Os dados alimentam a esperança de que os leitores de CartaCapital não se contentem com a Wikipedia, quem sabe a dispensem
Gostaria de evitar o espanto dos leitores, ou mesmo a decepção, mas me toma a velhaca coragem de confessar: do computador nem sequer me aproximo. Passo ao largo, presa do pavor, na certeza de que está pronto a me engolir com sua bocarra escancarada. Entendo que milhões e milhões, talvez bilhões, já foram engolidos, inúmeros sem se dar conta.
Remo contracorrente, eu sei. Não creio, porém, ao contrário do que tantos sustentam, que o computador aproxime as pessoas pelas calçadas da internet. Observo, isto sim, que as retêm presas à sua frente, horas a fio, pelos tentáculos da virtualidade, esta incomensurável ilusão. Distancia-as entre si, e da própria realidade. E como jornalista anoto: os perdigueiros da informação, antes frequentadores das ruas, e dos locais públicos em geral, e dos gabinetes protegidos, hoje em dia, em larga parte, preferem ficar na redação a farejar bocarra adentro.
Não me parece que o resultado disso tudo seja positivo, o mundo tende cada vez mais a se conformar com a sabedoria da Wikipedia. De todo modo, assim anda a humanidade, e vale registrar que o Facebook é a rede social preferida dos brasileiros internautas. Com seus 76 milhões de usuários o País fica atrás apenas dos EUA e da Índia na classificação global.
Não me parece que o resultado disso tudo seja positivo, o mundo tende cada vez mais a se conformar com a sabedoria da Wikipedia. De todo modo, assim anda a humanidade, e vale registrar que o Facebook é a rede social preferida dos brasileiros internautas. Com seus 76 milhões de usuários o País fica atrás apenas dos EUA e da Índia na classificação global.
Em um levantamento baseado nos dados da quarta-feira 11 deste dezembro, CartaCapital revelou ser a revista que conta com o maior engajamento do seu público no Facebook. Seja qual for minha fé em relação ao computador, trata-se de uma pesquisa muito interessante. Quanto aos engajamentos, conheci outros, este não. Tenho de respeitar, contudo, e está claro, porque esse fala a favor de CartaCapital.
Em conta, o seguinte. Em 1º de janeiro de 2013, nossa página nesta rede tinha 66 mil frequentadores. Na sexta passada, 13 de dezembro, passou de 400 mil. Crescimento de 606% em um ano. Na noite de quarta 11, 31% da base estava interagindo, como se diz, com a página da revista, índice muito superior a outras 20 publicações pesquisadas, muitas com tiragem bastante superior à de CartaCapital, que nunca fez, aliás, um único, escasso post patrocinado no Facebook.
Como é calculado o engajamento? A equipe vitoriosa do nosso site, comandada por Lino Bocchini, esclarece o velho arcaico acima assinado. O Facebook disponibiliza duas informações de cada página. Primeira, o número total de quem apreciou e aproveitou. Curtiu, digamos. Segunda, o montante exato de quem efetivamente interagiu, de sorte a comentar ou compartilhar o conteúdo. Estes dois dados são públicos e atualizados em tempo real.
Desse ponto de vista, CartaCapital é nitidamente superior às demais semanais e às especializadas, como Exame, IstoÉ Dinheiro, Você S/A. E bate todas as publicações de esportes, masculinas, femininas, jovens, e até revistas tidas de alto engajamento nas redes sociais, como a eternaCapricho da Abril.
Confissão por confissão, esse resultado me anima. Quero deduzir que os nossos leitores não se contentam com Wikipedia. Quem sabe a dispensem. Minha esperança não se permite limites.