24 março 2016

Queda nas sacolas plásticas em SP não reduziu conforto do paulistano

Um ano após a lei, consumo da sacola plástica caiu 70% em São Paulo


REINALDO CANTO*

Consumidor carrega compras em sacolas plásticas em Pequim, China (Foto:  China Photos/Getty Images)
Foram anos de uma batalha acirrada que colocava em lados opostos aqueles que defendiam a sacola plástica gratuita nos supermercados contra aqueles que pediam pela cobrança e mesmo a substituição por sacolas biodegradáveis.
Este articulista foi, por diversas ocasiões, acusado de manter algum conluio com a Associação de Supermercados, pois sempre defendeu a cobrança considerando fundamental para o processo de conscientização quanto ao seu uso racional.
Em janeiro passado, a lei paulistana que coibiu o uso da sacola plástica comemorou seu primeiro aniversário. Nesse período de um ano, segundo a APAS – Associação Paulista de Supermercados (com a qual não tenho qualquer relação profissional, diga-se de passagem) divulgou uma redução de 70% no consumo das embalagens.
Essa brutal redução, graças às novas medidas de cobrança, até onde eu sei, não foram responsáveis por tragédias pessoais ou destruição de lares, muito menos ocasionou a queda da qualidade de vida da população. Foi tão somente algo menos insano do que acontecia anteriormente nas quais as sacolinhas eram usadas e descartadas de maneira totalmente indiscriminada.
Se antes da lei as pessoas pegavam quantas sacolas quisessem, a cobrança fez com que muita gente analisasse se iria mesmo precisar delas num determinado dia ou se utilizaria a até mais confortável e resistente sacola retornável.
As novas sacolas adotadas depois da lei também são ambientalmente menos agressivas já que são compostas por 51% de matérias-primas renováveis em sua composição, tais como amido de milho e cana-de-açúcar.
Um mar de plástico triste, inútil e maligno
Aos que ainda resistem à ideia de se coibir o uso das sacolas, vale analisar um alerta recentemente divulgado pela organização WWF – World Wide Foundation – dando conta de que já existem 150 milhões de toneladas de plástico nos oceanos. Segundo a ONG, até 2050 haverá mais resíduos de plásticos do que peixes boiando nos maresdo planeta.
Outro dado interessante, que além de tudo remete a utilidade efêmera em contraposição à persistente contaminação causada por esses materiais, foi apresentado no ano passado por Marco Simeoni, chefe da expedição suíça Race for Water Odyssey: das 250 milhões de toneladas de plástico produzidas por ano no planeta, cerca de 35% desse montante são usados por apenas 20 minutos, uma única vez.
O plástico é, sem dúvida, um material fantástico com múltiplas possibilidades de utilização, mas é também composto à base de petróleo e gás natural, portanto matérias-primas não renováveis, além de poluidoras e fortes contribuintes do aquecimento global.
Saber usar o plástico da melhor maneira possível, seja como sacolas plásticas ou embalagens diversas, e depois reciclar esse material para novas e nobres utilidades, traria benefícios para todos e menos malefícios às pessoas e ao meio ambiente. 
Precisamos torcer para que antes que o mar se “plastifique” de uma vez, sejamos capazes de consumir com a parcimônia e o bom senso de que as novas gerações tanto vão necessitar para viver bem num futuro próximo.
*Reinaldo Canto é jornalista ambiental e assessor de comunicação da Iniciativa Verde.

08 março 2016

Dia 23 de março de 2016, das 19h às 22h
Bastidores da 21ª Conferência do Clima - COP 21: Antes, durante e depois
Mais de 195 países decidiram assinar um acordo para frear o aumento da temperatura no planeta.
Carga Horária: 2 horas

Programação
Vamos di@logar?"Um gostoso bate-papo no fim do expediente"
O Instituto Filantropia promove mensalmente o Di@logando, uma palestra gratuita que traz temas envolvendo a gestão da área social, do universo corporativo e do desenvolvimento humano.
Na edição de março, Reinaldo Canto fala sobre o resultado da 21ª Conferência do Clima - COP 21, que foi realizada em Paris, em dezembro de 2015 e foi considerada histórica, pois pela primeira vez, mais de 195 países decidiram assinar um acordo para frear o aumento da temperatura no planeta.
Mais de 3 mil jornalistas e alguns outros milhares de participantes ocuparam o centro de exposições Le Bourget durante 2 semanas. Muitas coisas aconteceram mais e menos importantes para se chegar a esse acordo:
• Como foi possível chegar a esse resultado?
• Quais foram os maiores destaques desse acordo?
• Quais os principais personagens dessa conferência?
• A participação do Brasil e dos brasileiros presentes ao encontro foi importante?
• É fácil acompanhar os acontecimentos com tantas coisas acontecendo ao mesmo tempo?
• E a cobertura da imprensa foi boa?
• O que se espera que aconteça a partir de agora?
Aguardamos você para participar desse bate-papo sobre a COP 21.
Programação:
19h - Credenciamento e café de boas vindas
19h30 - Início da Palestra:
21h30 - Perguntas e respostas sobre o tema
22h - Fim de nossas atividades


02 março 2016

Os Bastidores da COP 21 e a Imprensa e o Tráfico de Animais

palestra sjsp

BASTIDORES DA COP 21: Antes, Durante e Depois
Palestrante: Reinaldo Canto, Jornalista especializado em Sustentabilidade e Meio Ambiente foi correspondente na COP 21 e escreveu para a Revista Carta Capital; para o Blog do Planeta, da revista Época e para o Portal Envolverde.

A IMPRENSA E O TRÁFICO DE ANIMAIS: Uma relação que ainda não amadureceu
Palestrante: Dimas Marques, editor do site Fauna News (www.faunanews.com.br), que seleciona e comenta notícias sobre o mercado negro de animais e os impactos de estradas e rodovias na fauna; voluntário nas ONGs PROFAUNA - Proteção à Fauna e Monitoramento Ambiental – e Freeland Brasil.

Quando: 19 de março, sábado, das 9h00 às 13h00
no Auditório Vladimir Herzog, sede do Sindicato

Para inscrição: encaminhar para cursos@sjsp.org.br

- Os sindicalizados, pré-sindicalizados e os que já participaram de palestras/cursos no Sindicato: nome completo, empresa onde trabalha, função e telefones para contato

- Os demais: nome completo, data de nascimento, formação (curso, faculdade e ano que se formou), MTb, empresa onde trabalha, função  e telefones para contato

- Os estudantes deverão informar o curso, instituição e período/semestre que estão cursando

Os participantes receberão certificados.


Programa:

BASTIDORES DA COP 21: Antes, durante e depois
A COP 21 realizada em Paris em dezembro passado foi considerada histórica, pois pela primeira vez, mais de 195 países decidiram assinar o acordo para frear o aumento da temperatura no planeta. Mais de 3 mil jornalistas e alguns outros milhares de participantes ocupam o Centro de Exposição Le Bourget durante 2 semanas. Muitas coisas aconteceram  mais e menos importantes pra se chegar a esse acordo.

Como foi possível chegar a esse resultado? Quais foram os maiores destaques desse acordo? Quais os principais personagens dessa conferência? A participação do Brasil e dos brasileiros presentes no encontro foi importante?
É fácil acompanhar os acontecimentos com as coisas acontecendo ao mesmo tempo? E a cobertura da imprensa foi boa? O que se espera que aconteça a partir de agora?  Aguardamos você para participar desse bate-papo sobre a COP 21.

Sobre Reinaldo Canto
Jornalista há 35 anos formado pela Cásper Líbero; pós-graduado em Inteligência Empresarial e Gestão do Conhecimento; trabalhou nas principais emissoras de televisão e rádio do país (Globo, Record, Bandeirantes, Cultura e Gazeta); escreveu para revistas da Abril e atuou na área de comunicação de grandes empresas (Banespa, Cosesp);
Nos últimos 12 anos têm atuado na área da sustentabilidade, cidadania e meio ambiente; foi diretor de comunicação do Greenpeace Brasil; coordenador de comunicação do Instituto Akatu pelo Consumo Consciente e assessor de imprensa do Instituto Ethos; foi também correspondente da Carta Capital, da Envolverde e diversas mídias ambientais, na COP-15 em Copenhague/2009 e na Rio+20/2012.
Já participou do julgamento de diversos prêmios ambientais, entre eles, Octavio Brandão (Maceió-AL); Jornalistas & Cia/HSBC; Von Martius (Câmara Brasil-Alemanha); Abrelpe; Voluntários Bradesco e Prêmio Allianz de Jornalismo Ambiental (do qual, inclusive, foi finalista em 2011).
Atualmente é colunista da Carta Capital, do Observatório do 3º Setor (rádio e portal) e do Mercado Ético; parceiro em projetos e conteúdos da  Envolverde; mediador em painéis, de feiras do empreendedor do Sebrae; professor da FAPPES nas matérias Gestão Ambiental e Sustentabilidade & Consumo Consciente; consultor e assessor de imprensa da ONG Iniciativa Verde; palestrante e consultor da área ambiental; roteirista e escritor de temas ambientais (recentemente concluiu a animação “A Rebelião das Águas”, lançada no Dia Mundial da Água: ;feature=youtu.be)  


A IMPRENSA E O TRÁFICO DE ANIMAIS: uma relação que ainda não amadureceu
O tráfico de fauna é uma das maiores agressões à biodiversidade mundial, responsável, no Brasil, pela retirada de 38 milhões de animais da natureza todos os anos. E a imprensa, aos poucos, descobre o problema e abre espaço para a cobertura do tema. Apesar da evolução, tanto o espaço quanto a qualidade precisam melhorar.

A palestra “A IMPRENSA E O TRÁFICO DE ANIMAIS: uma relação que ainda não amadureceu” apresentará um breve resumo sobre a situação do tráfico de animais silvestres no Brasil e no mundo, e como jornalistas e veículos de comunicação têm veiculado notícias sobre esse mercado negro. Exemplos de matérias serão apresentados e debatidos com os participantes na busca de uma reflexão sobre a atuação da imprensa e do que pode ser feito para a construção de uma cobertura mais eficiente.

Sobre Dimas Marques
Jornalista, com pós-graduação em Meio Ambiente e Sociedade pela FESP/SP. Atualmente, é mestrando no Núcleo de Estudos das Diversidades, Intolerâncias e Conflitos (Diversitas-FFLCH) na Universidade de São Paulo (USP), onde pesquisa a cobertura do tema “tráfico de animais” por jornais da grande imprensa; editor do site Fauna News e professor de Comunicação Ambiental no Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac-SP).
Atua na imprensa desde 1991, quando começou como repórter em editorias de cidades e polícia. Partiu para a cobertura de temas ambientais em 2001. Trabalhou para vários veículos de comunicação, entre os quais o jornal Diario Popular/Diário de São Paulo, a rádio CBN e as revistas Mergulho, Horizonte Geográfico e Terra da Gente.

Em 2010, foi o 3º colocado na 10ª edição do Prêmio de Reportagem sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica com a matéria "Esta floresta tem dono" publicada em abril de 2009 pela revista Horizonte Geográfico.

Dimas também trabalhou como assessor de comunicação da Fundação para a Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo - Fundação Florestal e como jornalista responsável pelo periódico IF Notícias do Instituto Florestal do Estado de São Paulo.

Mesa Redonda: O que aconteceu na COP 21 e como iremos nos posicionar frente ao acordo e desafios


A COP21 gerou diferentes percepções diante de seus resultados e muitas perguntas. Foi um sucesso? Gerou avanços? Retrocedeu? Ou foi um grande fracasso? Como foi a participação do Brasil? Afinal o que foi a COP21 e quais suas reais repercussões para o Brasil e o mundo? Venha participar dessa mesa redonda e receber informações diretas de quem esteve lá. Cada um dos convidados irá trazer uma perspectiva do que foi o mais importante evento de sustentabilidade que gerou o acordo que substituirá o Protocolo de Kyoto. O evento será mediado pela vasta experiência e competência de Delcio Rodrigues. A UMAPAZ vai trazer um pouco do que aconteceu no Le Bourget em Paris para o Parque do Ibirapuera no dia 16 de março às 19h. Não perca essa oportunidade!
Por Alan Dubner

Participação:
Alan Dubner é um apaixonado por educação para sustentabilidade, mídias sociais e jornalismo 2.0. Foi representante do Brasil na ONU para Inclusão Digital, ajudou na criação e implantação do primeiro curso de EAD do Senac. É conselheiro do Instituto 5 Elementos e da SOL Brasil. Consultor, palestrante e autor de dezenas de artigos está feliz de estar em Paris para a COP21. É autor do site homônimo
Ana Carolina Amaral é jornalista formada pela Universidade Estadual Paulista (UNESP) e mestra em Ciência Holística com distinção pelo Schumacher College (UK), onde formulou uma proposta holística para a apuração jornalística. Criadora da página Mulher e Sustentabilidade, cujas reportagens buscam ligar os pontos entre participação feminina e modelos de desenvolvimento; já colaborou para veículos como Envolverde, Mercado Ético, Tempo de Mulher, Carta Capital, Superinteressante e Globo News. Na emissora pública TV Brasil, cobriu conferências internacionais como a Rio+20, foi produtora e repórter de telejornais diários e também do especial Caminhos da Reportagem, no qual integrou produções premiadas diversas vezes, incluindo uma menção honrosa do prêmio Vladimir Herzog em 2012. Atuante em movimentos socioambientais há 15 anos, escreveu cartilhas educativas e colaborou para ONGs como Vidágua (2008-2010), ISA (2009) e SOS Mata Atântica (2003-2006), além da Mobilização Mundial pelo Clima (2015). Também formulou artigos e posicionamentos que experimentam a visão holística no campo político, em assessoria para a campanha eleitoral do Partido Verde de Bauru em 2010 e, em São Paulo, na coordenação da Comunicação do mandato do vereador Ricardo Young (PPS), entre 2013 e 2014, onde executou a série engajada de documentários Nós, Câmera, Ação. Desde 2011 é moderadora da Rede Brasileira de Jornalismo Ambiental. Em dezembro, na COP-21, colaborou para os veículos Época, Envolverde e ECO 21 buscando uma abordagem holística para a maior conferência da história ONU sobre mudanças climáticas.
Délcio RodriguesFísico, ambientalista, empresário e consultor de comunicação e campanhas em mudanças climáticas.
Foi um dos responsáveis por trazer o Greenpeace para o Brasil e diretor de campanhas da organização por vários anos. Foi assessor da Secretaria Executiva do Ministério do Meio Ambiente, Global Team Leader do Greenpeace Internacional, Coordenador do Instituto Akatu pelo Consumo Responsável, Analista de Planejamento Energético e Relações com Meio Ambiente da Jaakko Poyre e CESP, além de pesquisador do Instituto de Física da Universidade de São Paulo.
Realizou vários trabalhos nas áreas de redução das emissões de gases de efeito estufa, energia solar, poluição do ar, conservação da biodiversidade e revitalização de áreas contaminadas no Brasil, em vários países latino americanos.
Vereador Gilberto NataliniDesde muito cedo, descobriu que a política é o instrumento mais poderoso de conquista da felicidade coletiva, quando feita com dignidade e ética. Com 17 anos, entrou na Escola Paulista de Medicina / UNIFESP, no pior momento da Ditadura no Brasil. Logo se envolveu com as lutas estudantis e com o Centro Acadêmico da Universidade. Envolveu-se profundamente na luta do povo brasileiro pelas liberdades e democracia. Foi preso e torturado no período da ditadura. Criou há 40 anos, um ambulatório médico voluntário no Fundo da Igreja do Cangaíba, onde atende até os dias de hoje.
Foi Secretário de Saúde de Diadema e de São Lourenço e Secretário Municipal de Participação e Parceria da Prefeitura de São Paulo.
Atualmente é Vereador de São Paulo pelo Partido Verde e está em seu 4º mandato. Na Câmara Municipal de São Paulo, apresentou 280 projetos de lei e aprovou 90 leis. Presidiu a Frente Parlamentar pela Sustentabilidade e a Comissão de Meio Ambiente da Câmara Municipal de São Paulo.
É autor de leis importantes como a Lei 13.309, pioneira no país ao estabelecer a aplicação de água de reuso na lavagem de ruas e calçadas. Essa lei já ajudou a economizar muitos bilhões de litros de água potável na cidade de São Paulo. Também é autor de projetos de lei que tratam da economia de água, que acabam de ser sancionados pela Prefeitura. É o autor do Programa Passeio Livre da Prefeitura de SP, que requalifica as calçadas da cidade, com piso permeável. É o idealizador e proponente da Conferência P+L e Mudanças Climáticas, que já está em sua 14ª edição e é o maior evento ambiental fechado do país. Participou da COP21 em Paris, entre tantas outras COPs e C40.
Laura Lucia Vieira Ceneviva, arquiteta especializada em Planejamento Regional e Urbano pela Technische Universität Berlin/Alemanha, mestre em Estruturas Ambientais Urbanas pela FAU-USP. Foi coordenadora do Conselho Municipal do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Município de São Paulo, bem como do Fundo do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – FEMA do mesmo Município. Coordenou o Grupo Executivo da PMSP para Melhoramentos Cicloviários – Pró-Ciclista e é Secretária Executiva do Comitê de Mudança do Clima e Ecoeconomia do Município de São Paulo.
Miriam DuailibiJornalista, educadora ambiental, especialista em educação para sustentabilidade, mudanças climáticas, alfabetização ecológica e ecodesign e gestão de organizações sociais.
Presidente - Instituto ECOAR para Cidadania;
Conselheira do Fundo Paulistano de Reciclagem;
Conselheira do Fundo Brasileiro de Educação Ambiental (FUNBEA);
Diretora do Centro de Saberes e Cuidados Socioambientais da Bacia do Prata; Conselheira da Associação Latino-Americana de Pequenas e Micro Empresas de economia solidária (AlampymeBr);
Coordenadora pedagógica da Brasil Sustentável Editora.
Vereador Ricardo Young
Empresário, graduado em administração pública pela Fundação Getúlio Vargas em São Paulo, pós-graduado em Administração Geral pelo PDG/EXEC e em Lideranças Sistêmica pelo MIT. Candidato ao Senado por São Paulo, pelo Partido Verde, recebendo quatro milhões de votos. Membro do Conselho Deliberativo do Instituto Ethos e do UniEthos, do Instituto Akatu pelo Consumo Consciente e da Amata. Participou do Conselho do Todos pela Educação, do Planeta Sustentável da Editora Abril, do Conselho de Sustentabilidade do Grupo Santander, da Kimberly-Clark, Fibria, GRI - Global Reporting Initiative e Accountability. Foi ancora do Programa Sustentabilidade no Terra TV e colaborador eventual da Folha de São Paulo. Referência Internacional nos temas de Responsabilidade Social, Gestão e Desenvolvimento Sustentável. Em 2012 foi eleito Vereador de São Paulo.

Publicações:
Kit de Educação Ambiental - 06 cartilhas para alunos e professores de escolas públicas e privadas, sobre: Água e Energia; Consumo e Resíduos; Esporte e Meio Ambiente; Saúde e Saneamento; Alimentação Saudável; Biodiversidade.
Série Descobrindo o Meio Ambiente – 04 livros texto para alunos de ensino fundamental e 04 Guias de Atividades para professores da rede pública de ensino;
Ciranda das Águas – experiências inovadoras em gestão de recursos hídricos;
Um sonho de energia – livro texto para estudantes do ensino médio e Guia de Atividades para professores da rede pública de ensino;
Cadernos de Educação Ambiental - livro texto e Guia de Atividades para educadores de escolas pantaneiras;
Negócio de Mulher – um guia para elaboração de projetos de geração de trabalho e renda para mulheres.

Reinaldo CantoJornalista há 36 anos com passagens pelas principais emissoras de televisão e rádio do Brasil; foi assessor de imprensa de grandes empresas como Banespa e Cosesp; também foi diretor de comunicação do Greenpeace Brasil, coordenador de comunicação do Instituto Akatu pelo Consumo Consciente e passagem pelo Instituto Ethos de Responsabilidade Social (boletins responsabilidade social Ethos/CBN e assessoria de imprensa). Publicou artigos no extinto Jornal da Tarde. Colunista do programa Observatório do Terceiro Setor - Falando de Sustentabilidade com Reinaldo Canto, (Rádio Trianon - SP). Foi correspondente da revista Carta Capital, da agência Envolverde e de diversas mídias ambientais na COP-15 em Copenhague. Participou da Conferência sobre Desenvolvimentos Sustentável, a Rio+20 e foi também correspondente na COP 21 em Paris da Envolverde e da revista Carta Capital, além de publicar matérias no Blog do Planeta, da revista Época. Atualmente é professor das disciplinas Gestão Ambiental, Gestão Sustentável de Organizações, Sustentabilidade & Consumo Consciente e Comunicação Empresarial na FAPPES; diretor-executivo do Instituto dos Mananciais, colunista da Carta Capital (coluna: Cidadania & Sustentabilidade -www.cartacapital.com.br); colaborador e parceiro da Envolverde (www.envolverde.com.br); consultor para entrevistas no SBT, Rede TV e Rede Vida; colunista do ROL - Região On Line Caderno Cidadania (Itapetininga - SP); colunista da Ciranda no Bairro (Bairro da Saúde - SP); colunista do Portal Mercado Ético; colunista do Portal Observatório do Terceiro Setor; consultor e assessor de imprensa da Iniciativa Verde (e membro do Conselho Fiscal da organização), Consultor e palestrante. Participa de diversos movimentos, entidades e organizações entre eles, Aliança pelas Águas; Observatório do Código Florestal; Observatório do Clima e RMA - Rede de ONGs da Mata Atlântica (pela Iniciativa Verde); GWP - Global Water Partnership (pela Envolverde); Rede Brasileira de Jornalismo Ambiental; Federação Internacional dos Jornalistas; Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo.
• É autor do blog: cantodasustentabilidade.blogspot.com e do site: ecocanto21.com.br
• É também roteirista (curta metragem de animação: Rebelião das Águas) e escritor (Livro: Um dia no dia da Ana Luiza - em fase de lançamento pela Editora Chiado de Portugal).


Coordenação: Mirna B. Salazar Camacho e Tania Maria dos Santos Souza Rosa
Público: pessoas interessadas no assunto.
Dias: 16 de março de 2016, quarta-feira
Horário: das 19h às 22h
Local: Sede da UMAPAZ – Parque Ibirapuera.
Av. Quarto Centenário, 1268. Acesso pelo portão 7A.

CIDADES NA LINHA DE FRENTE NO COMBATE ÀS MUDANÇAS CLIMÁTICAS

O primeiro evento nacional pós-COP 21 em Fortaleza reuniu especialistas e autoridades públicas para discussão e troca de experiências

Por Reinaldo Canto



II Jornada sobre Cidades e Mudanças Climáticas
Pedro Jacobi: 'Governos municipais e estaduais são atores essenciais para implementação de ações transformadoras no ambiente urbano'



Já se tornou célebre a expressão de que as pessoas não moram nos países ou nos estados, mas nas cidades. Pois bem, o significado disso é que muitas das soluções para boa parte dos problemas devem partir do cenário local.
Em relação às mudanças climáticas, o papel das cidades reveste-se de importância crescente, afinal, nunca fomos tão urbanos. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, 54% dos habitantes do planeta viviam em cidades em 2014 e a tendência é de aumento constante. Além disso, 70% das emissões totais dos gases de efeito estufa causadores do aquecimento global são oriundos de cidades.
No mais, o que acontece no planeta possui claras consequências locais. Basta atentar para o aumento de tufões, enchentes, estiagens e rigorosas ondas de calor enfrentadas pelas populações de municípios, registrados de norte ao sul do país, implicando em sofrimento e impactos a qualidade de vida das pessoas.
Após a histórica Conferência do Clima (COP 21) realizada em Paris no final do ano, que definiu os rumos para evitar que a temperatura do planeta exceda 1,5ºC,  foi realizado na semana passada o primeiro evento em escala nacional pelo ICLEI - Governos Locais pela Sustentabilidade, em Fortaleza, capital cearense.
II Jornada sobre Cidades e Mudanças Climáticas, reuniu ambientalistas, especialistas nacionais e internacionais, além de autoridades públicas, como prefeitos, secretários municipais e representantes de governos estaduais e do governo federal.
Não foi à toa que esse evento foi realizado no Nordeste, em especial no Ceará, estado que tem enfrentado nos últimos anos uma das estiagens mais severas já registradas em sua história.
Para Pedro Jacobi, presidente do Secretariado para América do Sul do ICLEI, o papel dos governos é essencial.  “Governos municipais e estaduais são atores essenciais para implementação de ações transformadoras no ambiente urbano”.
Jacobi considerou o encontro fundamental para compartilhar experiências, resultados e instrumentos. Ele também lembrou da oportunidade de discutir o assunto em ano de eleições municipais pois é uma maneira de “fazer com que o tema das mudanças climáticas faça parte da agenda dos candidatos”.
Carlos Rittl, secretário-executivo do Observatório do Clima, um dos maiores especialistas em mudanças climáticas do Brasil, destacou o crescente engajamento de governos locais: “Começamos a ver algumas prefeituras tomando à frente em ações, fazendo inventários de emissões de gases de efeito estufa e discutindo o que pode ser feito para garantir a qualidade de vida da população tão impactada pela intensificação dos desastres naturais”.
Um dos pontos mais importantes do encontro foi apresentar os compromissos dos representantes de cidades que compõem o Compacto de Prefeitos, aliança mundial de autoridades locais para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e enfrentar em suas cidades os efeitos das mudanças climáticas.
Uma das experiências que chamou atenção foi a apresentada pelo secretário do Verde, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Campinas, Rogério Menezes, presidente da  Associação Nacional dos Órgãos Gestores Municipais de Meio Ambiente (ANAMA).
A proposta da cidade paulista para os outros municípios brasileiros é o de tirar as questões ligadas ao meio ambiente e da sustentabilidade do “gueto”, ou seja, colocar o tema separado das outras questões de interesse público.
Menezes afirmou que tudo se resume a uma questão de governança. “Por meio de metas e indicadores de sustentabilidade trabalhamos nos últimos anos com todos os setores do governo de maneira transversal e não como política setorial, mas que faz parte do planejamento estratégico do governo”. 
Nesse sentido, Menezes disse que foi possível alcançar 100% de capacidade instalada da rede de esgoto e estabelecer um plano de construção de 189 km de ciclovias no município que conta com mais de 1 milhão de habitantes, entre outras ações, que envolveram uma série de secretarias e órgãos da prefeitura. 
Para o secretário de Campinas, é preciso que o administrador público tenha uma visão antenada com as necessidades do novo milênio e, "não com a cabeça no Século XX de simples construção de obras”. Apesar do cenário de catástrofes e fenômenos climáticos extremos, “a visão ainda é antiquada, apesar dos bons exemplos que tem surgido”. 
Essa é a opinião de Marcio Lacerda (PSB-MG), prefeito de Belo Horizonte e presidente da Federação Nacional de Prefeitos, presente ao encontro de Fortaleza, segundo ele, a questão da sustentabilidade e das mudanças climáticas faz parte mais da agenda das cidades maiores. "Nas pequenas, a agenda dos prefeitos ainda é muito pressionada pelas demandas do dia a dia”.  
Lacerda também ressaltou que, ”questões sobre saneamento, áreas verdes, resíduos sólidos e transporte são parte de um conjunto muito grande de ações que podem ser tomadas localmente e não dependem de políticas nacionais”. De qualquer maneira, o prefeito de Belo Horizonte ressaltou ser importante uma coordenação nacional que garanta um maior sucesso dessas ações. 
Durante a COP de Paris, o Brasil foi um dos países que apresentou algumas das metas mais ambiciosas. Para que possa cumpri-las, será necessário um amplo envolvimento, envolvendo as esferas maiores e menores dos governos, a participação da iniciativa privada e o engajamento da sociedade como um todo. Esse é um desafio enorme, pois ainda existe um amplo desconhecimento sobre o que significa essa tal mudança climática. 
A falta de entendimento a respeito de sua urgência para o futuro da humanidade talvez seja o grande risco que o inédito acordo de Paris esteja correndo, pois ele depende agora do trabalho de todos, sem exceção.