29 junho 2015

DEBATE PREPARA JOVENS PARA INFLUENCIAR

DEFINIÇÃO DA META BRASILEIRA NA COP21

A Conferência do Clima (COP 21) em dezembro é decisiva para o futuro das gerações mais jovens. Para ajudá-los a entender e influenciar o processo de negociação do novo acordo climático, será realizado em São Paulo na quarta-feira, 1° de Julho, o ciclo de debates Entrando no Clima, uma iniciativa do Ipam – Instituto de Pesquisas da Amazônia e da organização de jovens Engajamundo.
O atual estágio dos estudos sobre o tema será apresentado pelo Observatório do Clima, que também apoia o projeto. Já confirmaram presença, representantes do Ministério do Meio Ambiente e do Ministério das Relações Exteriores, (responsáveis pela negociação em nome do Brasil), além de executivos de grandes empresas e cientistas. Em debate, as propostas que devem integrar a definição da meta brasileira para o acordo de Paris em dezembro, exemplos do que já se faz para reduzir os efeitos das mudanças climáticas e a mobilização da juventude. [Veja o programa abaixo].

Engajamundo é uma organização de jovens brasileira que há dois anos participa das negociações globais. Eleita para falar em nome das ONGs representativas da juventude de todo o mundo, a coordenadora Raquel Rosenberg encerrou a recente rodada diplomática em Bonn com um pronunciamento contundente, alertando para o risco que significa o atual estágio das negociações, sem a ambição necessária para reduzir o impacto do aquecimento global na qualidade de vida das futuras gerações. Veja o pronunciamento aqui.

Entrando no Clima é um projeto do Ipam – Instituto de Pesquisas da Amazônia, selecionado pela Plataforma Climática Latinoamericana para integrar o programa da CDKN - Climate and Development Knowledge Network. A execução é de responsabilidade do Engajamundo, com apoio do Observatório do Clima, SPVS – Sociedade de Pesquisa da Vida Selvagem, Envolverde e Report Sustentabilidade.

 Algumas questões que serão base de reflexão e debate são:

 Como influenciar a definição da meta brasileira para o novo acordo climático?
 O diálogo do governo federal com a sociedade é suficiente para a definição da meta nacional que será encaminhada para o novo acordo do clima?
 Como os jovens esperam ser ouvidos pelas autoridades globais na COP21?


Serviço:

Data: 1º de Julho de 2015           Horário: 9h às 17h
Local: Auditório da Fundação Getúlio Vargas (FGV) – Av. 9 de Julho, 2029 – São Paulo
Credenciamento e Informações para Imprensa:
Reinaldo Canto – Fone: 11 9 9976-1610 / reinaldo@envolverde.com.br

PROGRAMAÇÃO

Entrando no Clima - 1a Roda de Debates - 01/07/2015 – FGV-SP

9:00       Apresentação do projeto Entrando no Clima e dinâmica do dia
Raquel Rosenberg, coordenadora do Engajamundo
                              
1o Painel – Mudanças climáticas no mundo urbanizado
9:15 – Como as mudanças climáticas impactam a saúde na Região Metropolitana de São Paulo
Paulo Saldiva, médico sanitarista. Universidade de São Paulo
9:35 – Como as decisões internacionais são implementadas localmente?
Rafael Agostinho - Prefeito de Bauru
9: 55 – Debate com o público. Mediação: Engajamundo

2º Painel – As atividades das ONGs, das empresas e do governo

10:15  IPAM – O papel da sociedade civil e a produção científica: iniciativas que promovem preservação florestal e equilíbrio climático
                Fernanda Bortolotto – Pesquisadora do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia
10:36  - MMA – A legislação brasileira, a fiscalização e a redução das emissões
                Adriano Santhiago – diretor do Depto. Mudanças Climáticas do Ministério do Meio Ambiente

10:55 – Empresas – Inovação como instrumento para uma economia de baixo carbono
                Vanessa Callau – Consultora com especialização em gestão de sustentabilidade e mudanças       climáticas globais na Harvard University
11:15 -  Debate com o público. Mediação: Engajamundo

3º Painel - As conclusões da ciência e a definição da meta brasileira para a COP21

12:00 – OC – O potencial do Brasil para contribuir com uma meta global ambiciosa
                Carlos Rittl – secretário executivo do Observatório do Clima
12:20 – MRE – O que está em consideração para construção da INDC?
Guilherme do Prado Lima – Divisão de Clima do Ministério das Relações Exteriores
12:40  – Debate com o público. Mediação: Engajamundo

13:10 –Intervalo para Almoço

Tarde

4º Painel – E os jovens, o que têm a ver com isso?

14:30 – CAN – A importância da mobilização da juventude global
                Henrique Murtua Konstantinidis – coordenador da Climate Action Network
14: 45 – Como os jovens brasileiros estão acompanhando as discussões e engajando-se com o tema?
                Apresentação: Engajamundo
15:00 – Estratégias de mobilização nas Mídias Sociais
Apresentação: Yeken Serri – especialista em ativação de Redes
15:15 – Debates


17:00 Encerramento

25 junho 2015

Coalizão propõe construção de economia pujante com valores socioambientais


Lançamento da Coalizão Brasil – Clima, Florestas e Agricultura. Fotos: Clovis Fabiano
Lançamento da Coalizão Brasil – Clima, Florestas e Agricultura. Foto: Clovis Fabiano
Por Redação da Envolverde – 
Mais de 200 representantes de associações setoriais, empresas e Organizações Não Governamentais compareceram à solenidade de lançamento da Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura nesta quarta-feira, 24 de junho, em São Paulo. Pronunciamentos carregados de expectativa positiva confirmaram o simbolismo de criação do movimento muiltissetorial, que “não é de oposição, mas de construção conjunta” de um roteiro de transição para a economia de baixo carbono, como definiu Roberto S. Waack, presidente do Conselho da Amata, ao resumir documento de propostas divulgado no evento. “A Coalizão nasceu no final do ano passado quando a gente percebeu que havia necessidade de tratar da questão das mudanças climáticas sob uma outra óptica, não a da dor, o lado pesado, mas principalmente sob a óptica da oportunidade que isso pode representar para o País” – relembrou. “É a oportunidade de construção das bases de uma economia agrícola, florestal, forte, sólida, pujante, com gestão territorial integrada aos valores socioambientais.”
Para aproveitar essa oportunidade, “o que a Coalizão está fazendo é desenvolver competências para lidar com a interdependência: reunir pessoas que têm conflitos de interesses, perspectivas divergentes que não mais produzem a ruptura, mas buscam convergência, trazem mais inteligência, mais ciência pra entender essa nova realidade mais complexa e então encaminhar instrumentos de gestão, providências que permitam dar conta de um diagnóstico dramático para a sociedade” – disse Ricardo Guimarães, da Thymmus Branding, ao convidar as instituições presentes a aderir formalmente à Coalizão.
Os representantes de 10 das entidades que participaram do processo de debate iniciado no final de 2014 foram então convidados a dar um testemunho sobre a formação do movimento e a aderência às propostas elaboradas.
“Todos nós temos a percepção clara de que a necessidade histórica se junta aos talentos que a gente pode agregar uma contribuição relevante e determinante nesse processo” – afirmou Marina Grossi, presidente do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável.
Depois de mencionar dados sobre a recente aceleração da ocorrência de eventos extremos, o secretário executivo do Observatório do Clima, Carlos Rittl, disse que “estamos aqui unindo diferentes, em torno de uma mesa, para pensar como o Brasil pode enfrentar esse desafio, transformando o que são nossas vantagens comparativas em vantagens competitivas”.
“Acreditamos que a economia de baixo carbono é uma vantagem comparativa pra nós, empresários” – concordou Celina Carpi, presidente do Conselho Deliberativo do Instituto Ethos. “Hoje nós temos clareza que não dá mais pra ter posições atomizadas, temos que trabalhar juntos.”
Foto: Clovis Fabiano
Foto: Clovis Fabiano
Ao encerrar essa rodada de pronunciamentos, a secretária executiva do Diálogo Florestal, Miriam Prochnow, alertou para a necessidade de “implantar de fato, no chão, os compromissos que estamos assumindo aqui hoje e influenciar a posição brasileira na COP21”. Disse também que as propostas da Coalizão “precisam chegar à sociedade”, e sugeriu que “esse movimento deve ser como plantar árvores: é imprescindível, é fundamental pra combater a crise ambiental: é algo que todo mundo pode fazer, todo mundo pode plantar árvores, e é algo que se você começou, não consegue parar mais!”

Depois de algumas manifestações da plateia, Ricardo Guimarães sugeriu um ritual, lembrando que “quando a gente vê uma coisa que agrada muito, que dá um eco de união, de integração, de coalizão dentro, a gente bate palmas”; e propôs que a plateia ficasse de pé para “acordar com palmas uma alma que dê vida a esse movimento”. E assim se deu o ritual de lançamento da Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura.

10 junho 2015

Iniciativa Verde participa de programa para recuperar matas ciliares do Sistema Cantareira

09/06/2015

A Iniciativa Verde e a empresa Da Serra Reflorestamento concluíram o plantio das 6.664 mudas de espécies nativas da Mata Atlântica em quatro hectares localizados no sítio Santo Antônio, na cidade de Joanópolis, interior de São Paulo. Na quarta-feira (dia 3), a propriedade da dona Osmarina e do seu Acácio recebeu diversas autoridades, entre elas, o governador do estado, Geraldo Alckmin, e a secretária do Meio Ambiente, Patrícia Iglecias. Eles fizeram o plantio de mudas nativas no terreno do sítio do casal no entorno de uma nascente contribuinte do Ribeirão Correnteza que abastece a cidade de Joanópolis, localizado perto de Atibaia (SP).

O projeto da Iniciativa Verde foi o primeiro a ser aprovado e implementado no formato de conversão de compensações para a terceira frente de trabalho do Programa Nascentes do governo do Estado de São Paulo. Este busca recuperar 20 mil hectares de matas ciliares ao longo de seis mil quilômetros de cursos de água.

Os recursos para esse plantio vieram de compensação ambiental prevista no Termo de Compromisso de Recuperação Ambiental (TCRA) assinado com a Concessionária Move São Paulo, responsável pela construção da Linha 6 – Laranja do Metrô. O projeto de recuperação foi elaborado e supervisionado pela Iniciativa Verde e a execução do plantio pela Da Serra Reflorestamento.

Alckmin plantou uma muda de aroreira-pimenteira. O governador de São Paulo destacou a importância do projeto para recuperar o Sistema Cantareira e contribuir para minimizar os problemas da crise hídrica que afeta o estado. "Estamos dando mais um passo no Programa Nascentes aqui em Joanópolis, no Sítio Santo Antônio, recompondo mata nativa para preservar e recuperar nascentes, córregos, rios e o meio ambiente", disse o governador Geraldo Alckmin. 

As mudas de espécies diversas como tamanqueiro, sangra-d´água, uvaia, capixingui, tamanqueiro, jatobá, açoita-cavalo, araucária, embaúba e cedro-rosa foram produzidas nos viveiros da ONG Copaíba, de Socorro, e da Penitenciária “Dr. Antônio de Souza Neto”, de Sorocaba.

Joanópolis faz parte da Bacia Hidrográfica dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ). Esta região é considerada uma das áreas prioritárias do Programa Nascentes. Ela contribui para abastecer o Sistema Cantareira que fornece água para a Região Metropolitana de São Paulo. As nascentes localizadas no sítio Santo Antônio alimentam o Ribeirão Correnteza, depois o Ribeirão do Can Can que, por fim, deságua no Rio da Cachoeira, um importante afluente do Rio Atibaia.

Para o diretor florestal da Iniciativa Verde, Pedro Barral, responsável pelo plantio: “Esse plantio é importante, pois compensa impactos causados na cidade de São Paulo em uma área de relevância direta para o funcionamento da macrometrópole paulista, o Sistema Cantareira“. Segundo ele, novos projetos como esse serão realizados em breve. “A Iniciativa Verde continua o trabalho de prospecção de áreas para recuperação, cadastrando áreas e proprietários interessados e compromissados em receber árvores na sua propriedade“, afirma Barral.
Foto: A2img / Ciete Silvério