30 maio 2010

As novas dimensões da educação

Por Ricardo Young *




Após ler o interessante artigo escrito por Milú Villela e Mozart Neves Ramos, publicado pela Folha de São Paulo na segunda, 24/05, “A Educação Mobilizando o Brasil” sobre a necessidade de se valorizar, capacitar e criar uma carreira diferenciada para os professores, achei por bem também entrar nessa discussão.

Milú e Mozart citaram a experiência de Nova York onde a meritocracia é apresentada como uma das dinamizadoras da qualidade educacional. Outro ponto destacado no artigo, foi a desvinculação e descentralização do orçamento das escolas em relação ao orçamento público. Todos esses pontos são realmente importantes, mas ainda precisamos avançar mais se quisermos colocar o Brasil num patamar de real protagonismo no século XXI.

Nós já estamos vivendo um período de enormes desafios muitos deles longe de serem superados. O Brasil vai bem em muitos setores macroeconômicos, mas o nosso tecido social apresenta uma fragilidade ímpar. A capacidade nacional para a formação de cérebros, a competência científica, de pesquisa, de inovação tecnológica em grande escala é ainda muito pequena. Até mesmo o estado de São Paulo, entre os mais avançados do país, não consegue formar um conjunto razoável de cientistas que possa fazer frente a velocidade das inovações tecnológicas, como por exemplo, no campo das mudanças climáticas.
É preciso criar as condições para uma ruptura virtuosa. Não é possível se esperar duas ou três gerações para que nós possamos gerar competência e formar cérebros na altura da demanda que o Brasil terá e já está tendo em relação ao seu posicionamento no mundo.

Precisamos de uma revolução curricular que contemple, pelo menos, três dimensões da educação. A primeira delas é a da sociedade em rede. Já vivemos essa realidade e, portanto todo o processo de aprendizado não se dá mais só na sala de aula e o professor não é a única fonte de conhecimento. O mundo, com seus milhares de acessos, é a fonte de conhecimento e a sala de aula deveria servir para reorganizar de forma cognitiva esse mesmo conhecimento.

A segunda dimensão é a ecológica. A sociedade moderna criou um divórcio entre o aluno e a natureza. Será necessária, uma reconciliação profunda com o meio ambiente. Não é possível educar nossas crianças sem que elas conheçam profundamente as leis que orientam a natureza, não de maneira fragmentada como se dá hoje, mas por meio de um modo sistêmico da ecologia profunda proposta na Carta da Terra. O que podemos chamar de uma verdadeira realfabetização ambiental. Nós, seres urbanos, perdemos a conexão com o meio ambiente, com a comunidade da vida e as leis mais elementares que regem os recursos do planeta. Isso faz com que ignoremos as leis naturais mais elementares. Um bom exemplo é que enxergamos a presença dos insetos como simplesmente falta de limpeza, nós perdemos a noção do que significa esse rico, complexo e indispensável universo de microorganismos.

E a última e terceira é a dimensão de cidadania global, nas quais as questões nacionais são relativizadas por uma dimensão planetária horizontalizada. As nossas crianças não têm ideia do que significa o planeta, a diversidade, a interdependência, os valores universais, a cidadania global. Na escola nós aprendemos muito sobre nosso o país e nosso povo, mas totalmente desconectado do geral, da aldeia global em que estamos presentes. Essa dimensão de cidadão do mundo é fundamental na educação.

Nós não podemos cair na armadilha e reduzir a questão da educação apenas com a universalização do ensino fundamental e médio e da qualificação do professor e do ensino apenas. Nós precisamos ser mais ousados. Temos que buscar por esse caminho, a formação radical de competências científicas, tecnológicas e uma outra visão mais voltada para o mundo como realmente ele é, não como nós o reproduzimos nas grandes cidades.

Todas essas dimensões precisam referenciar uma reforma curricular e de maneira transversal. Se a consolidação de uma sociedade industrial e as referências territoriais foram importantes para a determinação cultural do indívíduo e para a formação das nações. Ficou para trás o tempo em que prevaleciam os limites do interesse nacional e a visão pelo prisma do antropocentrismo. Hoje é preciso se adequar a uma visão global. O planeta deve ser visto como um todo. Os mares, rios, ecossistemas devem ser pensados de maneira sistêmica e complementar. Colocar essas dimensões a serviço da sociedade global do século XXI passa por todos os setores, especialmente pela educação de nossos jovens.

* Ricardo Young é empresários, militante da causa da sustentabilidade e pre-candidato a senador por São Paulo pelo Partido Verde.

27 maio 2010

Jornalistas fazem festa no sábado para receber prêmio ambiental

Diversos jornalistas, ambientalistas, empresários da comunicação e dirigentes de órgãos públicos confirmaram presença na solenidade de entrega do Prêmio Octávio Brandão de Jornalismo Ambiental, marcado para este sábado 29, na casa de eventos Armazém Uzina, em Maceió. Doze profissionais e um estudante receberão troféus e R$ 28 mil pelas melhores reportagens sobre meio ambiente veiculadas entre abril 2009 e março de 2010, nas categorias Telejornalismo, Jornalismo Impresso/Texto e Jornalismo Impresso/Imagem.

O julgamento final dos trabalhos será nesta sexta-feira. A seleção vem sendo feita por Reinaldo Canto (ex-diretor de comunicação do Greenpeace Brasil e ex-assessor do Instituto Akatu), Fabrício Ângelo (Coordenador do Fórum Nacional da Rede Brasileira de Informação Ambiental e mestre em ciência ambiental pela Universidade Federal Fluminense), Emanuel Silveira (engenheiro sanitarista ambiental e mestre em ciência pela Universidade de Missouri USA), Romildo Guerrante (ex-gerente de comunicação da Abes e ex-assessor de imprensa da Rede Ferroviária Federal, Vale do Rio Doce, Paranapanema e Shell Brasil), e Anivaldo Miranda (mestre em meio ambiente e superintendente da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos - Semarh). Os cinco também participarão de uma oficina sobre jornalismo ambiental na manhã do sábado, reunindo cerca de cinqüenta profissionais e estudantes.

Promovido pela seccional alagoana da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes), o Prêmio Octávio Brandão está em sua sétima edição, sempre com o patrocínio da Braskem e o apoio do Sindicato dos Jornalistas de Alagoas (Sindjornal) e do Núcleo de Ecojornalistas de Alagoas (NEJ-AL). Este ano, mais de quarenta jornalistas disputam as premiações, com sessenta e três reportagens ligadas ao meio ambiente. A exemplo do ano passado, também será entregue um troféu para a empresa de comunicação com mais trabalhos inscritos, em reconhecimento ao espaço que ela dedicou para as matérias ambientais.

A categoria com mais trabalhos inscritos é Telejornalismo (24), seguida de Jornalismo Impresso/Texto (23) e Jornalismo Impresso/Imagem (16). Serão premiados o 1º, 2º e 3º colocados em cada categoria, além de um estudante no geral. A categoria estudante foi lançada este ano para incentivar o jornalismo ambiental já nos veículos laboratórios, mantidos pelas faculdades de comunicação.

Fonte: Sindjornal e NEJ-AL

25 maio 2010

Desilusão com a política representa risco à democracia

Artigo publicado originalmente no site da revista Carta Capital

Ricardo Young*

Apesar de o quadro ser desanimador, os cidadãos ainda fazem valer seus direitos. E o Projeto Ficha Limpa, de iniciativa da sociedade, mostra que o povo não esmoreceu

Participei nos últimos dias de eventos políticos com representantes de diversos partidos e pude observar, em várias conversas, que existe uma frustração generalizada com o processo eleitoral e os jogos nem sempre limpos praticados nas várias esferas de poder, com destaque negativo para o poder legislativo.

Vivemos, portanto, um momento muito delicado no processo de consolidação da nossa jovem democracia. Um verdadeiro paradoxo ao qual precisamos ficar muito atentos, pois ele possui uma série de riscos bastante preocupantes.

Essa situação tem contribuído para que nos últimos anos tenhamos assistido a uma piora na qualidade dos políticos e o aumento na revelação de escândalos que a todos nós brasileiros, envergonha e revolta. Ao mesmo tempo esses desvios de conduta tem obrigado a criação de legislações cada vez mais rigorosas visando coibir todos esses tristes e nefastos casos de corrupção. De forma alguma defendo o afrouxamento das legislação eleitoral, mas ao invés de conseguir o efeito desejado, ou seja, a redução da corrupção, o que está acontecendo na prática, é que aquelas pessoas que exercem a boa liderança, que possuem um papel importante e cumprem da melhor maneira possível a sua missão, acabam sendo vítimas de um processo que vai desqualificando a classe política junto à sociedade de maneira progressiva.

É exatamente esse paradoxo onde temos um maior controle, uma rigidez cada vez maior sobre a atividade eleitoral coloca, por outro lado, os bons políticos como reféns de toda uma legislação que se torna mais restritiva e de difícil cumprimento a cada dia. Infelizmente, tal legislação cujo objetivo legítimo é o de combater a corrupção acaba por, assim dizer, desaminando os bons políticos a seguirem na vida pública, pois a todo momento se confundem com os maus políticos.

Esse paradoxo pode resultar em cenários distintos: para que ele se resolva de maneira positiva, nós não poderemos deixar sequer um dia passar, após essas eleições, sem reivindicar a reforma política em profundidade. A reforma política é a única maneira capaz de resolver esse impasse. A reforma política vai permitir o financiamento público de campanha reduzindo a desigualdade entre os candidatos e a força do poder econômico. A introdução do voto em lista e do voto distrital misto também vão contribuir para reduzir a personificação de candidatos dando lugar a partidos mais fortes e vigorosos. Essas mudanças fundamentais vão substituir o vale-tudo atual por uma maior transparência em todos os aspectos que se referem ao processo eleitoral no País.

Já, o contrário do que está colocado acima, ou seja, a não solução ou a resolução negativa desse paradoxo vai fazer com que aqueles que burlam a lei, terão espaço para continuar a agir do mesmo modo e, por consequência, aqueles que se sentem mais oprimidos por uma lei cada vez mais persecutória, simplesmente abandonarão a política e a vida pública. Esse seria o caso em que estaríamos sob o pior dos mundos, ou seja, vamos ter uma situação em que os legisladores vão continuar a legislar em prol dos seus interesses privativistas, patrimonialistas favorecendo grupos poderosos que, em geral, não atendem aos interesses maiores da sociedade brasileira. Para agravar ainda mais esse quadro teremos as boas lideranças da sociedade alijadas da política. Essa é uma situação que não podemos deixar que aconteça. Portanto, a mãe de todas as reformas é a reforma política.

Ficha Limpa exemplo a ser seguido - E para que mantenhamos a esperança por dias melhores, confiando no poder de uma sociedade comprometida temos o bom exemplo de todo esse processo de aprovação do Ficha Limpa. A legítima pressão da sociedade foi responsável por vencer as resistências de um parlamento sem interesse efetivo em vota-lo, isso mesmo contando com o apoio de mais de 2 milhões de assinaturas. Uma sociedade que não esmoreceu, que não capitulou diante de todas as ameaças, do caciquismo político tradicional. Essa é a demonstração clara de que apesar de termos um quadro desanimador a nossa frente, é evidente que o eleitor, que o cidadão tem força, se procurar fazer valer os seus direitos.

Eu quero estar a serviço desse eleitor. Desse eleitor organizado que vê a política como uma coisa necessária para o aperfeiçoamento das nossas instituições e que reconhece que essa luta política é construída de vitórias e derrotas. Mas acima de tudo uma luta que tenha como objetivo maior o interesse da maioria dos brasileiros.

*Ricardo Young é empresário, militante da causa da sustentabilidade e pré-candidato a senador por São Paulo pelo Partido Verde.

11 maio 2010

Oficina de Jornalismo Ambiental

O Sindicato dos Jornalistas e o Núcleo de Ecojornalistas de Alagoas (NEJ-AL) vão realizar no dia 29 uma oficina sobre jornalismo ambiental, cujo tema central será a sustentabilidade. O evento, realizado em parceria com a Braskem e a Associação Brasileira de Engenharia Sanitária (Abes-AL), será aberto a profissionais e estudantes de jornalismo, tendo início às 9 horas, no auditório do cinturão verde da Braskem.

As inscrições são gratuitas e devem ser feitas junto ao Sindicato dos Jornalistas, através do telefone 3326-9168. Devido ao número limitado de vagas, serão atendidos os cinqüenta primeiros interessados.

A oficina será ministrada pelos jornalistas Reinaldo Canto (ex-diretor de comunicação do Greenpeace Brasil e ex-assessor do Instituto Akatu), Fabrício Ângelo (Coordenador do Fórum Nacional da Rede Brasileira de Informação Ambiental e mestre em ciência ambiental pela Universidade Federal Fluminense), Emanuel Silveira Mendonça (engenheiro sanitarista ambiental e mestre em ciência pela Universidade de Missouri USA) e Romildo Guerrante (ex-gerente de comunicação da Abes e ex-assessor de imprensa da Rede Ferroviária Federal, Vale do Rio Doce, Paranapanema e Shell Brasil).

No mesmo dia da oficina, a Abes, Braskem e Sindjornal estarão realizando, a partir das 21 horas, a solenidade de entrega do Prêmio Octávio Brandão de Jornalismo Ambiental. Serão agraciados doze jornalistas que produziram as melhores reportagens sobre meio ambiente no período de abril/2009 a março/2010, nas categorias Telejornalismo, Jornalismo Impresso Texto e Jornalismo Impresso Imagem. Também haverá premiação para um estudante que tenha produzido a melhor reportagem em veículo laboratório.

SERVIÇO

O QUE: Oficina de Jornalismo Ambiental
QUANDO: Dia 29 de maio de 2010, a partir das 9 horas
ONDE: Auditório do Cinturão Verde da Braskem
TEMA CENTRAL: Sustentabilidade Ambiental
ABORDAGENS: Evolução do jornalismo ambiental; Consumo consciente; Importância do jornalista e da mídia na educação e conscientização ambiental

PALESTRANTES



Reinaldo Canto

30 anos como profissional de comunicação. Formado pela Cásper Líbero, cursou letras na USP, concluiu pós-graduação sobre Inteligência Empresarial e Gestão do Conhecimento na UFRJ. Trabalhou nas principais emissoras de televisão do país (ex: Cultura, Globo e Bandeirantes). Também foi gerente de comunicação e assessor de imprensa de empresas e diretor do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo. Desde 2002 atua na área ambiental. Foi diretor de comunicação do Greenpeace Brasil. Deixou o Greenpeace em 2004 para um temporada de estudos na Austrália. Depois passou pela comunicação do Instituto Akatu pelo Consumo Consciente. Foi correspondente da Carta Capital, da Envolverde e de outras mídias ambientais na COP-15, realizada no final do ano em Copenhague. É colaborador da Envolverde e de outras mídias ambientais; diretor-executivo do Instituto de Defesa dos Mananciais que atua na zona sul de São Paulo; além disso faz consultoria de comunicação am biental, palestras, ministra cursos e redige relatórios de sustentabilidade.



Fabrício Fonseca Ângelo

Jornalista, Mestre em Ciência Ambiental (UFF) e Especialista em Informação Científica e Tecnológica. Membro da Rede Brasileira de Jornalismo Ambiental (REBIA) e da Rede de Comunicação Ambiental da América Latina e Caribe (RedCalc). Foi repórter e redator da Revista Digital Envolverde e Assessor de Comunicação da Rede de Ongs da Mata Atlântica (RMA). Atualmente é editor executivo do Portal Proqualis da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e Coordenador do Fórum Nacional da Rede Brasileira de Informação Ambiental (REBIA).

Emanuel Silveira Mendonça

Engenheiro Civil formado pela Universidade Federal da Bahia. Engenheiro Sanitarista Ambiental e Mestre em Ciência pela Universidade de Missouri USA. Presidente da ABES Bahia. Superintendente de Sustentabilidade da Renova Energia SA. Ex-presidente do CEPRAM Bahia.



Romildo Guerrante

Fluminense de Cambuci (RJ), é jornalista há 40 anos.Começou no Jornal do Brasil quando ainda cursava jornalismo na primeira turma de Comunicação da Universidade Federal Fluminense, iniciada em 1969.
Era funcionário do Banco do Brasil e, durante alguns anos, acumulou as duas tarefas, até que o jornalismo falou mais alto e preferiu abandonar o banco. Depois de quase 20 anos no JB, tendo iniciado sua carreira na antiga sede da Avenida Rio Branco, onde começou como estagiário na Editoria de Cidade, chegando a editor no final dos anos 70, trabalhou seis anos como redator no Relatório Reservado, newsletter de informações econômicas exclusivas.
Atuou também como assessor de imprensa de grandes empresas, estatais e privadas – como Rede Ferroviária Federal, Vale do Rio Doce, Paranapanema e Shell Brasil, para a qual posteriormente veio a editar a Revista Shell e, mais tarde ainda, atuar como consultor na área de Media Training.
Trabalhou como assessor de imprensa de Moreira Franco na candidatura ao Governo do Rio de Janeiro em 1982, e como redator na campanha de Alessandro Molon à Prefeitura do Rio de Janeiro, em 2008.
Foi Gerente de Comunicação da ABES no início dos anos 80, logo após deixar a Assessoria de Imprensa do Ministério dos Transportes. Foi também Gerente de Comunicação da RFFSA - Rede Ferroviária Federal S/A.
Suas últimas funções em assessoria de imprensa foram na empresa de mineração Paranapanema. Desde então, atua como redator de publicações corporativas, como gerente da empresa RR Comunicação Ltda., e produz roteiros de vídeo, relatórios anuais de empresas, folders e outras publicações institucionais.
É autor de diversas publicações institucionais da Petrobras, do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, do Sebrae, da Firjan, da Shell e outras empresas e entidades. É coautor do livro Jornalistas que valem mais de 50 contos, que narra experiências vividas na redação durante a ditadura. É colaborador habitual da Revista da Alerj, da revista Plurale e da revista eletrônica Balaio de Notícias. É membro do Conselho Fiscal da ABI - Associação Brasileira de Imprensa e edita há dois anos do boletim eletrônico semanal ABES Informa e, desde janeiro de 2010, também a revista Bio.

04 maio 2010

Mais de 40 jornalistas disputam Prêmio Octavio Brandão

Quarenta e sete jornalistas que atuam em veículos de comunicação de Alagoas participam este ano do Prêmio Octávio Brandão de Jornalismo Ambiental, promovido pela Associação Brasileira de Engenharia Sanitária (Abes-AL). Eles concorrem com sessenta e três reportagens ligadas ao meio ambiente, publicadas no período de abril/2009 a março/2010.

A categoria com mais trabalhos é Telejornalismo (24), seguida de Jornalismo Impresso Texto (23) e Jornalismo Impresso Imagem (16). Nesta sétima edição do concurso, que é patrocinado pela Braskem e tem o apoio do Sindicato dos Jornalistas, foi lançada a categoria Estudante, que registra cinco trabalhos inscritos. A pouca participação do segmento se deu em função do tempo exíguo para a produção e publicação das matérias nos veículos laboratórios. A Abes, a Braskem e o Sindjornal esperam uma participação maior dos estudantes na edição do próximo ano.

A exemplo de 2009, os jornalistas da TV Gazeta voltaram a liderar o numero de inscrições este ano, com 19 reportagens. Em seguida aparecem os profissionais de O Jornal, com 18 trabalhos, jornal Gazeta (12), Tribuna Independente (5), TV Educativa (5) e Alagoas em Tempo (4).

O julgamento dos trabalhos começa nos próximos dias e terá duas fases. Na primeira, cinco jurados fazem uma seleção individual do que julgam ser as melhores reportagens. Posteriormente, eles se reúnem para eleger o primeiro, segundo e terceiro lugar em cada categoria. A premiação, além de troféus, será de R$ 4 mil, R$ 3 mil e R$ 2 mil, respectivamente. Para a categoria Estudante, o prêmio será único, no valor de R$ 1 mil.

A maioria da comissão julgadora virá de outros estados. Ela é formada por jornalistas e técnicos da área ambiental, indicados pelo Sindicato dos Jornalistas e pela Abes-AL. Entre os jurados deste ano estão Reinaldo Canto (ex-diretor de comunicação do Greenpeace Brasil e ex-assessor do Instituto Akatu) e Fabrício Ângelo (ex-redator da Revista Digital Envolverde, Coordenador do Fórum Nacional da Rede Brasileira de Informação Ambiental, e mestre em ciência ambiental pela Universidade Federal Fluminense).

A solenidade de entrega do Prêmio Octávio Brandão de Jornalismo Ambiental será no dia 29 deste mês, em Maceió.

Fonte: Sindjornal e NEJ-AL