilidade, meio ambiente e cidadania sempre tive vontade de ampliar as possibilidades dessa comunicação. Então, escrever um livro que abordasse essas questões era sim um sonho antigo. Graças à parceria com a Editora Chiado, finalmente consegui transformar esse desejo em realidade.

2.    Por que fazer um livro sobre meio ambiente voltado para o público infantil ao invés do público adulto?

Eu acredito que as novas gerações estão mais propensas a entender e se sensibilizar com os impactos ambientais causados em nosso cotidiano. Nós adultos já estamos há muito mais tempo sendo bombardeados pela falsa ideia do consumo sem limites e dos recursos que nos pareciam infinitos. Já as crianças têm dado exemplos de que quando recebem informações sobre o tema acabam até mesmo influenciando seus pais, familiares e amigos para a importância de evitar o desperdício e fazer bom uso dos recursos disponíveis.

3.    Qual a mensagem que você quer transmitir com este livro?

Eu acho que a principal mensagem é de que não perdemos nada em sermos mais conscientes. A menina do livro passa um dia totalmente normal e feliz sem que isso prejudique o seu cotidiano. Isso também pode ser feito por nós adultos. Aliás, o desperdício e os excessos é que trazem infelicidade e não a ponderação, o bom senso e o consumo consciente.

4.    Como foi o processo de produção dele? Teve dificuldades?

É sempre muito difícil iniciar um projeto em que você possui pouco conhecimento. Há toda uma ciência por trás do lançamento de um livro e ainda estou aprendendo bastante. Nessa tarefa a Editora Chiado tem ajudado muito com a paciência necessária para orientar um novato como eu.

5.    Por que do título? Teve alguma inspiração?

Aí foi uma conjunção de fatores. O nome da menina é o da minha filha e a ideia do “dia no dia” faz relação com a inserção da consciência num dia qualquer de uma garotinha.

6.    Há um possível lançamento internacional?

Sim!! E espero que em breve (risos). Como a Chiado é uma editora portuguesa espero que numa segunda edição o livro já seja traduzido para o espanhol e distribuído em outros países europeus. Aliás, de certa maneira, essa carreira internacional já começou, o livro foi impresso em Portugal e exemplares do livro estão disponíveis por lá.

7.    O que as crianças podem aprender com este livro e aplicar na vida delas?

Basicamente que elas só precisam cuidar de usar bem o que está à sua volta. E importante essa pergunta, pois também tive o cuidado de não jogar responsabilidades exageradas nas costas das crianças. Mesmo que num determinado momento a personagem converse com uma vizinha e com os pais para que evitem os excessos, as crianças não devem ser responsáveis pelas necessárias transformações em nossos hábitos de consumo. Nós adultos é que precisamos assumir esse papel para que as futuras gerações recebam um planeta melhor para se viver.

8.    Por que é importante ensinar as crianças a cuidarem do meio ambiente?

Porque dele dependemos para viver e ter uma boa qualidade de vida. Essa realidade, já deveríamos estar aplicando há muito mais tempo, mas pelos apelos de consumo e bombardeios incessantes da publicidade, infelizmente deixamos o bom senso de lado. A consciência das novas gerações trabalhadas desde a mais tenra idade poderá contribuir para que tenhamos uma geração de cidadãos mais responsáveis.

9.    Quais são os benefícios que isso traz/ traria para a sociedade? Quais legados poderemos esperar?

Principalmente acreditar que teremos uma sociedade que valorize mais o ser do que o ter. Algo bem diferente do que temos hoje. Nesse caso, os ganhos serão na redução dos impactos ambientais, mas também uma sociedade humana e solidária, capaz de compartilhar e dividir mais do que competir e acumular riquezas para si mesmo.

 Em sua opinião, qual a melhor forma ou linguagem para ensinar as crianças sobre os cuidados com o meio ambiente?

No meu caso e pela minha experiência, acredito que o bom humor é um caminho a ser trilhado nessa comunicação com as crianças. Dessa maneira podemos tentar passar boas informações de maneira leve e divertida, sem assustar ou preocupar em demasia esses pequenos seres ainda em formação. Pelo menos essa foi a minha ideia com esse livro. Mas com certeza devem existir outras ótimas propostas de comunicação eficientes e que tenham a capacidade de obter bons resultados para a conscientização das crianças sobre os cuidados que devemos ter com o meio ambiente e o bom uso dos recursos naturais.

1  Como as escolas poderiam agregar o assunto "meio ambiente e sustentabilidade" em sua grade curricular?

Acredito que esses temas ao lado da cidadania deveriam estar presentes em todas as matérias curriculares, pois são temas cruciais para o futuro da humanidade. Seja no estudo da matemática, ciências ou geografia, por exemplo, seria possível também se falar de sustentabilidade.Por que não?







Um Dia no Dia de Ana Luiza I Reinaldo Canto


A Chiado Editora e o Autor Reinaldo Canto, têm o prazer de apresentar obra Um Dia no Dia de Ana Luiza.

Jornalista há 36 anos formado pela Cásper Líbero; pós-graduado em Inteligência Empresarial e Gestão do Conhecimento. Nos últimos 14 anos têm atuado na área da sustentabilidade, cidadania e meio ambiente; foi diretor de comunicação do Greenpeace Brasil; coordenador de comunicação do Instituto Akatu pelo Consumo Consciente e assessor de imprensa do Instituto Ethos; foi também correspondente em conferências internacionais como a COP-15 em Copenhague/2009, Conferência Rio+20, na cidade do Rio de Janeiro e COP-21, em Paris/2015.
Atualmente é colunista da Carta Capital. (www.cartacapital.com.br); parceiro em projetos e conteúdos da Envolverde; consultor e assessor de imprensa da ONG Iniciativa Verde; comentarista da Rede Vida; consultor do Sebrae para a área de sustentabilidade; palestrante e consultor da área ambiental; roteirista e escritor de temas ambientais. É roteirista do curta de animação, “A Rebelião das Águas”(youtube: https://www.youtube.com/watch?v=XSm9-JQmqFw). É pai da Ana Luiza que tem 8 anos de idade!!

Sinopse:
Aquele dia amanheceu como todos os outros na vida da pequena Ana Luiza, mas foi só ela despertar para perceber que algo muito diferente estava acontecendo!!
Tudo parecia ter vida. Coisas, materiais e elementos da natureza começaram a se manifestar e demonstravam tristeza diante do desperdício ou alegria quando eram bem utilizados.
Foi aí que a Aninha descobriu como é importante cuidar do nosso planeta Terra. E para isso basta agir conscientemente em todos os nossos atos de consumo.
Embarque nessa aventura com a Ana Luiza e faça também a sua parte para vivermos num mundo melhor.
Autor: Reinaldo Canto
62 páginas
R$ 36,00 - € 12,00



Para solicitar mais informações sobre o conteúdo da nota, use o seguinte contato:

Clarisse Fraqueiro | e-mail: comunicacao.chiadobrasil@gmail.com | telefone:  (+55) (11) 3179-0085

04 maio 2016

Maio Verde-Laranja integra saúde e alimentação orgânica em diversas atividades em São Paulo

Maio Verde-Laranja integra saúde e alimentação orgânica em diversas atividades em São Paulo

Assim como a OMS – Organização Mundial de Saúde define a saúde como um completo estado de bem-estar físico, mental e social, e não somente a ausência de enfermidades, a Campanha Maio Verde-Laranja, lançada este mês nas feiras orgânicas da AAO – Associação de Agricultura Orgânica, quer sensibilizar para a uma vida mais orgânica e saudável. Se meses como o Outubro Rosa e o Novembro Azul cumprem seu papel no alerta a diagnósticos de doenças como o câncer, a ideia agora é falar de prevenção e de escolhas que refletem na saúde integral da população.

Uma série de atividades gratuitas e abertas ao público acontecem todas as terças-feiras, sábados e domingos na Feira de Orgânicos do Parque da Água Branca, e aos domingos na Feira de Orgânicos do Villa Lobos, incluindo debates, lançamentos de publicações, projeção de filmes, vivências corporais e oficinas de alimentação.  À cor verde está associada a natureza viva e saúde, e à laranja a vitalidade e criatividade

“O objetivo dedicarmos este mês à reflexão sobre a importância de melhores escolhas para uma vida mais orgânica, que começa com a alimentação, mas passa pela educação, participação social, proteção ambiental e tantos temas que envolvem a saúde. O termo ‘orgânico’ tem a ver com organismo vivo, em com uma visão sistêmica da realidade”, expressa Maluh Barciotte, idealizadora da campanha e presidente da AAO.

Práticas de Naturologia, que busca o equilíbrio do organismo por meio de diversas técnicas complementares, da medicina chinesa à ayurvédica, como reflexologia, massagens e aromaterapia, já estão acontecendo desde 1 de maio, e terão espaço no Dia das Mães, 8 de maio, na Feira do Villa Lobos, com vivências para todas as idades.

No mesmo dia, haverá Manhã de Autógrafos na Feira do Parque da Água Branca com o jornalista especializado em meio ambiente e sustentabilidade, Reinaldo Canto, que lança sua primeira obra infantil, “Um dia no dia de Ana Luiza”, que reflete as descobertas da menina sobre como cuidar do planeta e rever atos de consumo. Será seguido de Roda de Conversa, a partir das 10h.

O filme “Apart Horta”, vencedor do concurso Filma Brasil e dirigido por Cecília Engels terá projeção na Feira Noturna da Água Branca, envolvendo a todos na história dos dois irmãos com estilos de vida opostos, até o cultivo de alimentos no apartamento germinar numa ampla transformação que acaba afetando a vida em todo o prédio da cidade, em referência ao potencial da agricultura urbana.

Roda de Conversa final e debates com mais de 20 especialistas estão programados para o mês, com transmissão pela rádio CBN. Acompanhe no facebook do evento as notícias sobre as novas atrações semanais:https://www.facebook.com/events/1729924103917651/

Assessoria de Imprensa
Heloisa Bio
11 99748-3051 e 2924-9551

20 abril 2016

Titica de galinha: o combustível improvável

Excrementos de galinhas e também de suínos e bovinos se transformam em biometano para gerar energia em Itaipu.
Por Reinaldo Canto* 
granja-haacke-macro
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Segundo o Dicionário Aurélio, a expressão titica de galinha tem provável origem africana, mas não se sabe ao certo. Já o seu significado é de fácil compreensão: simplesmente excrementos de aves. Por outro lado, a cultura popular denominou a expressão “titica de galinha na cabeça” para exprimir rejeição a alguma bobagem dita por alguém. Quem já não ouviu ou disse: O que é isso? Por acaso você tem titica de galinha na cabeça? Pois é! Portanto, a tal da titica sempre esteve associada ao que não presta em sua forma literal ou mesmo simbólica.
Mas além de porcaria ou bobagem essa titica é, há muitos anos, motivo de grande preocupação para as pequenas e médias propriedades rurais localizadas no Oeste do Paraná, estado que é o maior produtor de carne de frango do país (quase 33%) e importante produtor de ovos do Brasil (em torno de 6%). Nessa região, uma pequena parcela dessa verdadeira montanha de excrementos tradicionalmente se transforma em biofertilizante a ser usado nas lavouras. O restante sempre foi descartado e na maioria das vezes, da pior maneira possível, ou seja, despejado em rios e no solo com seu nada benéfico potencial contaminante.
Mas de lixo e problema ambiental, uma solução tem tomado forma graças a um projeto desenvolvido pela Cibiogás – Centro Internacional de Energias Renováveis–Biogás que é uma instituição científica, tecnológica e de inovação localizada no Parque Tecnológico Itaipu e tem como a sua principal financiadora, a gigante Itaipu Binacional (leia-se Usina Hidrelétrica de Itaipu). Excrementos de galinhas e também de suínos e bovinos se transformam em biogás para gerar energia e o que é mais interessante também acaba virando biometano, um combustível para veículos.Hoje, já são 43 carros à disposição da Itaipu movidos à titica de galinha.
A utilização desse material para os veículos ainda se dá numa quantidade ínfima em relação ao que é produzido diariamente nas granjas paranaenses, mas pode começar a mudar a realidade da região. O projeto já deixou a sua fase experimental e pretende ser ampliado em breve, mas no momento apenas uma granja de médio porte é a responsável por manter os carros em movimento.
RodrigoRodrigo Regis de Almeida Galvão, diretor-presidente da Cibiogás conta que o projeto começou há 10 anos e foi se aprimorando ao longo do tempo, “vamos aprendendo com os erros e melhorando o rendimento e agora estamos na fase de consolidação e acreditamos no potencial, pois é uma tecnologia barata com um bom custo-benefício para o produtor”.
Granja Haacke
Nada mais natural do que percorrer os 120 kms que separam a gigante Itaipu e a Granja Haacke localizada no município de Santa Helena num carro movido a coco de galinha. Na verdade para chegar até lá fizemos o caminho de volta percorrido pelos cilindros que desde 2013, são transportados para a estação de abastecimento localizada no interior da Usina de Itaipu. O desempenho do Siena Tetrafuel (carro movido a quatro tipos de combustíveis diferentes) é o mesmo de um veículo abastecido com os combustíveis tradicionais e, claro, sem qualquer odor.
O orgulhoso proprietário da granja, Nilson Haacke possui no local 84 mil galinhas poedeiras (as que produzem ovos) e 750 bovinos de corte.Além de fornecer o biocombustível, mantêm a energia estável e ainda produz o biofertilizante que vai servir de adubo natural para plantações e pastos. Quando perguntado se o investimento de R$ 700 mil (R$ 400 mil desse total veio da Cibiogás) valeu a pena, se o Nilson demonstra irritação, “não pode fazer só pra recuperar dinheiro, afinal que planeta nós vamos deixar para os nossos filhos?”. O certo é que mais do que o retorno financeiro é fundamental para o negócio garantir o fornecimento de energia estável, coisa que nem sempre a Copel, concessionária de energia do Paraná consegue fazer. Há três anos a granja perdeu 1.400 galinhas por uma queda de energia. Sem a refrigeração necessária, as penosas não resistiram ao calor e morreram.
Mas o orgulho mesmo é transformar essa titica em combustível. “O projeto do biometano me fez conhecido até no Paraguai”, ele conta sorridente, pois vende também no país vizinho, os agora famosos,ovos Santa Helena.
Outro problema resolvido com o tratamento dos excrementos foi o do o mau cheiro, situação comum a todas as granjas da região e uma vergonha para os proprietários na hora de receber visitas.
Fornecimento energético estável, solução para o odor ruim e até a transformação dos excrementos em lucro não seriam razões suficientes para convencer os vizinhos de se o Haacke a aderir ao projeto? Parece que, por enquanto, a resposta é não! “Os outros só querem ganhar dinheiro fácil, mas a gente precisa antes ter saúde e qualidade de vida”, responde o granjeiro.Ele acredita que é importante aumentar a escala e convencer os vizinhos a fazer o mesmo, “quanto mais gente fizer, mais viável vai ficar”. Hoje os 100 m³ produzidos por dia de efluente líquido na Granja Haacke vão para um biodigestor, que realiza a digestão anaeróbia dos resíduos, que resultam em mil m³ de biogás.O combustível é todo preparado na propriedade rural passando por filtros para ficar apto a se transformar em biometano. Depois esse gás é comprimido em cilindros e transportado para abastecimento dos veículos.
A granja também tem um sistema de stand by que garante a constância no fornecimento da energia elétrica, principalmente para garantir a refrigeração das aves, evitando quedas repentinas e a consequente morte dos animais.
MarceloMesmo com a difícil tarefa de convencer outros proprietários a entrar para o projeto, o que anima os técnicos da Cibiogás para continuar a investir na ideia é o também constante aumento no custo da energia. Marcelo Alves de Sousa, gerente de relações institucionais da Cibiogás diz que os valores da energia passaram em um ano e meio de R$ 0,19 para R$ 0,36. “Energia significa 30% de todo o custo de uma propriedade rural no Oeste paranaense”, enfatiza Marcelo. Seja para aquecimento, iluminação e transporte, Rodrigo Galvão acredita que chegou a hora de “estimular a criação de uma cadeia de fornecedores nacionais” com potencial capaz de criar um círculo virtuoso que englobe tecnologia e sustentabilidade na mesma equação.
O futuro irá dizer se o projeto poderá se expandir no Paraná e quem sabe para outras regiões do país. Afinal, algo que o agronegócio brasileiro precisa é de boas ideias, tecnologia e muita energia. No oeste do Paraná as galináceas estão prontas para ajudar nessa tarefa.
Reinaldo Canto viajou a convite da Itaipu Binacional. É jornalista especializado em Sustentabilidade e Consumo Consciente e pós-graduado em Inteligência Empresarial e Gestão do Conhecimento. Passou pelas principais emissoras de televisão e rádio do País. Foi diretor de comunicação do Greenpeace Brasil, coordenador de comunicação do Instituto Akatu pelo Consumo Consciente e colaborador do Instituto Ethos. Atualmente é colaborador e parceiro da Envolverde, colunista de Carta Capital e assessor de imprensa e consultor da ONG Iniciativa Verde.